São Paulo (AUN - USP) - Estudo realizado no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP avaliou a severidade da dependência alcoólica entre consumidores de cerveja e de bebidas destiladas, como a cachaça. O trabalho resultou de uma ação multidisciplinar, para provar o mito de que destilados viciam mais que fermentados, como a cerveja.
O resultado seguiu o esperado. Dos 153 homens que participaram do estudo, aqueles que têm preferência por cerveja demonstraram menor dependência alcoólica e maior aderência ao tratamento. No entanto, foi verificado que os que bebem cerveja ‘desejam’ a bebida mais que os outros consumidores. Esse desejo não influencia necessariamente o vício e o estudo não entrou nos méritos deste anseio.
A análise, que foi acompanhada de tratamento, é o primeiro estudo farmacológico com diferenciação entre os tipos de bebida alcoólica consumida. Mas novas pesquisas na área ainda fazem-se necessárias.
O consumo de vinho no grupo pesquisado foi pequeno e acabou sendo excluído do estudo. A pesquisa também não leva em consideração as mulheres, nem os fatores sociais e culturais envolvidos no consumo e na dependência das pessoas ao álcool.