São Paulo (AUN - USP) - O Projeto Brincando na Espera visa entreter e divertir crianças para que elas aceitem melhor os tratamentos doloridos do Departamento de Ortopedia do Hospital das Clínicas (HC), da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). O Projeto é uma iniciativa do grupo de Terapia Ocupacional do HC e funciona todas as segundas e quintas-feira, sempre durante o período da manhã, no Instituto de Ortopedia e Traumatologia, do hospital.
Segundo a recreacionista Alexandra Santos de Souza, a intenção é reverter a ideia da relação entre dor e hospital, geralmente, presente na cabeça das crianças. Segundo ela, as crianças enxergam o hospital como um “bicho-papão” e não como um lugar para reabilitá-las. “Antes de existirem estas atividades, as crianças ficavam tensas e ansiosas, e daí só choravam”, relata Alexandra.
Devido ao desconforto e à dor causada pelo tratamento, que inclui visita ao médico e a sessão de fisioterapia, o HC também oferece uma equipe de fisioterapeutas com fantoches para incentivar os exercícios. Dessa forma, com este projeto, o tratamento, muitas vezes doloroso, é aceito pelas crianças. Por meio de brinquedos simples, brincadeiras que não exigem muita mobilidade, desenhos, pinturas, risadas, e muita leitura de histórias que os pequenos pacientes ortopédicos dão início às longas e, muitas vezes, dolorosas sessões de fisioterapia para a sua reabilitação.
Por se inspirarem nos exemplos das histórias e nos conselhos dos fantoches as crianças se esforçam em superar a dor e acabam se divertindo com as ações dos bonecos. “Uso o recurso da brincadeira para direcionar as atividades”, comenta a fisioterapeuta Klévia Bezerra Lima. Segundo ela, estes recursos lúdicos, como fantoches e a leitura de histórias, ajudam as crianças a se superarem e são responsáveis por 100% da aceitação ao tratamento.
Com informações da Assessoria de Imprensa do HC