São Paulo (AUN - USP) - A Clínica de Dermatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC/FMUSP) alerta riscos futuros causados pela exposição excessiva ao sol na infância. Segundo o médico Paulo Ricardo Criado, crianças expostas à luz solar de forma intensa e inadequada correm riscos de desenvolver câncer de pele na adolescência ou fase adulta.
A clínica aconselha que pais e familiares redobrem a atenção. “As crianças passam grande parte do seu tempo diário em ambientes externos e, conseqüentemente, expostas ao sol”, comenta. O médico ainda explica que os efeitos da Radiação Ultravioleta (UV) excessiva, ao longo dos anos, poderão comprometer de maneira negativa o futuro dessas crianças.
A relação entre a exposição solar acumulativa e o desenvolvimento de carcinomas cutâneos é muito claro para os profissionais da dermatologia. A relação entre queimaduras solares e o melanoma, câncer de pele mais agressivo, também se mostra ainda mais presente e acentuada.
A proteção solar deve fazer parte do cotidiano das pessoas e, principalmente, das crianças. O uso de filtros solares, chapéus, bonés e roupas adequadas não devem se restringir apenas ao ambiente de praia ou piscina. Esse hábito faz parte de medidas de segurança para a prevenção da doença em qualquer localização.
Uma dica de prática que pode auxiliar os pais a identificarem o momento em que a criança deve evitar o sol é a “regra da sombra”. O sol se apresenta mais danoso quanto menor for a sombra da criança em relação à sua altura. O risco se apresenta menor quando o tamanho da sombra for maior, concluiu o dermatologista do HC.
Recomenda-se não tomar sol entre 10h e 16h, intervalo de horário no qual é grande a incidência dos raios ultravioletas. No entanto, é preciso ficar atento ao horário de verão e nos cuidados com peles mais sensíveis ao sol e a alimentação saudável.