ISSN 2359-5191

19/07/2010 - Ano: 43 - Edição Nº: 54 - Saúde - Escola de Educação Física e Esporte
Oclusão vascular aumenta eficiência em treinamentos de força

São Paulo (AUN - USP) - A aplicação do método da oclusão vascular, que consiste na aplicação controlada de pressão em regiões específicas do corpo, geralmente com uso de equipamentos que permitam a aferição da pressão exercida, traz melhoras substanciais nos resultados de treinamento de força, segundo as pesquisas e testes realizados pela tese de Doutorado de Gilberto Cândido Laurentino pela Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (EEFE - USP). Os treinamentos de força têm grande importância na melhora do condicionamento físico geral, no aumento da massa muscular, na reabilitação de lesões e no desempenho esportivo.

Foram feitos testes com 29 pessoas sem experiência prévia em treinamento de força e analisados os resultados, inclusive microscopicamente. Os participantes foram divididos em três grupos distintos, cada um desses realizando um treinamento de força específico. Um grupo executou o treinamento em baixa intensidade isoladamente, sem a aplicação da técnica da oclusão, enquanto um segundo conjunto manteve a baixa intensidade, mas com oclusão vascular. Por fim, os restantes realizaram um treinamento de força em alta intensidade e sem oclusão. Analisados então os resultados no aumento da força e hipertrofia (crescimento da massa muscular), os integrantes do primeiro grupo atingiram os resultados menos expressivos. Já nos outros dois grupos, os efeitos do treinamento foram elevados e aproximadamente os mesmos. Verificou-se que um treinamento em baixa intensidade, se aplicado em conjunto com o método de oclusão vascular, é tão eficiente quanto um treinamento de alta intensidade isolado, cerca de quatro vezes mais forte.

Nos estudos moleculares dos testes, constatou-se que o aumento nos resultados de força e hipertrofia quando aplicada a técnica de oclusão não está vinculada a ação da Activa 2B. Ao que tudo indica, a maior eficiência dos resultados está possivelmente relacionada à diminuição da atividade da miostatina, proteína produzida em células do músculo esquelético e que limita o crescimento do tecido muscular, e ao aumento de seus antagonistas.

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