ISSN 2359-5191

21/02/2014 - Ano: 47 - Edição Nº: 133 - Saúde - Escola de Educação Física e Esporte
Grupo da EEFE busca humanização do profissional de educação física
Estudos utilizam aspectos filosóficos relacionados às práticas corporais
Escola de Educação Física e Esporte - USP Imagens

O Grupo Corpus da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP busca, em suas atividades, trazer uma visão humanizada ao curso de Educação Física com base em aspectos filosóficos relacionados ao corpo, de forma a quebrar a visão generalizada que quase sempre remete a profissionais que atuam em academias, como personal trainers, professores ou treinadores.

Segundo Yara Maria de Carvalho, coordenadora do projeto, “a formação nessa área sempre esteve vinculada à saúde”. Entretanto, o atendimento por esse profissional era restrita àqueles que podiam arcar com os custos. Através da aproximação deste com a comunidade e o sistema de saúde, o acesso vem sendo repensado e ampliado para as populações mais carentes.

O PET - Saúde (Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde), desenvolvido pelo Ministério, no qual os membros do grupo atuam, é grande responsável por essa ampliação. Nele estudantes com apoio de profissionais e docentes de educação física, recebem bolsas para participar de ações desenvolvidas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).

O objetivo, para os alunos de graduação, é problematizar sua formação desde o primeiro ano com o acompanhamento dos pacientes e famílias. Entre as grandes conquistas estão profissionais que conseguem trabalhar com outras áreas, em equipe e que possuem a compreensão do cuidar do próximo e de si, sem isolamento.

Mesmo que a situação do paciente seja terminal, a professora afirma que esse tipo de trabalho deve ser realizado a fim de melhorar sua potência de vida. Não é desconsiderar a doença, e sim não transformar a pessoa em seu diagnóstico. Essa é a função da educação física. As responsabilidades dos bolsistas incluem a aferição e aplicação do que a comunidade próxima àquela UBS necessita, como orientação para prática de exercícios em casa, massagem e fisioterapia nas salas de espera, grupos de dança, campanhas de saúde, entre outras atividades.

Ações em grupo

Todas as políticas de humanização da saúde, que não são trabalhadas durante o bacharelado, são tratadas pelo Corpus. O objetivo é mostrar como é possível apropriar-se destas técnicas e aplicá-las através de intervenções e assistências de forma a melhorar a qualidade de vida dos usuários. Essas atividades são baseadas em pesquisas que envolvem as diferentes concepções de corpo existentes (nesse caso, principalmente de Descartes e Espinoza) e as práticas corporais da contemporaneidade.

Um destaque é a presença, entre os membros, de alunos de pré-iniciação científica, jovens do ensino médio que participam do programa em busca de integração com o mundo científico. O projeto envolve o corpo e a saúde na escola. Eles estudam o tema na USP e realizam intervenções com os colegas do colégio, depois, levam os resultados para o grupo e para a escola e alimentam o debate. Uma das questões desenvolvidas com sucesso foi a busca incessante pela beleza, por padrões de estética, tema recorrente no meio escolar.

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