São Paulo (AUN - USP) -A atividade do Instituto Butantan conhecida como “Mão na Cobra só no Butantan” aproxima as pessoas daquilo que nos acostumamos a ver no National Geographic ou no Discovery Channel: o contato com o mundo animal desconhecido. Nela, é possível pegar na mão, palpar, tocar e admirar uma cobra coral falsa.
Durante uma hora, três voluntários do Laboratório de Ecologia e Evolução fazem explicações gerais sobre como é a atividade e tiram dúvidas acerca dos répteis, de venenos, e do próprio Instituto.
Encerradas as perguntas, é aberta a sessão que dá o nome ao projeto. Segundo Natália Ferreira, uma das voluntárias, o nome é sugestivo. “Se chama Mão na Cobra só no Butantan exatamente para enfatizar que isso só deve ser feito aqui no Butantan, pois o risco disso é muito grande. Aqui, são cobras falsas, sem veneno, mas diferenciar na natureza pode ser muito arriscado. Achou cobra, não mexe”.
Um dos objetivos, segundo os voluntários, é desmistificar temas referentes aos répteis, principalmente às serpentes. “Várias histórias se tornam verdades pela força da repetição. Aqui a gente passa o que realmente ocorre. Por exemplo, sobre a troca de pele. É mito dizer que os anéis significam anos de vida. Na verdade, quando pequenas, elas trocam várias vezes de pele, o que significa mais anéis”, relata Natália.
As reações do público, enquanto pegando a coral, são diversas. No início, espanto. Depois de um tempo, algumas risadas. Pessoas que passam no momento da atividade param por um tempo, observam espantadas, tecem algum comentário, e continuam sua caminhada.
Além da desmistificação de mitos, outro objetivo crucial da atividade é a conscientização das pessoas. “A gente foca no aspecto conservação. Com a urbanização, várias espécies desapareceram, então é preciso conscientizar as pessoas. E é gratificante, vem gente de todas as idades, de todos os lugares para participar”.
O projeto acontece toda quinta-feira das 14h30 às 15h30 perto do serpentário, e durante as férias conta com uma programação especial para melhor atender aos visitantes, geralmente famílias, estudantes e curiosos em geral.