ISSN 2359-5191

09/09/2014 - Ano: 47 - Edição Nº: 55 - Saúde - Faculdade de Medicina
Exercício de intensidade é nova estratégia para melhor qualidade de vida de doentes cardiovasculares

O exercício físico é parte fundamental no processo de melhora da qualidade de vida de pessoas que sofrem de doenças cardiovasculares. Porém, é difícil determinar qual método de treinamento físico é o mais eficiente. O trabalho do pesquisador César Cavinato Cal Abad em conjunto com Maria Claudia Irigoyen, foi então, justamente esse: tentar resolver qual seria o tratamento físico mais eficiente.

O infarto do miocárdio é a doença cardiovascular que mais causa morte e invalidez em todo o mundo. O treinamento físico pode ser prescrito nos programas de reabilitação cardíacas envolve atividades predominantemente aeróbicas, realizadas com grandes grupos musculares, em intensidade leve a moderada, duração de moderada a longa, e pelo menos três vezes na semana. Porém, em recentes estudos tem sido demonstrado que atividades com menor duração e maior intensidade, podem ser ainda mais eficazes do que as tradicionais.

Para a investigação dos efeitos dessas duas formas de atividades, Cavinato utilizou em seu estudo camundongos de duas linhagens diferentes que foram divididos em grupos de pesquisa. Sendo elas: sedentário, infartado sedentário, infartado submetido a treinamento contínuo, infartado submetido a treinamento intervalado. A escolha pelo animal foi de evitar expor os pacientes em riscos desnecessários, considerando ainda que animais permitem o acesso à um quantidade de variáveis que são mais difíceis de serem avaliadas em humanos.

Os treinos com os animais se constituiu de corridas, em que as velocidades variavam, assim como os tempos de intervalos eram diferentes. Segundo Cavinato, os resultados demonstraram que os animais das duas linhagens possuem diferenças funcionais e fisiológicas importantes, especialmente na morfologia muscular, na hemodinâmica e no controle autonômico.  Além disso, foi possível perceber que o infarto do miocárdio acarretou prejuízos em ambas as linhagens investigadas e que os dois tipos de treinamento físicos estudados, abrandaram de forma bastante similiar os prejuízos na maioria das variáveis analisadas.

Com o estudo “foi possível verificar que o Treinamento Intervalado de Alta Intensidade pode ser uma ferramenta promissora a ser utilizada em programas de reabilitação cardíaca num futuro próximo”. Um estudo nesse sentido é muito importante dado ao fato de que as doenças cardiovasculares são as maiores causadores de morte em todo o mundo, necessitando de estudos que tragam informações novas sobre possíveis estratégias que sejam capazes de melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Cavinato define, por fim: “O estudo foi importante à medida que ele trouxe informações adicionais sobre a prática do treinamento físico de alta intensidade em promover benefícios sem riscos adicionais”. Pois melhora a modulação autonomica cardiovascular, aprimora a função cardiaca, aumenta a tolerância ao esforço e reduz a mortalidade

Leia também...
Agência Universitária de Notícias

ISSN 2359-5191

Universidade de São Paulo
Vice-Reitor: Vahan Agopyan
Escola de Comunicações e Artes
Departamento de Jornalismo e Editoração
Chefe Suplente: Ciro Marcondes Filho
Professores Responsáveis
Repórteres
Alunos do curso de Jornalismo da ECA/USP
Editora de Conteúdo
Web Designer
Contato: aun@usp.br