ISSN 2359-5191

06/09/2012 - Ano: 45 - Edição Nº: 82 - Arte e Cultura - Centro de Preservação Cultural
Mapeamento de artistas e artesãos é realizado pelo CPC
Casa de Dona Yayá reúne resultados de projeto desenvolvido no bairro do Bixiga

São Paulo (AUN - USP) - O Centro de Preservação Cultural da USP (CPC), sediado na Casa de Dona Yayá, realizou por dois anos uma extensa pesquisa sobre o bairro do Bixiga, um dos mais tradicionais da cidade. O objetivo foi fazer um mapeamento da região, para conhecer e propagar o trabalho de artistas e artesãos. Alguns dos resultados estão sendo apresentados na Yayá em apresentações, saraus e sessões de documentários. Além disso, foram lançados uma exposição, que agrupa e apresenta as reflexões e materiais produzidos, e um site colaborativo, que terá atualização permanente.

O projeto, chamado Bixiga em artes e ofícios: percursos audiovisuais, conseguiu mapear 50 grupos dentro de 100 levantados durante o período de pesquisa. Sobre a idealização e concepção, a vice-diretora do CPC e coordenadora do projeto, Rose Satiko Gitirana Hikiji, disse que ele se inspirou em outro realizado no bairro de Cidade Tiradentes, Zona Leste de São Paulo. Durante a apresentação do site e da exposição, no dia 23 de agosto, afirmou que, no Bixiga, a “ideia foi mais do que fazer um mapeamento, acadêmico, quantitativo, e sim trazer os olhares dos moradores, freqüentadores e trabalhadores do Bixiga sobre o próprio bairro”.

O desenvolvimento do projeto teve diversas atuações. Depois da primeira fase, com entrevistas com os moradores, foram realizados quatro tipos de oficinas, que reuniram os artistas para produzirem conteúdo próprio. Em uma das oficinas, os participantes fizeram 18 cadernos de viagem, com o trajeto entre a Casa e estabelecimentos de artesãos do Bixiga; outra contemplou a produção de textos; por fim, fotografia e videodocumentário também possibilitaram as impressões e registros do bairro.

Bolsistas do CPC, de diferentes cursos de graduação, como ciências sociais, história e design auxiliaram na elaboração e no desenvolvimento do Bixiga em artes e ofícios. O trabalho de campo, com as entrevistas, oficinas, fotografias, vídeos, o desenvolvimento de um plano de design para a divulgação e identidade visual da iniciativa tiveram participação direta dos estudantes e também de funcionários do Centro de Preservação Cultural. Para Letícia Yumi Shimoda, estudante de Ciências Sociais e uma das primeiras bolsistas a aderirem ao projeto, o trabalho possibilitou que ela tivesse “um olhar muito particular sobre o bairro”, e observou que ele “tem características do centro, com a Nove de Julho, a Brigadeiro Luís Antônio, a 23 (de Maio), mas aí você entra em uma rua e você vê que é tudo diferente, que tem as crianças saindo da escola, tem uma cara de ser um bairro residencial”.

Outra ideia do grupo é a de fazer um livro, que ainda será produzido, e fará parte da série Cadernos CPC. Ele narrará as reflexões e detalhamentos da realização de suas etapas. A exposição Bixiga em artes e ofícios ficará em cartaz até o dia 14 de novembro. Exibições de vídeos aconteceram nos dias 29 e 30 de agosto, e no mês de setembro acontecerão mais duas apresentações.

Mais informações, no site do Centro de Preservação Cultural (www.usp.br/cpc) e no site colaborativo, www.yayabixiga.com.br.

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