ISSN 2359-5191

26/05/2004 - Ano: 37 - Edição Nº: 06 - Saúde - Instituto Butantan
Vacina combinada contra hepatite B e tuberculose começa a ser testada

São Paulo (AUN - USP) - Uma vacina combinada desenvolvida pelo Instituto Butantan contra a hepatite B e a tuberculose (BCG) está sendo testada por um gupo de dez pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas. 160 recém-nascidos no Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (CAISM) e na Maternidade de Campinas receberam a vacina combinada em dose única, e outros 160 estão recebendo as vacinas convencionais. Todos os bebês estão sendo monitorados pelos pesquisadores.

Até dezembro deste ano, será possível comparar os dados colhidos no acompanhamento dos dois grupos de bebês, e atestar a eficiência da nova vacina, produzida a partir de projeto financiado pela Fapesp (Fundação de Amparo ao Pesquisador do Estado de São Paulo).

A pofessora da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) e responsável pelo Centro de Investigação em Pediatria (Ciped), Marluce Vilela diz que a combinação de vacinas contribui para universalizar a cobertura vacinal. Segundo ela, como nas maternidades os bebês só recebem a primeira dose contra hepatite B, e as mães têm que recorrer posteriormente aos postos de saúde para a vacinação de seus filhos contra a BCG, muitas crianças ficam sem a segunda dose no primeiro mês. Além disso, a combinação garantirá também a dose contra a tuberculose, segundo ela.

O Instituto Butantan ainda planeja lançar novas vacinas em curto prazo. A vacina quadrivalente (tríplice mais antimeningite) deverá se tornar pêntupla em 2005, associada com a hepatite B. A própria vacina combinada da BCG com hepatite B, em avaliação na Unicamp, já está recebendo a toxina da coqueluche (pertussis) e passará por pesquisas de campo ainda este ano.

Diante deste esforço para o desenvolvimento de vacinas combinadas, o conforto proporcionado ao bebê pela redução de injeções torna-se um benefício secundário. Segundo Marluce Vilela, em experimentos com animais de laboratório, a vacina combinada contra tuberculose e hepatite B ofereceu a hipótese de que este esquema de imunização resulte em maior imunogenicidade, e que talvez duas doses apenas - e não as três atuais - sejam suficientes para a criança alcançar os títulos de anticorpos considerados como protetores.

“Mais importante é a economia substancial no atendimento a uma população imensa, em termos de pessoal, seringas e agulhas, além do próprio custo das vacinas”, avalia a pesquisadora Marluce Vilela.

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