ISSN 2359-5191

09/06/2010 - Ano: 43 - Edição Nº: 27 - Sociedade - Centro Universitário Maria Antônia
Design ganha uma análise crítica em curso de especialização

São Paulo (AUN - USP) - O Centro Universitário Maria Antonia da USP oferece como parte de seu programa educativo o curso “Design e Humanidades”. Trata-se de um curso de especialização Lato Sensu, regulado pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação da USP.O programa é restrito a designers já formados e apresenta uma abordagem ampla, que discute questões para além da técnica, como o uso da imagem no suporte do Design Gráfico, a relação entre arte e sociedade e o debate sobre processos de criação e consumo.

Coordenado pelos professores Minoru Naruto e Maria Argentina Bibas, ambos formados em Arquitetura pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU-USP), o curso é oferecido a profissionais que desejam obter uma especialização mais humana, com abordagens críticas e reflexões sobre o seu papel no mercado de trabalho. Maria Argentina Bibas destaca esse aspecto, dizendo que o Design Gráfico hoje está tão perdido, que corre o risco de se instrumentalizar. Por isso é necessário um resgate dos conceitos, inclusive políticos e econômicos, porque, como exemplifica a professora, situações incoerentes do capitalismo hoje são estimuladas por muitas das práticas da profissão.

Os coordenadores apontam que, em função dessa abordagem mais humana, um quarto da carga horária do curso é voltada para Filosofia, ministrada pela professora Olgária Matos. Busca-se uma fundamentação conceitual, tendo em vista fenômenos como a glamorização dos produtos e objetos, o culto à imagem e o descarte abusivo de mercadorias. Segundo Minoru Naruto, todos esses são discursos que não aparecem na mídia. É necessária, portanto, uma reflexão acerca dessas questões, que oriente o trabalho do profissional em termos éticos e estéticos no mercado de trabalho. Assim, mesmo as disciplinas mais técnicas têm um viés critico e reflexivo, que buscam valorizar as competências do designer traçando um paralelo com a tecnologia.

O curso tem duração de um ano e meio e as aulas ocorrem duas vezes por semana, somando 360 horas. Uma vez por mês, é oferecida uma palestra aberta ao público, que complementa as aulas e democratiza discussões correlatas. Este é um programa pago, mas para cada turma há seis bolsas integrais disponíveis àqueles que se enquadram nos perfis de isenção. Duas delas são para a comunidade – designers desempregados –, uma para funcionário da USP, uma para docente da USP, uma para discente e outra para a terceira idade.

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