ISSN 2359-5191

10/06/2015 - Ano: 48 - Edição Nº: 46 - Saúde - Pró-Reitoria de Pesquisa
Pesquisa avalia modelos de negócios de saúde para implantação de hospital
Parceria foi feita com Prefeitura de Belo Horizonte, para construção de hospital metropolitano na capital
Projeção do hospital quando concluído

O Centro de Pesquisas em Direito Sanitário da Faculdade de Saúde Pública da USP, em parceria com a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, realizou uma pesquisa sobre modelos políticos de gestões públicas de saúde para a implementação de um hospital metropolitano na capital mineira. A primeira parte da pesquisa, já completa, se concretizou em uma lei para a construção do hospital, sendo a escolha do modelo de gestão atribuída ao governo municipal.

Fernando Aith, vice-coordenador científico do Cepedisa, núcleo de pesquisa vinculado à Pró-Reitoria de Pesquisa da USP, disse que o município buscou o núcleo para identificar o melhor modelo de gestão para o hospital que seria construído, visando a necessidade do local: “A região é um deserto sanitário”, disse o professor. Com o acompanhamento e o mapeamento das diferentes formas de prestação de serviço público, nas questões de gestão, na compra de equipamentos, contratação de pessoas e controle de gastos, o núcleo enviou um relatório sugerindo ao governo municipal sugestões de modelos.

A partir daí, o município optou por tornar o hospital um serviço social autônomo, um modelo com base de Direito Privado que prestam atividades de interesse público incentivadas pelo Estado. Ou seja, o modelo busca incentivar a iniciativa privada à prestação de serviços, sendo a participação pública o fomento dessa atividade. O hospital será um dos maiores da região, com mais de 250 leitos.


Público X Privado

Uma das grandes questões envolvendo a pesquisa é a falta de discussão sobre o tema no país, principalmente devido à atual conjuntura política e a divisão entre os que apoiam gestões públicas ou privadas: “Eu posso ter um serviço público de alta eficiência e baixo custo, assim como um serviço privado de mesma qualidade”, diz o professor.

Os modelos de gestão devem se adequar às necessidades e conveniências de cada eixo federativo e aos tipos de serviço que serão prestados, sendo que o núcleo atua no reposicionamento desse debate de forma mais acadêmica e menos ideológico-politizada. “Se um tipo de gestão é melhor que o outro, é principalmente por questões de custo e eficiência”, fato dependente de fatores específicos de cada situação na qual uma nova gestão será criada, detalhe ressaltado por Aith. Se a legislação permite, o gestor pode escolher, além de suas preferências, o melhor modelo a seguir.

O próximo passo da pesquisa é acompanhar a implantação do hospital, além de realizar análises comparativas entre gestões públicas e privadas de instituições com estruturas semelhantes, para discutir se o modelo aplicado é o ideal, além de seus pontos positivos e negativos.


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