ISSN 2359-5191

01/06/2016 - Ano: 49 - Edição Nº: 67 - Arte e Cultura - Pró-Reitoria de Pesquisa
Felipe González assume Cátedra José Bonifácio neste ano
Político espanhol liderará pesquisas do Ciba sobre “Os desafios da governança na democracia representativa”
González contribui em muito nos processos de democratização da América Latina. / Fonte: Ernani Coimbra/USP Imagens

Empossado como titular em março, Felipe González ocupará a cadeira da Cátedra José Bonifácio Centro Ibero-Americano da USP (Ciba) em 2016. Em sucessão a Nélida Piñon, o ex-primeiro-ministro da Espanha foi convidado pelo seu esforço em busca da consolidação política espanhola, da interligação do país com a América Latina e da construção de um protagonismo mais efetivo da Espanha dentro da Comunidade Europeia.

Indicado por Nélida Piñon (que liderou a cátedra no ano de 2015), González tende a levar as 21 linhas de pesquisa que compõem a Cátedra em 2016 a pensar nas correlações entre os países da Ibero-América e o resto do mundo. “Muitas de nossas democracias são jovens e frágeis, portanto, trata-se de um momento importante pra que tenhamos uma personalidade que levante as bandeiras da democracia, do respeito às liberdades de expressão e das instituições”, aponta Gerson Damiani, secretário-executivo do Ciba e coordenador científico da Cátedra.

Fundada em 2013, a Cátedra José Bonifácio tem por objetivo ser o polo estimulador e concentrador de diversas áreas do conhecimento sobre a Ibero-América. Damiani considera que a Cátedra tomou noção da magnitude das questões sobre os países que compõem o grupo e sobre si mesma em seu primeiro ano, quando foi ocupada pelo ex-presidente do Chile Ricardo Lagos. Já em 2014, liderada pelo ex-secretário-geral da Sebig (Secretária Geral Ibero-Americana), ela dialogou com as diferentes partes que a compõem. E, sob o comando da brasileira Nélida Piñon, a cátedra investigou seus porquês, seus registros e seu passado.

Agora, Felipe González vem na tentativa de ajudar a compreender a posição dos países ibero-americanos num cenário de ascensão global de figuras da extrema-direita que ameaçam a autonomia da Ibero-América atualmente. Damiani aponta Donald Trump, pré-candidato à presidência dos Estados Unidos, como ameaça real e palpável às questões de governança e democracia na região e, portanto, tema abordado pela Cátedra neste ano.

Desde a sua origem, a integração entre os vinte e dois países da Ibero-América tem sido o foco do Ciba. A figura de José Bonifácio como norteador da Cátedra aponta uma intenção de incorporar a região através da interligação e da justaposição histórica. “A revolução de José Bonifácio não foi a revolução armada, mas sim a das ideias”, declara Damiani. Para a USP, ter todas as áreas do conhecimento refletindo sobre os países ibero-americanos aponta uma riqueza no âmbito da integração internacional que é crucial para a perpetuação da universidade. Mesmo em 2015, quando o foco da Cátedra foi a literatura, a variedade de temas se manteve.

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