ISSN 2359-5191

21/02/2014 - Ano: 47 - Edição Nº: 133 - Educação - Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas
Pesquisa busca caminhos para melhora no ensino da cartografia

A leitura e compreensão de mapas são uma das grandes dificuldades encontradas tanto por alunos quanto por docente em diversos níveis escolares. Foi a partir desta constatação que Waldiney Gomes de Aguiar desenvolveu sua dissertação de mestrado “O processo de aprendizagem da cartografia escolar por meio da situação didática”, entregue ao Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP).

“Ao iniciar nossas atividades como docente na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), no âmbito da disciplina de estágio supervisionado, percebemos que haveria uma demanda de grande parte dos professores em relação ao trabalho com os mapas em sala de aula”, diz o autor do estudo. “Os docentes reclamavam de não ter aprendido na universidade a ler mapas. Ou seja, eles não foram alfabetizados para tal situação”, continua.

Segundo ele, a maioria dos professores não tinha uma preocupação em associar a utilização do mapa, nas aulas, a uma alfabetização cartográfica dos alunos, que levaria em conta a compreensão da visão oblíqua e vertical, da imagem tri e bidimensional e do alfabeto cartográfico, por exemplo. A consequência disso, é que os alunos, que deveriam ter contato com essa linguagem no período entre a quinta e a oitava série, não conseguem desenvolver uma cognição, perdendo a capacidade de compreender, gradualmente, a relação entre o espaço real e o espaço representado no mapa. “Os professores tinham dificuldades em articular o mapa a algum procedimento didático, utilizavam-nos, na maioria das vezes, como mero recurso para localizar lugares e fenômenos geográficos”, diz.

“A teoria da situação didática, como processo de conduzir aprendizagem, nos mostra que é preciso o aluno atuar como sujeito diante do objeto de aprendizagem, no caso, os mapas”, continua o pesquisador sobre uma saída para o melhor desenvolvimento do ensino. “Acabamos verificando uma enorme necessidade de formação para os professores, desenvolvida a partir dos pressupostos da alfabetização cartográfica e da teoria da situação didática, a fim de que as crianças possam estudar geografia por meio dos mapas, ao mesmo tempo em que desenvolvem seu raciocínio espacial”, conclui.

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