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No final, um recomeço

 

Por Victor Matioli

 

Geni Queiroz é advogada e funcionária pública aposentada. Se tornou adepta do espiritismo em 1986, quando tinha 30 anos de idade. Estudou a fundo, desde então, os princípios da religião e desenvolveu o que chama de “fé raciocinada”. Atualmente é palestrante e expositora da Doutrina Espírita e presidente do Centro Espírita Jesus de Nazaré, em Tremembé, no interior de São Paulo.



Claro!: O espiritismo, bem como as outras religiões cristãs, não vê a morte como fim da existência. Para onde vamos, então, no fim desta vida?

Geni: O que chamamos de morte é apenas o fim da vida física. O corpo morre, mas o Espírito continua vivendo, porque é eterno. Com o fim da vida material, Ele retorna ao plano espiritual, de onde veio.



Claro!: E como “vivem” os espíritos neste outro plano? Existe um objetivo a ser alcançado por eles?

Geni: Os Espíritos são criados por Deus para a Perfeição; esta é a meta que todos deverão atingir. Alguns chegam a ela rapidamente, outros demoram mais, uma vez que cada um tem livre arbítrio e pode escolher os caminhos que vai percorrer. No plano espiritual, os Espíritos continuam evoluindo, aprendendo e praticando boas lições.



Claro!: Os espíritas também não creem na existência de um inferno, e sim de um Umbral. Quais são as diferenças?

Geni: Em função da vida que levou enquanto encarnado, o Espírito encontrará no plano espiritual as alegrias ou infelicidades decorrentes de seus próprios atos. Aquele que tiver a consciência tranquila será atraído para ambientes espirituais amenos e felizes. Aquele que carregar culpa, ódio e ressentimentos será atraído para regiões de sofrimento e dor. O inferno como um lugar geograficamente delimitado não existe. O umbral é apenas uma parte do plano espiritual, uma transição para os Espíritos que já estão em condições de se elevar a regiões melhores.



Claro!: Quando morremos, continuamos sendo nós mesmos física e psicologicamente? O que muda?

Geni: Com a morte física, o Espírito conserva, pelo tempo que for necessário, seu corpo fluídico (ou perispírito), que tem a mesma aparência do corpo físico que acaba de abandonar. Quanto às características do Espírito em si, continuam iguais, com as mesmas virtudes e vícios que não foram vencidos em vida.


Claro!: A vida espiritual é eterna ou existe um ponto final da existência?

Geni: A vida é eterna. Passar pela encarnação e viver fora da carne são estágios que o Espírito cumpre na sua trajetória rumo ao progresso. Quando tivermos conquistado todo o conhecimento e o progresso que este mundo pode nos oferecer, passaremos a viver em mundos mais elevados, até que cheguemos à perfeição para a qual Deus nos criou. Jesus Cristo nos disse: “Sede, pois, vós, outros perfeitos, como perfeito é o Vosso Pai Celestial.”  O universo vive em constante evolução e tudo deve evoluir. O que acontecerá com os Espíritos que atingirem o máximo grau de perfeição ainda não podemos compreender. Nosso estágio evolutivo não nos permite, por ora, encontrar todas as respostas.

O claro! é produzido pelos alunos do 3º ano de graduação em Jornalismo, como parte da disciplina Laboratório de Jornalismo - Suplemento.

Tiragem impressa: 5.000 exemplares

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