ISSN 2359-5191

08/07/2010 - Ano: 43 - Edição Nº: 48 - Educação - Faculdade de Educação
USP participa do Pontão de Cultura

São Paulo (AUN - USP) - O Centro de Memória da Educação (CME), da Faculdade de Educação da USP, começou nesse mês de junho sua participação como Projeto Pontão de Cultura, vinculado ao Ministério da Cultura (MinC). Com o edital aprovado em novembro, o cronograma prevê três anos de atuação junto a outros pontos de cultura.

Segundo uma das responsáveis pelo projeto Fernanda Pedrinelli, o Centro de Memória da Educação tem como tarefa ajudar na preservação da memória e gestão de documentos de outros pontos. Para isso, serão realizados 16 debates com especialistas ao longo do período do edital, sempre ligados ao foco do centro, ou seja, a conservação da memória. O primeiro debate foi realizado dia 24 de maio e discutiu herança cultural de um povo com nove pontos de cultura do estado.

No primeiro ano de projeto serão realizadas visitas técnicas aos pontos de cultura, com o objetivo de diagnosticar os documentos e escolher os parceiros definitivos para o trabalho nos outros dois anos. A prioridade será para pontos de cultura com maior tempo de existência, já que esses possuem mais documentos que, consequentemente, são mais antigos. Com os parceiros escolhidos, o CME vai ministrar seis oficinas para passar técnicas e conhecimentos de preservação. Fernanda explica que as etapas iniciam-se no levantamento e avaliação dos documentos dos pontos escolhidos e passam por oficinas de higienização, acondicionamento de imagem e de texto, arranjo (disposição de um arquivo) e digitalização. Ao final do terceiro ano, uma publicação será lançada contando a experiência do centro, do início ao fim do projeto. “O próprio Centro de Memória da Educação também gera documentos”, diz Fernanda.

Esse cuidado com os documentos de um projeto é essencial para a constituição de uma memória que dure, transmitindo as ações realizadas naquele espaço. O próprio convênio com o MinC estabelece como obrigação que os pontos de cultura guardem seus documentos durante 30 anos. Todo cuidado é necessário para a sua preservação, já que diversos fatores influem na sua degradação. Muitas vezes, não nos damos conta que a umidade, o tipo de material, o lugar em que se guardam esses documentos, tudo isso influi na sua durabilidade e conservação.

A ideia de uma participação do CME como pontão de cultura nessa área surgiu a partir de um serviço que a equipe realizou na Secretária de Cidadania Cultural, em Brasília. Contratados para realizar a preservação dos documentos do lugar, o grupo percebeu que mesmo lá a conservação se dava de forma falha. A partir daí surgiu a ideia de inserir o CME como um pontão que pudesse ajudar a cuidar dessa memória.

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