ISSN 2359-5191

08/07/2010 - Ano: 43 - Edição Nº: 48 - Ciência e Tecnologia - Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas
IAG busca parcerias para dar continuidade ao radar móvel

São Paulo (AUN - USP) - O IAG – Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP, desenvolveu um radar móvel para previsão do tempo. Financiado pela Fapesp, o projeto ficou orçado em aproximadamente dois milhões e seiscentos mil reais, financiados integralmente pela FAPESP - Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo, ao longo de quatro anos, tempo de duração do projeto.

Como resultado, o IAG através de um grupo de pesquisa do Departamento de Ciências Atmosféricas, que coordena o referido projeto, conseguiu montar um radar móvel com a capacidade de monitorar o espaço atmosférico num raio de 150 quilômetros. Fornecendo em tempo real, no intervalo de quinze minutos, a previsão de tempo.

Os dados desta previsão, além de abastecerem setores especializados, também podem ser utilizados por pessoas não familiarizadas tecnicamente com assunto. Tudo porque o grupo de pesquisas responsável pelo funcionamento do laboratório que é coordenado pelo professor Augusto Pereira criou na internet a página eletrônica , onde são disponibilizados todos os dados referentes a previsão do tempo numa linguagem de fácil entendimento, destinadas as pessoas não especialistas.O radar teve papel decisivo minimização dos efeitos devastadores das cheias ocorridas em Setembro do ano passado em São Paulo, e neste ano em cidades de Barueri e do Rio de Janeiro.

Sucede-se porém, que o contrato de apoio financeiro da Fapesp terminou em março do corrente ano. O que criou sérias dificuldades ao grupo para a continuidade do projeto. A Idéia é buscar captar recursos através de acordos de cooperação e parcerias com empresas público-privadas e outras instituições.

Mas a principal dificuldade é achar parceiros interessados no projeto, já que o funcionamento do laboratório, segundo o professor Augusto, demanda custos altos, que nem sempre as empresas estão disponíveis para pagar. “A manutenção de radares demanda investimentos altíssimos, por isso, tende a ser uma atividade eminentemente pública, porque empresas privadas não têm fôlego financeiro para suportarem os custos”.

Indagado sobre como sobreviveriam com a falta de recursos e ausência de empresas interessadas no projeto, o professor minimizou a situação dizendo que contatos estão sendo feitos. “Estamos conscientizando as empresas sobre a importância do nosso trabalho. Acho que o importante é as empresas terem noção do nosso trabalho, depois surgirão os apoios. As empresas sabem que hoje em dia informações sobre o tempo são ferramentas indispensáveis para a garantia da produtividade, e distribuição de bens e serviços.”

Até ao momento a Prefeitura de Barueri é uma das poucas instituições que garante apoio ao projeto, através de um acordo firmado entre a prefeitura e o IAG. “Temos força de vontade em continuar com projeto. Em época de chuvas conseguimos evitar tragédias, prevendo situações anormais, ajudamos a salvar vidas que viviam em zonas de risco, bem como ajudamos autoridades a evitarem perdas em bens móveis e imóveis. Queremos continuar firme nesta missão que antes de tudo privilegia e respeita a vida humana”, afirmou o professor Augusto.

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