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05/11/2009 - Ano: 42 - Edição Nº: 78 - Meio Ambiente - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
“Solo na Escola” desperta ciência em alunos da rede municipal

São Paulo (AUN - USP) - Uma antiga estufa, materiais que simulam a transformação das rochas em solo. Experimentações químicas e físicas realizadas a partir de materiais recicláveis mostram para crianças e jovens detalhes importantes da preservação ambiental. Tal é o cenário onde funciona o Projeto Solo na Escola, coordenado pelo professor Antonio Carlos de Azevedo, do Departamento de Solos da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq) da USP.

Os estudantes participantes não são bolsistas e realizam monitoria de forma voluntária, apresentando aos alunos visitantes das escolas municipais de Piracicaba assuntos didáticos relacionados aos diversos tipos de solos, com ênfase na preservação ambiental dos ecossistemas terrestres e como estes influem na qualidade de vida das pessoas.

Azevedo explica que a nova proposta curricular diminuiu a possibilidade de as escolas realizarem passeios com seus alunos, por isso, haverá mudanças no projeto para o próximo ano. “Queremos ampliar os estudos, levando nosso trabalho diretamente às escolas”, ressalta. “Estamos analisando quais locais oferecem estrutura necessária ou podem sofrer alterações”.

Formação educacional
O trabalho não se resume a exibições científicas, o professor afirma o interesse do grupo em valorizar a relação entre universidade e comunidade: “Muitas vezes os alunos visitantes nos perguntam se é preciso pagar para estudar na Esalq e como funciona o vestibular; portanto, além de colaborar com a formação educacional, também despertamos o interesse para carreira acadêmica na própria instituição.”

Para Josiane Lopes, mestranda que ajudou Azevedo na implementação do projeto, o contato com os professores da rede municipal faz a diferença. “Orientamos os professores em assuntos referentes aos solos e meio-ambiente, além de fornecer o material pedagógico que construímos, muitas vezes, com ajuda dos alunos.”

O que surpreende o grupo é o novo olhar que todos tiveram após o contato com os alunos da rede municipal. Ao ensinar os princípios geológicos, incluindo noções de química e física, aumentando os conceitos dos alunos e auxiliando os professores, o graduando é o mais beneficiado. “Somos privilegiados, pois a vivência acadêmica necessita do fator realidade, oferecido através dos projetos educacionais e de extensão”, argumenta Azevedo.

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