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Desde os tempos da vovó

 

Por Amanda Panteri

 

As brincadeiras infantis, apesar de parecerem insignificantes, influenciam muito no desenvolvimento da criança. A sua utilização para a construção de um vínculo afetivo dos pequenos com colegas, amigos e familiares sempre foi comum, e é certo que muitas brincadeiras ainda perduraram ao longo do tempo. O claro! conversou com cinco vovós para saber o que elas mais gostavam de fazer nessa época da vida. Quais dessas você conhece ou já brincou?

 

  • Mãe-da-Rua: para brincar, a vovó Jacira conta que era preciso um giz de lousa ou algo que pudesse riscar o asfalto. “Como eu morava em um lugar onde o quintal era de terra, a gente fazia o risco com um pedaço de pau”, lembra. Quando pequena, ela morou no Jardim Penha, Zona Leste de São Paulo.
  • Balança-Caixão: quem não se lembra da música utilizada para embalar a atividade “balança caixão / balança você / dá um tapa na bunda / e vai se esconder”? “Tinha que se pendurar no joelho do outro e cantar. Eu e minhas amigas combinávamos que a pessoa que fosse encontrada deveria nos obedecer pelo resto do dia”, afirma vovó Jacira.

 

  • Lenço Atrás ou Corre-Cotia: esse era o passatempo favorito da vovó Angélica. Ela morava em uma rua sem saída e com pouco movimento e, por isso, se juntava com os colegas para brincar por lá. “Eu gostava de brincar de lenço atrás porque tinha que correr, e eu corria muito”.

 

  • Saquinho ou Cinco Marias: Vovó Zuleise passou a infância em Santa Bárbara d’Oeste e estudou em um colégio interno. A brincadeira saquinho, conhecida também pela vovó Angélica como cinco marias, consistia em várias fases. “A mamãe (Antonieta) fazia cinco saquinhos quadradinhos com areia ou arroz dentro”, lembra vovó Zuleise. “Eles eram coloridos, lindos”, afirma vovó Angélica.

 

  • Beijo, abraço, aperto de mão ou Pêra, uva, maçã, salada mista: Andreia é a mais nova das vovós entrevistadas, com uma neta de quatro anos. Ela se juntava todas as noites com os amigos para jogar queimada e vôlei. Recorda que brincava de beijo, abraço, aperto de mão “para beijar o menino mais bonito”.

 

  • Amarelinha: o passatempo mais conhecido por todas as entrevistadas, onde o segredo é ir do inferno ao céu sem cair. Vovó Eliane não cansava de jogar com seus irmãos mais velhos e vizinhos em um terreno vazio do lado de casa. “São lembranças de alegria, amizade, broncas da mãe e as pontas dos dedões do pé esfolados nas amarelinha”, diz.

 

FONTES

Jacira Leite, 53 anos.

Angélica Panteri Lobo, 81 anos.

Zuleise Furlan Bonin, 78 anos.

Andreia Garcia Salomão, 45 anos.

Eliane Martins Domingues, 58 anos.

O claro! é produzido pelos alunos do 3º ano de graduação em Jornalismo, como parte da disciplina Laboratório de Jornalismo - Suplemento.

Tiragem impressa: 5.000 exemplares

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