ISSN 2359-5191

04/10/2010 - Ano: 43 - Edição Nº: 82 - Saúde - Instituto Butantan
Aedes aegypti da Grande SP tem migração restrita

São Paulo (AUN - USP) - Os mosquitos Aedes aegypti não migram entre alguns municípios da Grande São Paulo. Essa é a principal conclusão de um estudo que vem sendo realizado por pesquisadores do Instituto Butantan e que comprovou o que até hoje só se sabia sobre mosquitos de outras cidades.

A importância de se saber onde estão e para onde vão os mosquitos Aedes Aegypti reside principalmente no controle da dengue no município ou região em questão. O mapeamento dos mosquitos por região permite que se saiba onde a incidência da doença é maior e então desenvolver ações de combate.

Analisando cerca de 40 espécimes em cada uma das quatro regiões estudadas da Grande São Paulo (Osasco, Guarulhos, Suzano e Butantan), é possível descrever comparativamente variedades genéticas e morfológicas dos mosquitos, que podem ter comportamentos variados de migração, crescimento, ciclo de vida. Além disso, os pesquisadores verificaram que o patrimônio genético dos indivíduos foi específico para cada uma dessas quatro populações, o que indica que mosquitos de municípios diferentes não se encontram nem se cruzam.

Foi utilizado, também, para a análise dos mosquitos, um método ainda pouco difundido chamado de morfometria geométrica, que mostrou serem as asas dos indivíduos ligeiramente diferentes entre as quatro localidades, confirmando a interpretação genética.

O trabalho de coleta dos insetos contou com a ajuda das prefeituras dos municípios. Já transportados para o laboratório, eles foram armazenados em nitrogênio líquido a -196º C, para preservação do material genético, e então tiveram suas asas removidas e o restante do corpo destinado à extração do DNA.

Com esse estudo, pretende-se gerar informações que auxiliem na criação de mecanismos que possam diminuir e controlar o mosquito transmissor de uma das doenças mais problemáticas no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, só neste ano, os casos de dengue mais do que dobraram, e o principal motivo ainda é a falta de conscientização dos moradores.

O estudo é realizado pela mestranda Paloma Vidal, sob a orientação de Lincoln Suesdek da Rocha, pesquisador científico do Laboratório de Parasitologia do Instituto Butantan e professor do Instituto de Ciências Biomédicas da USP.

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