ISSN 2359-5191

23/04/2015 - Ano: 48 - Edição Nº: 24 - Saúde - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
Iluminação hospitalar prejudica pacientes e enfermeiros
Pesquisa realizada pela FAU-USP apontou falhas na iluminação hospitalar no tratamento de pacientes com câncer
Fonte: acervo da pesquisadora Fernanda Falcão

Ao pensar nos usuários de áreas quimioterápicas de hospitais, Fernanda Falcão - pesquisadora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo - realizou sua dissertação de mestrado a partir da análise da iluminação hospitalar em salas de quimioterapia ambulatorial. O resultado da pesquisa mostrou um déficit na iluminação, que pode prejudicar pacientes e equipe médica. Foram apontadas, então, algumas recomendações para melhorias nesses ambientes.
A pesquisa, que analisou a sala de quimioterapia ambulatorial do Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC), focou em pacientes mulheres com câncer de mama em condição de cura. O tratamento do câncer de mama, o segundo tipo mais frequente no mundo, costuma debilitar bastante o paciente. Essa agressão não ataca somente a parte fisiológica dessas pessoas, mas também o aspecto psicológico que, segundo Fernanda, pode ser ainda mais prejudicado devido à má iluminação do ambiente hospitalar.
Além disso, a equipe médica também pode ser altamente prejudicada. "Um profissional da área de saúde que está tentando fazer um esforço [devido à má iluminação], como aconteceu em algumas áreas lá [no IBCC], para fazer a infusão num paciente, com o passar do tempo provavelmente ele vai ter um aumento no seu grau de visão", explica a pesquisadora.
Após cruzar informações de medições técnicas de iluminação com questionários aplicados a pacientes, enfermeiros e supervisores, a pesquisa pôde concluir que o nível de iluminação no local não era suficiente.
Diante desse resultado, a pesquisa apresenta algumas recomendações que podem ser aplicadas a salas de quimoterapia ambulatorial. Entre elas, estão a interação da luz natural com a artificial e o comando individual para luzes. A interação entre os dois tipos de luzes pode ser feita com aberturas laterais nas unidades de tratamento. Dessa maneira, além de melhorar a iluminação do local, a paisagem externa ao hospital pode distrair os pacientes, melhorando seus aspectos psicológicos. Já o comando individual nos boxes de tratamento pode possibilitar melhor conforto aos usuários, já que a sensibilidade luminosa varia de pessoa para pessoa.
Seguindo, entre outras, essas recomendações, o conforto dos pacientes com câncer elevaria e isso ajudaria na diminuição da agressão psicológica que esse difícil tratamento causa. Além disso, a saúde e conforto da equipe médica também melhorariam. 

Leia também...
Agência Universitária de Notícias

ISSN 2359-5191

Universidade de São Paulo
Vice-Reitor: Vahan Agopyan
Escola de Comunicações e Artes
Departamento de Jornalismo e Editoração
Chefe Suplente: Ciro Marcondes Filho
Professores Responsáveis
Repórteres
Alunos do curso de Jornalismo da ECA/USP
Editora de Conteúdo
Web Designer
Contato: aun@usp.br