logotipo do Claro!

 

ME TOCA

 

Por Mariana Miranda e William Nunes

 

exploracaodocorpo

Estávamos naquele quarto de novo. Nos entreolhávamos vidrados, tirávamos as nossas roupas enquanto nos beijávamos e sentíamos a textura e o calor das nossas peles se abraçando. O meu corpo ainda se lembrava da última vez e era como se ele se preparasse para tudo aquilo de novo, como se ele já soubesse o que estava por vir.

 

Sua boca chegou direto no meu mamilo, sem pensar duas vezes. Com sede. Meu corpo reage na hora. Minha boca meio aberta e meus olhos concentrados na cena. Depois a ponta da sua língua explorava cada canto daquela parte do meu corpo. Era um toque molhado e sensível, mas que me fazia levantar o pescoço, como se quisesse que me devorasse. A sua mão acariciava o outro lado, como se não quisesse perder uma oportunidade de me dar prazer.

 

Com força, suas mãos me viram de costas e descem para dentro das minhas coxas. Seu corpo toca em mim e eu seguro suas mãos, como se quisesse que elas se fundissem a mim, com mais e mais intensidade. Um arrepio desce e eu sinto minhas pernas tremerem, perderem a força. Enquanto sentia seu corpo me envolvendo e sua respiração na minha nuca se aproximando, de repente sua boca encosta no meu pescoço. A ponta da língua passando suavemente, para cima e para baixo. As mordidas de leve. Um chupão. Meu corpo eriçava. Senti uma sensação de entrega e empurrava meu corpo cada vez mais para trás. Tentava retribuir no seu pescoço, mas a sensação que sua boca causava em mim me fazia perder a razão. Suas mãos ainda dentro das minhas coxas e minhas pernas quase cedendo de tanto prazer.

 

Agora o macio da sua língua ia para o meio da minha nuca e descia em direção às minhas costas. Você nunca sabe o que está por vir. Para onde vai aquela língua? E isso ia deixando meu corpo mais e mais sensível. O elemento surpresa é sempre muito bom. Era como se minha pele toda se preparasse para o que vinha depois. Era inevitável segurar a minha reação. Por mais que eu tentasse segurar os sons, não conseguia.

Eu gemia.

A sensação daquele toque macio e molhado nas minhas costas era tão intensa, que eu tensionava os ombros para trás o máximo que podia. Minha boca ainda entreaberta de tesão e seu corpo ainda tocando meus quadris. Eu permitia que me levasse, que me guiasse, que fizesse o que quisesse comigo. Eu não tinha medo, eu já estava entregue.

 

Sua língua foi descendo por entre as minhas costas e eu ficava cada vez mais sensível. Cada centímetro que aquela língua molhada percorria no meu corpo era um frenesi. E ela descia cada vez mais. E mais. E mais. Eu queria explodir. Respirei forte e minhas pernas cederam. E quando eu achava que toda aquela sensação acabaria e partiríamos para os finalmentes, a ponta dos seus dedos voltaram a delizar na minha cintura. O meu corpo se prepara novamente. Sua boca volta a tocar meu corpo. Descia. Descia. Até que chegou entre as nádegas. Mais uma vez foi inevitável. Gemi. A língua molhada agora passava por lugares que eu desconhecia ser possível sentir prazer. Um toque macio e úmido em uma parte sensível, uma porta tão pouco explorada, mas que me deixava loucx de tesão.

 

DEIXA EU TE TOCAR

Quando entrou pela porta do quarto, dei meu habitual meio sorriso. Algo dentro de mim sabia que essa cena aconteceria novamente muito em breve. Afinal, os gemidos e a sensação do meu toque na pele ainda deviam estar em sua mente – do mesmo modo que permaneciam na minha.
Começamos a nos beijar e não demorou muito para a vontade de despir aquele corpo por completo aflorasse em mim: era necessário tocar tudo, sentir tudo, explorar cada centímetro ainda encoberto por aquela roupa. Tirei o que me impedia de chegar a seu tórax e logo beijei seu mamilo. Enquanto minha língua explorava a pequena área com vontade, sentia seu corpo inteiro tremer levemente. Segurei o sorriso de satisfação, não podia perder a concentração agora. Resolvi ver até onde aquele belo corpo responderia aos meus afetos, por isso comecei a explorar cada centímetro da região com a minha língua, enquanto minhas mãos traçavam levemente a silhueta de seu corpo.

Seus gemidos e suspiros mostravam que estava gostando, mas eu não podia parar ali. Aproveitei a deixa para fazer o leve roçar de dedos sobre silhueta tornar-se mãos fortes que viravam seu corpo antes mesmo de sua mente processar o que estava acontecendo. Retomo o toque delicado e desço até suas coxas, onde o carinho em círculos faziam suas pernas tremerem. Agora posso dar o sorriso de vitória.

Com a minha boca, subo até seu pescoço e o exploro com a ponta da língua. Uma mordida vez ou outra. Um chupão juntamente com uma pressionada mais forte nas coxas. Sua mão empurrava minha cabeça sobre seu pescoço.

As costas, ah, as costas… A boca parecia ser seu ponto fraco, então eu explorava com a língua e os lábios toda aquela pele. Percebia a ansiedade que sentia através de arrepios, gemidos e seus ombros tensionados para trás.  Estava do jeito que eu mais gostava: completamente entregue.

Em um estalo, uma ideia nova surgiu em minha mente. Algo que eu nunca tinha tentado, mas que parecia fazer todo o sentido naquele momento. Algumas pessoas desconhecem prazeres em certas regiões e tem receio e até preconceito em explorá-las. Mas, quando se soltam e se deixam explorar, descobrem outras formas de prazer até então inimagináveis. O fato é que os locais de sensibilidade variam o que esta diretamente relacionado às vivências anteriores e consequências psicológicas no erotismo particular de cada um. Eu estava com medo de por minha ideia em prática: e se eu estragasse todo o clima?

Continuei a explorar seu corpo com a minha língua enquanto amadurecia a ideia. Eu não podia mostrar que a confusão tomava conta da minha mente: fazer ou não fazer? Arriscar ou não? Se gostasse, aposto que entraria por aquela porta inúmeras vezes depois querendo mais. Mas e se eu me arrependesse de fazer? Desci mais um pouco a língua por sua espinha. Outro gemido, mais um arrepio. As pernas bambas. Era agora, só podia ser…

Parei. Por apenas dois segundos parei, respirei fundo e voltei para suas costas antes mesmo de que percebesse aquela curta pausa. Agora eu ia até o fim. Continuei a descer, descer, descer, até chegar em suas nádegas. Nunca tinha feito aquilo antes, mas não via outro momento melhor do que aquele para tentar. Explorar corpos sempre foi algo que me fascinava, não podia deixar que os pudores tomassem conta de mim. Entre suas nádegas coloquei minha língua. Mais um gemido, outra tremedeira. Consegui.

O claro! é produzido pelos alunos do 3º ano de graduação em Jornalismo, como parte da disciplina Laboratório de Jornalismo - Suplemento.

Tiragem impressa: 5.000 exemplares

Expediente

Contato

Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443, Bloco A.

Cidade Universitária, São Paulo - SP CEP: 05508-900

Telefone: (11) 3091-4211

clarousp@gmail.com