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É centro ou é norte?

 

Por Julia Moura

 
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Foto: Julio Viana

 

 

Com a elaboração da nova constituição em 1988, o governo aproveitou para atender uma solicitação popular centenária: a divisão do Estado de Goiás e a criação do Tocantins. Os moradores do norte goiano tinham uma realidade e necessidades diferentes daqueles no sul. Com o território vasto e de extremos díspares, a solução encontrada foi a separação. Dia 1 de janeiro de 1989, nasceu o Estado de Tocantins.

 

 

Mas, por que o pedido que havia sido negado por duas vezes foi aceito e uma nova linha no mapa foi traçada? Aliás, como deveria ser essa linha? Por que depois do rio Traíras deveria deixar de ser Goiás? Qual critério justificável por trás da regra que diz que desde o 13° paralelo até o Bico do Papagaio é Tocantins?

 

 

As respostas para estas questões não chegam a um consenso e nem sempre são satisfatórias. Uma justificativa seria que um novo estado, com um governo próprio, daria a devida atenção à região e traria o tão esperado desenvolvimento. Apesar da lógica administrativa, a decisão não deixa de ser arbitrária em certos aspectos. Até hoje existem 844 imóveis no interior de Tocantins que, oficialmente, pertencem a Goiás.

 

 

Apesar das adversidades, para Paulo de Tárcio e sua família, que era goiana e agora é tocantinense, a criação da nova fronteira não teve tanto impacto. A grande questão foi a escolha da nova capital. As opções eram Araguaína, Paraíso do Norte e Gurupi. A vencedora foi a inexistente, até aquele momento, Palmas.

 

 

“Eu ficava muito em Araguaína por causa da família, que inclusive mora lá até hoje. Durante a escolha da capital, as pessoas comentam que Sarney não permitiu que ela fosse escolhida porque era próxima da cidade de Imperatriz, no Maranhão, e ele não queria prejudicar a economia do seu estado”. Verdade ou não, Palmas para o Sarney.

 

O claro! é produzido pelos alunos do 3º ano de graduação em Jornalismo, como parte da disciplina Laboratório de Jornalismo - Suplemento.

Tiragem impressa: 5.000 exemplares

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