Há três anos em atividade, o curso anual “Tópicos Avançados de Fisiologia Humana e Saúde”, oferecido pela disciplina “Fisiologia para o Ensino Médio”, do Departamento de Fisiologia no Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, propõe a transformação de professores do Ensino Médio em agentes de saúde, atualizando seus conhecimentos na área e promovendo a troca de experiências em vivências didáticas.
Em linhas gerais, o curso busca compreender as demandas e lacunas atuais da escola básica, propondo discussões críticas de temas atuais referentes ao conteúdo de fisiologia humana e seus aspectos relacionados à saúde. A professora Regina Markus, que há trinta anos atua na Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), conta que a ideia para a criação do curso surgiu durante a última reforma da estrutura curricular do Instituto de Biociências. Segundo ela, havia uma grande discussão em torno da importância da licenciatura e da formação inicial de professores para o ensino básico.
“Nos projetos formadores e na disseminação de informação ainda havia muito espaço para desenvolver os aspectos fisiológicos da saúde humana. Daí surgiu a ideia de considerar cada professor de Biologia deste país como um agente de saúde”, explica. A professora ainda comenta que o curso é montado de forma a permitir que os futuros professores aprofundem seus conhecimentos e criem formas de pensar determinadas noções da área.
“Fisiologia Humana é um tema tratado de forma superficial, e que deve ser aprofundado de forma a permitir que cada cidadão entenda melhor seu próprio corpo, as transformações que passa ao longo da vida e as doenças mais comuns que afetam a nossa população”, pontua.
Ocorrendo ao final do primeiro semestre de cada ano, o curso oferecido aos professores da educação básica é ministrado pelos licenciados do Instituto de Biociências, sob supervisão da equipe docente, que atua nas discussões sobre os temas apresentados durante as aulas. Assim, proporciona a troca de experiências tanto entre docentes e pesquisadores da USP, como entre professores em formação e os professores da rede pública de São Paulo.