ISSN 2359-5191

11/08/2004 - Ano: 37 - Edição Nº: 07 - Meio Ambiente - Instituto de Geociências
Professor do IGC propõe soluções para os mananciais subterrâneos de São Paulo

São Paulo (AUN - USP) - Inúmeros problemas podem surgir do mau uso da água subterrânea. Basicamente, os problemas são causados pela super-exploração, principalmente, e pela contaminação por nitratos ou outras substâncias em excesso. A super-utilização da água subterrânea pode causar o secamento dos rios, nos períodos de estiagem(já que são elas o principal abastecedor dos rios), o que pode levar a uma maior dificuldade de diluição dos esgotos. Além disso, a perfuração de vários poços na mesma região leva ao rebaixamento do nível da água subterrânea, ficando mais difícil o bombeamento da água. Isso faz com que as concessionárias aumentem o preço das contas de água e esgoto e procurem perfurar novos poços.

Por isso, o professor Ricardo Hirata, do Instituo de Geociências da USP, sugere um plano de ação para a Bacia do Alto Tietê. Consiste no fortalecimento da fiscalização dos poços perfurados e uma maior atuação do Estado. Além disso, sugere a mudança do foco para o usuário também, para que ele não fique centralizado somente nas instituições. Para ele, deve-se investir na conscientização do usuário, por meio das mídias, com a construção de sites e serviços de esclarecimento ao consumidor.

Ricardo Hirata, um dos maiores especialistas em águas subterrâneas no Brasil, foi convidado para uma palestra organizada pela Agência da Bacia do Alto Tietê por suas pesquisas sobre os mananciais dessa localidade, situada na região metropolitana de São Paulo. A exposição de Hirata foi predominantemente em torno de um assunto: os problemas que podem ser causados pela má-exploração dos mananciais de água subterrânea. Foram apresentados os problemas, mas também algumas soluções ou alternativas.

O professor iniciou a exposição dando detalhes da localização dos aqüíferos em São Paulo, a origem geológica e a vazão de água. Atualmente, são utilizados 10m³/s, segundo a pesquisa do DAEE(Departamento de Águas e Energia Elétrica), mas cogita-se a possibilidade de esse número chegar a 37m³/s. De acordo com Ricardo Hirata, não existe muita certeza sobre esses números, pois, infelizmente, a pesquisa a respeito deste assunto é incompleta.A grande preocupação causada pela queda da qualidade da água subterrânea, além dos impactos ambientais, é com o descontentamento do consumidor e a conseqüente migração para o sistema público de água, que já está sobrecarregado.

A Agência da Bacia do Alto Tietê organizou no dia 10 de agosto essa oficina, chamada Águas Subterrâneas na Região Metropolitana de São Paulo. O evento contou com a presença do professor Hirata, e de Gerôncio Rocha, do DAEE como expositores. Foram convidados representantes dos grandes usuários de mananciais subterrâneos (indústrias, condomínios) e representantes de empresas perfuradoras de poços.

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