ISSN 2359-5191

19/06/2002 - Ano: 35 - Edição Nº: 12 - Meio Ambiente - Instituto Oceanográfico
Projeto de navio oceanográfico envolve três faculdades da USP

São Paulo (AUN - USP) - O projeto de um novo navio oceanográfico para o Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo está sendo desenvolvido em parceria com outras unidades da Universidade. Estão envolvidos no projeto, além do próprio Instituto Oceanográfico, o Departamento de Engenharia Naval da Escola Politécnica e o Laboratório de Design de Embarcações da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo.

Atualmente, está em andamento o pré-projeto, ou seja, a definição das características gerais e das especificações da nova embarcação, como tamanho, equipamentos e número de pessoas que o navio comportará. Ele está bastante evoluído e deverá estar pronto em meados do próximo semestre, quando se iniciará o projeto executivo, que trata inclusive dos pequenos detalhes, como a determinação de cada parafuso que será utilizado. Depois de sua conclusão, pretende-se iniciar a construção do navio, que segundo o diretor do Instituto Oceanográfico, Belmiro Mendes de Castro, deverá estar pronto em três ou quatro anos, se tudo ocorrer conforme o programado.

O envelhecimento do atual navio “Professor W. Besnard” trouxe à tona a necessidade de uma nova embarcação. O navio que tem 30 anos já foi diversas vezes à Antártida e enfrentou condições de mar adversas, que contribuíram para o seu destaque. O diretor do Instituto Oceanográfico destaca que a cada ano a manutenção do navio está mais cara, pois as peças são antigas e para repô-las é preciso mandar fabricá-las. Belmiro conta que havia duas opções para adquirir uma embarcação: comprar um navio já usado ou construir um novo. Escolheu-se a segunda opção e surgiu a idéia de convidar outras unidades da universidade para participar do projeto, afinal, o navio é da Universidade de São Paulo. Belmiro destaca que trabalhar com outras unidades da USP tem sido uma experiência muito rica, pois cada uma tem uma visão diferente e, portanto, contribui de forma diversa.

Uma das principais diferenças entre o “Professor W. Besnard” e o novo navio está relacionada ao número de pessoas que este comportará. A nova embarcação terá capacidade para 16 tripulantes e 25 alunos e/ou pesquisadores, enquanto que no navio atual cabem apenas 15 alunos e/ou professores. Esse aumento no número de pessoas que o navio pode transportar foi feito pensando no curso de graduação em Oceanografia, aberto esse ano. O curso tem 40 vagas, e dessa maneira, é possível realizar viagens levando os alunos em duas turmas mais os professores.

O novo navio terá uma concepção mais moderna que o atual, isto é, será mais fácil de operá-lo. Apesar do “Professor W. Besnard” ser um modelo mais antigo, muitos de seus equipamentos serão levados para a nova embarcação, pois eles são bastante modernos. Desse modo, os custos serão barateados.

Para a construção dessa nova embarcação, espera-se angariar fundos de Agências Financiadoras Internacionais e Nacionais, como FAPESP e CNPq, da Reitoria e do Governo do Estado de São Paulo. O diretor do Instituto Oceanográfico esclarece que esse é um grande investimento, da ordem de U$$ 15 milhões, e portanto, é necessário a formação de um consórcio de órgãos para pagar a construção da embarcação. Para Belmiro, tal tarefa “não é fácil, mas é realizável” e a comissão organizada para coordenar o projeto está entusiasmada com o projeto e disposta a “trabalhar duro”.

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