ISSN 2359-5191

06/07/2010 - Ano: 43 - Edição Nº: 46 - Saúde - Faculdade de Ciências Farmacêuticas
Alimentos com bactérias ajudam a prevenir doenças

São Paulo (AUN - USP) - Produtos lácteos fabricados com bactérias benéficas à saúde são desenvolvidos na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP. Esses micro-organismos são conhecidos como probióticos e impedem que as bactérias que causam doenças (patógenas) entrem no organismo.

Entre os alimentos produzidos pelos alunos de Farmácia, sob orientação da professora Susana Saad, estão o queijo petit-suisse, o manjar branco de coco, o mousse, a margarina e a barra de cereal com sorvete. Todos eles contêm probióticos e prebióticos, fibras que não podem ser digeridas no intestino humano, mas que servem de alimento para as bactérias “boas”.

Os probióticos atuam no organismo humano balanceando a microbiota intestinal, também chamada de flora. Quando ingeridos regularmente, eles ajudam a impedir a infecção alimentar através do consumo de produtos contaminados.

Outro caso é a ingestão de antibióticos, que pode fazer com que o paciente contraia uma infecção oportunista, já que este tipo de substância também mata os organismos benéficos para o ser humano. Com isso, a proteção oferecida por eles cai e o risco de infecção aumenta. Os produtos probióticos, então, têm a capacidade de repor a microbiota perdida e proteger a mucosa intestinal da invasão dos agentes patógenos.

O uso de probióticos já é comum em escala industrial em alguns produtos como a bebida Yakult, que contém os famosos lactobacilos vivos, e o iogurte Activia. A adição dos prebióticos, no entanto, ainda não é explorada pela indústria. Segundo Susana, isso acontece porque alguns probióticos podem degradar as fibras ainda na embalagem, tornando o sabor do produto desagradável, apesar de não fazer mal à saúde. Os alimentos desenvolvidos na USP, no entanto, não tiveram esse tipo de problema.

O tempo de vida dos produtos probióticos, quando congelados, é de três meses. Em refrigeração, a validade cai para cerca de um mês, porque em temperaturas maiores o metabolismo dos organismos aumenta. Esse tempo de prateleira é viável para a comercialização. Basta alguma indústria se interessar e comprar a patente através da Agência USP Inovação, que representa os pesquisadores da universidade.

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