São Paulo (AUN - USP) - Um sistema em que o médico possa acessar, de onde quer que esteja, toda a informação clÃnica de um paciente internado, está em desenvolvimento no Instituto do Coração (Incor) do Hospital das ClÃnicas da Faculdade de Medicina da USP. Esta nova tecnologia visa a implementar a transmissão destes dados para dispositivos sem fio, como os computadores de mão. Em todos os testes já realizados, de acordo com Marina Rebelo, do Serviço de Informática do Incor, os resultados têm sido um sucesso.
Atualmente, já está em rotina o prontuário eletrônico, em que se pode obter, através de uma página web, a ficha do paciente, documentos e resultados de exames laboratoriais, e também chapas de radiografia e imagens de exames complexos como tomografia computadorizada, ressonância magnética, ecocardiografia e ultra-sonografia. Além disso, foi desenvolvido recentemente um projeto para integrar a estas informações os sinais dos monitores de beira-de-leito, sincronizados em tempo real, e que também permite ao médico gravar o conjunto de sinais e enviar mensagens ao monitor.
O novo sistema pretende prover aos médicos do Incor a capacidade de acessar os dados de um paciente, com grande mobilidade. Isto se torna muito importante principalmente em casos de internações graves, já que se pode checar os sinais vitais remota e instantaneamente. As vantagens desta nova tecnologia são relevantes tanto para os médicos quanto para os pacientes. Para aqueles, facilita o estudo do caso, já que reúne todas as informações sobre o quadro clÃnico, e que podem ser obtidas de uma maneira prática e fácil; para os pacientes, agiliza o seu tratamento, uma vez que vários médicos podem acessar e analisar seu caso, dinamizando o diagnóstico.
Esta possibilidade de vários médicos visualizarem a ficha clÃnica de um mesmo paciente traz ainda outra vantagem. Em cidades distantes, em que não há um profissional especializado em determinada área, pode-se contar com o apoio do um médico especialista para dar a segunda opinião, através de uma teleconferência. Isto garante um melhor atendimento mesmo em regiões onde há profissionais menos qualificados. Ainda mais, isto possibilita uma troca de informações entre médicos de diversas especialidades e que atendem em diferentes locais, divulgando resultados e descobertas.