ISSN 2359-5191

28/04/2004 - Ano: 37 - Edição Nº: 03 - Sociedade - Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas
Divergências enriquecem debate em publicação sobre o Modernismo

São Paulo (AUN - USP) - Quão “moderno” seria o Modernismo para nós hoje? Qual a atualidade das correntes de vanguarda que escandalizaram a sociedade há quase um século? A que vinham seus protagonistas?

O número 7 da revista Literatura e Sociedade, promovida pelo Departamento de Teoria Literária e Literatura Comparada (DTLLC) da USP, e lançada no dia 13 deste mês, surge na tentativa de fornecer os subsídios para que o leitor tente responder a questões desse tipo.

Essa edição da revista, formatada anualmente como livro, apresenta uma série de ensaios inéditos e algumas republicações – todos assinados por figuras de destaque dos mais diversos campos, como Haroldo de Campos, Alfredo Bosi, Antonio Cândido e Nicolau Sevcenko.

Mas a proposta do Modernismo como tema central dos textos está longe de significar consenso ou olhar unidirecional sobre o período. Ao contrário. “Procuramos organizar um número com uma porção de visões de diferentes áreas”, diz Maria Augusta Fonseca, organizadora da revista e professora do DTLLC. “Mas queríamos que também fosse um número de posições divergentes, até conflitantes”, afirma.

Segundo a professora, foi constante a busca por um diálogo, tanto dos ensaios entre si, quanto com a produção do período e, nesse sentido, até a capa exerceria papel ativo no processo. Ao sobrepor a gravura Paisagem Paulista, de Lívio Abramo, a um grande e colorido número 7, ela teria sido pensada como um ensaio à parte, evocando aspectos explorados pelos autores da época, como o regionalismo e o grafismo.

Além disso, embora a pesquisa tenha se aproximado do ano de 2002, sugerindo um direcionamento ao aniversário de 80 anos da Semana de Arte Moderna de 1922, a revista nasce com a principal intenção de homenagear o poeta e crítico Mário da Silva Brito, autor de numerosos estudos sobre o movimento, como a própria História do Modernismo Brasileiro.

Mas, afinal, qual a importância do Modernismo no século XXI? “Algumas questões foram superadas. Não é possível uma vanguarda durar para sempre”, diz Maria Augusta. “Mas o Modernismo ainda suscita outros problemas que não têm respostas”, conclui.

Aos interessados em adquirir um exemplar, Literatura e Sociedade 7 é vendida do DTLLC a 20 reais.

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