ISSN 2359-5191

16/02/2016 - Ano: 49 - Edição Nº: 13 - Meio Ambiente - Instituto de Geociências
Formação química e datação do granito são descritas em mestrado
Pesquisa pode servir como base de comparação com outros tipos de granito

O granito é uma das pedras mais encontradas no cotidiano das pessoas. De pisos, bancadas de cozinhas e banheiros até decoração de ambientes. Com o objetivo de estudar a evolução química de um corpo granítico e sua idade de cristalização, Rodolfo Pedroso desenvolveu a pesquisa que gerou sua dissertação de mestrado no Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (IGc/USP).

A coleta das amostras foi feita na região de Guaraú, no município de Cajati, sul do estado de São Paulo. O professor Silvio Vlach, orientador da pesquisa, coordena um grupo que estuda os granitos com a mesma afinidade genética, numa região que vai do sul de São Paulo até Santa Catarina, denominada Província Graciosa.

Para fazer as análises, o pesquisador moeu as amostras no laboratório e preparou pastilhas de material prensado e fundido. Através do aparelho chamado Florescência de Raios-x foi possível conhecer sua composição química. Na dissertação, foram analisados também os minerais que existiam dentro do granito, mapeados através da microssonda eletrônica. Ao todo 15 minerais foram descritos.

Formação das amostras

Pedroso também fez a datação do granito com o objetivo de descobrir quando ele se cristalizou. Para isso, foi necessário moer a amostra numa determinada fração e separar o mineral chamado de Zircão. Ele tem em sua estrutura urânio e chumbo que passam por decaimento radiativo. Esse processo permite que a datação seja feita, porque  ocorre quando isótopos instáveis têm seus núcleos rompidos de tempos em tempos. “Delimitar quando a rocha foi formada é uma caracterização importante para montar os contextos geológicos que existiam no período entre 580 e 620 milhões de ano, conhecido como Brasiliano”, afirma o pesquisador.

O que faz com que um granito seja economicamente viável para as mineradoras é a quantidade de estanho e tungstênio em sua composição. O granito pesquisado estava na área de pesquisa do orientador Vlach, mas possui baixo teor, já que os dados dos granitos de alto teor estão geralmente na mão das mineradoras que não os cedem. Apesar disso, a pesquisa serve como base para comparações com os que são interessantes economicamente. “A partir da dissertação, consigo contar a história de um granito, desde ele ser um magma, se cristalizar, fraturar e ter os processos hidrotermais que vão gerar mineralização”, conclui Pedroso.

Leia também...
Nesta Edição
Destaques

Educação básica é alvo de livros organizados por pesquisadores uspianos

Pesquisa testa software que melhora habilidades fundamentais para o bom desempenho escolar

Pesquisa avalia influência de supermercados na compra de alimentos ultraprocessados

Edições Anteriores
Agência Universitária de Notícias

ISSN 2359-5191

Universidade de São Paulo
Vice-Reitor: Vahan Agopyan
Escola de Comunicações e Artes
Departamento de Jornalismo e Editoração
Chefe Suplente: Ciro Marcondes Filho
Professores Responsáveis
Repórteres
Alunos do curso de Jornalismo da ECA/USP
Editora de Conteúdo
Web Designer
Contato: aun@usp.br