ISSN 2359-5191

15/06/2011 - Ano: 44 - Edição Nº: 48 - Saúde - Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - USP
Professora retoma acompanhamento nutricional de funcionários da EE

São Paulo (AUN - USP) - Segundo dados de pesquisa realizada em 2009, pelo IBGE, 50,1% dos homens e 48% das mulheres têm excesso de peso no Brasil. Pelo mesmo levantamento, 12,4% dos homens e 16,9% das mulheres são obesas. Em 2008, esses números ultrapassaram as estatísticas internacionais e, ao que tudo indica, continuarão crescendo.

Foi com isso em mente que alguns dos funcionários da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EE/USP) pediram à professora Elizabeth Fujimori que realizasse um trabalho de acompanhamento nutricional do quadro de servidores da unidade.

Graduada em enfermagem (81) com mestrado (89) e doutorado (94) em saúde pública pela USP, Fujimori deu início ao acompanhamento no último dia da Semana de Enfermagem (de 13 a 18 de maio), quando realizou uma primeira avaliação dos funcionários.

O excesso de peso, como bem se sabe, não é somente um simples problema estético. Um IDM alto aumenta o risco de diabetes, hipertensão e pode até levar a um infarto.

O exame preliminar consiste em três etapas: primeiro, calcula-se o Índice de Massa Corporal (IMC). Para isso, divide-se o peso do paciente pelo quadrado da altura. A partir do valor obtido, é possível determinar em qual categoria ele se enquadra: déficit de peso, regular, excesso de peso ou obesidade. Em seguida, mede-se a circunferência da cintura, que também é categorizada segundo uma tabela. Por fim, o paciente relata sua alimentação no dia anterior, para que o enfermeiro possa julgar, a partir dela, quão adequada é sua rotina alimentar.

Talvez essa última parte seja a mais importante. Afinal, o aumento do peso médio dos brasileiros é consequência de diversos fatores. O aumento na média de vida, por exemplo, é um deles – “adultos ganham, aproximadamente, 1 kg ao ano”, afirma Fujimori.

Mas o fator que mais contribui para essa transformação é a mudança nos hábitos dos brasileiros. A inserção de mulheres no mercado de trabalho e a ascensão da vida corporativa fizeram com que a rotina de alimentação saudável tenha se apagado quase que por completo. “O brasileiro hoje em dia acaba fazendo lanche no almoço”, diz a professora.

Com essa rotina, sobra também pouco tempo para os exercícios físicos, que devem ser complementares a uma alimentação variada e dispersa ao longo do dia. Fujimori sugere que os pacientes tentem substituir alguns percursos que fariam em seus carros por caminhadas.

A professora não é a primeira a realizar este acompanhamento entre os funcionários. Na realidade, há alguns anos existia na EE um grupo forte focado na nutrição que realizava o trabalho, mas ele foi gradualmente desaparecendo. O projeto era institucionalizado como um núcleo de extensão, contando até mesmo com um bolsista que trabalhava em diversos abrigos na região do Butantã. Fujimori pretende, então, retomar esse trabalho – a pedido dos funcionários, que sentiram falta do serviço.

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