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Sem pecado e sem juízo

 

Por Rafael Paiva

 

Ovelinhas_Online

 

Os padrões marcam presença no cotidiano e no imaginário de quaisquer indivíduos inseridos em sociedade. Como não vivo em uma dimensão paralela, obviamente não estou isento dessa situação.

 

Fato é que, embora os padrões estejam presentes nas mais variadas situações e formas, há uma dificuldade geral em defini-los de modo absoluto. Seja do ponto de vista psicológico, sociológico ou de outras áreas do conhecimento, as explanações, a valer, seguem caminhos sinuosos.

 

Há quem os classifique como normas estabelecidas para a promoção de um modelo comportamental único. Outros enxergam os padrões sociais como valores coletivos que norteiam cada pessoa, sem que seja necessária a escolha de apenas um. Assim como existem aqueles que procuram abordá-los como saberes que auxiliam na produção e reprodução de uma dada sociedade e de sua base material.

 

O que penso a respeito deles? Confesso que, na maioria das situações, os enxergo como limitantes da evolução humana. Inimigos da heterogeneidade. Barreiras que, se não ultrapassadas, favorecem a opressão e a estagnação.

 

Abordagens teóricas e digressões à parte, há um consenso do papel exercido pela mídia na disseminação de determinados parâmetros. Apesar da diversidade existente na sociedade, nota-se, por meio das produções audiovisuais e impressas desenvolvidas pelos veículos, que padrões hegemônicos ocupam praticamente todos os espaços. Não importa se de cunho estético, linguístico ou comportamental.

 

A busca pelo enquadramento em padrões pré-estabelecidos pode levar a um caminho sem fim para aqueles que os procuram a qualquer custo, vide a impossibilidade de se encaixar em todos.
Quem aproveita e surfa nessa onda, com a promessa de “fórmulas mágicas” e o apoio midiático, é o mercado. Nesse contexto, o triunfo ocorre nos ramos do entretenimento, do mundo fitness, de alimentos, da indústria farmacêutica, entre outros, com influências no corpo e na mente.

 

Por outro lado, existem as pessoas que pouco ou nada se importam com as visões padronizadas. Essas, em muitos casos, reforçam suas identidades buscando as rupturas. Transgridem em prol da liberdade.

 

Colaboraram:
Flávia Novais, doutoranda em Psicologia Social e Institucional pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Regiani Zornetta, doutora em Ciências Sociais pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) e professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP)

O claro! é produzido pelos alunos do 3º ano de graduação em Jornalismo, como parte da disciplina Laboratório de Jornalismo - Suplemento.

Tiragem impressa: 5.000 exemplares

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