ISSN 2359-5191

05/12/2012 - Ano: 45 - Edição Nº: 123 - Arte e Cultura - Instituto de Estudos Brasileiros
Lançamento de livros sobre Sérgio Buarque de Holanda mostra a atualidade do autor

São Paulo (AUN - USP) - No final do mês de outubro o Instituto de Estudos Brasileiros (IEB), em parceria com a Editora Companhia das Letras e a Editora da USP (Edusp) lançaram dois livros sobre Sérgio Buarque de Holanda, em evento realizado na Casa de Cultura Japonesa. Uma mesa com o especialista Pedro Meira Monteiro, Antônio Arnoni, Lilia Schwarcz e do professor Marcos Moraes também foi destaque da data.

Mário de Andrade e Sérgio Buarque de Holanda: Correspondênciateve a organização de Pedro Meira Monteiro, enquanto Atualidade de Sérgio Buarque de Holanda foi preparada por Stelio Marras. O primeiro livro procurou exibir a correspondência, de forma fidedigna, de Mário de Andrade e Sérgio Buarque, e mostrar a evolução de sua amizade, além do conhecimento e amadurecimento de ambos. Já o segundo livro nasceu das discussões que aconteceram em um seminário, também promovido pelo IEB em setembro de 2011, com o mesmo nome do livro.

O debate começou com a leitura de Marcos Moraes sobre o processo de apuração e descoberta das cartas. Falando sobre a sua seleção, o professor disse que uma “carta não é um objeto pronto, mas um objeto construído”. Ele explicitou a participação, nas pesquisas, tanto do arquivo do IEB quanto do acervo Central da Unicamp, e das dificuldades na montagem, na dispersão de arquivos, e na quase “arqueologia” para o entendimento da ortografia e das expressões do português no começo do século 20. A edição fidedigna, para ele, deve ter o “compromisso intelectual do processo”, e que assim todos serão destinatários das correspondências.

Pedro Moreira Monteiro prosseguiu essa temática, e narrou brevemente sobre o conteúdo das correspondências entre Mário e Sérgio, que foram trocadas entre 1922 e 1944. Nas cartas, inicialmente, era possível perceber a espontaneidade entre o diálogo dos dois. Mário já era uma pessoa consagrada, se emergia o contexto do Modernismo, porém entraria em um processo de decadência, com a sua estadia no Rio de Janeiro. Já Sérgio Buarque era um homem novo, ainda construindo seus estudos, e era discípulo de todo aquele novo contexto cultural e artístico.

A evolução da correspondência vai até o momento em que Mário volta a São Paulo, já inserido no contexto da Segunda Grande Guerra, começando a sua pesquisa histórica. Agora Sérgio já havia adquirido prestígio, e passou a ser conselheiro de Mário de Andrade.

Um dos pontos destacados por Antônio Arnoni foi o trabalho de organização dos livros, e elogiou o trabalho de Monteiro. Comentando sobre o conteúdo em si, ele falou da mudança e da amizade de Mário e Sérgio. A doação de um para o outro, a troca de ideias foi uma ponte que destacou, dizendo que “o Mário viu no Sérgio um dos poucos críticos capazes de compreendê-lo”. Para conhecer mais sobre as publicações, acesse o site da Edusp: http://www.edusp.com.br/. O seminário realizado no IEB, Atualidade de Sérgio Buarque de Holanda, também está disponível na internet, no site da Univesp TV: http://univesptv.cmais.com.br/atualidade-de-sergio-buarque-de-holanda.

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