ISSN 2359-5191

11/10/2012 - Ano: 45 - Edição Nº: 95 - Saúde - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia
Pesquisador investiga mutações responsáveis pela virulência do coronavírus

São Paulo (AUN - USP) - A avaliação da relação do coronavírus com a célula do animal hospedeiro, na tentativa de descobrir como se dão as mutações envolvidas no estabelecimento de maior ou menor grau de virulência deste patógeno, é o tema da pesquisa realizada pelo professor Paulo Eduardo Brandão, no Laboratório de Zoonoses Virais da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da USP. O coronavírus é responsável por um tipo de pneumonia com sintomas parecidos com os dos resfriados comuns: febre, tosse, cansaço e inflamação da garganta. Seu grau de mortalidade aumenta conforme a pessoa contaminada: adultos tendem a recuperar-se rapidamente, idosos e crianças tendem a adoecer mais facilmente e padecer mais com os sintomas, devido à imunidade mais frágil que apresentam. No último dia 24 de setembro, agências de notícias internacionais publicaram que um tipo não reconhecido de coronavírus foi responsável pela contaminação de dois adultos. Um deles, adquiriu a doença no Qatar, e foi internado em um hospital em Londres. O outro caso foi na Árabia Saudita, e o paciente faleceu. Um variação deste vírus, nomeada como Severe Acute Respiratory Syndrome (SARS) foi responsável por centenas de mortes entre 2002 e 2003 em 37 países do mundo, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Esta nova variação de 2012 não foi identificada como SARS, portanto se trata de um novo tipo de coronavírus, ainda não descrito. O temor, segundo Brandão, é que se repita o surto de 2002. Em sua pesquisa, Paulo Brandão tenta decifrar no código genético do vírus quais são as mutações responsáveis pela adaptação do coranavírus em hospedeiros diferentes, por exemplo, aves e mamíferos. As mutações que acontecem no RNA mensageiro do vírus, neste caso, são a causa das alterações que garantem adaptação em novos hospedeiros e variação de virulência. Quanto maior a virulência de um agente, maior a letalidade que ele provoca nos seres infectados. “É um trabalho mais sobre evolução”, diz o pesquisador. Identificar essas mutações, no caso, poderia contribuir para estudar medidas de controle de contaminação da doença.

Fonte: http://www.bbc.co.uk/news/health-19698335

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