ISSN 2359-5191

01/09/2014 - Ano: 47 - Edição Nº: 49 - Ciência e Tecnologia - Instituto de Pesquisas Energéticas
Ipen investe na produção de radiofármacos
Pesquisas tem relação com medicina diagnóstica e terapia de doenças

O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nuclear (Ipen) está se destacando em sua grande importância na produção de radiofármacos para a medicina diagnóstica e terapias. Hoje, existem 38 tipos de radiofármacos capazes de captar qualquer disfunção do organismo, auxiliando no diagnósticos de doenças na maioria dos orgãos do corpo humano.

O professor e pesquisador do Ipen envolvido no projeto, Jair Menghetti, destaca o papel de elementos como o tecnécio (Tc-99m), flúor (F-18) e iodo (I-131). O primeiro tem mostrado um papel de destaque na área, principalmente devido sua facilidade em se ligar a um grande número de moléculas orgânicas capazes de transportá-lo para o orgão alvo e assim captar uma imagem propícia para o diagnóstico.

O Ipen produz hoje 16 tipos diferentes de moléculas orgânicas responsáveis pelo transporte do TC-99. Segundo Menghetti, cada tipo de molécula é produzida para um orgão diferente e recebe um processo específico para o aumento de seu uso: “Por uma questão de facilidade de uso e de estabilidade dessas matérias orgânicas nós liofilisamo-as, aumentando a vida útil dessas moléculas. Essas moléculas são injetadas nos pacientes, que após um determinado tempo de reação e de percurso percorrido em seu organismo, são feitas imagens para o diagnóstico.”

O processo de liofizia consiste na desidratação de uma substância orgânica por congelamento à vácuo. A pressão causada pelo vácuo provoca uma sublimação da substância, ou seja, a passagem do estado sólido para o gasoso.

O fator de diferenciação se uma molécula vai ser utilizada para diagnóstico ou terapia é o tipo de emissão que ela realiza. “Os elementos emissores de raios alfa e beta são utilizados para a terapia, já os emissores gama, para diagnóstico. Não há, hoje, nenhum emissor alfa em uso a não ser o Ra-223, usado para tratamento de pacientes com metástese óssea”, afirma Menghetti. A principal característica do Ra-223 é a capacidade de se depositar em regiões onde os tumores se encontram, pois nesses locais as atividades metabólicas são mais aceleradas, destruindo as células e atraindo-o, consequentemente.

A sobreposição de técnicas utilizando esses diferentes tipos de elementos tem se mostrado frutífero para uma melhora nos diagnósticos e o Ipen tem trabalhado também neste desenvolvimento: “Isso permite imagens fisiológicas do copo. Não são imagens físicas, apenas. Não é uma imagem estática. Todas as cores no resultado mostram o funcionamento [do organismo]”.

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