.

                                 
 


UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO       
Superintendência de Assistência Social      

        Moradores do Crusp criticam invasão no Bloco G



                              
                              


Segue sem solução o impasse provocado, ainda antes da greve, pela invasão de
um grupo de alunos a dependências da Coseas no Bloco G do Crusp. A invasão,
ocorrida em abril, desalojou funcionários da Divisão de Promoção Social e
atrasou o andamento de muitos processos do setor (leia mais na versão on-line do
Jornal da USP, que publicou reportagem sobre o assunto no dia 8 de junho,
disponível no link http://espaber.uspnet.usp.br/jorusp/?p=9611).
A invasão já motivou a divulgação de uma carta aberta de moradores do Crusp,
manifestando-se contra os promotores do ato. O texto, assinado por 422 moradores,
afirma que “um grupo minoritário tem se colocado como representante do conjunto dos
moradores para pôr em prática ações extremistas sem respaldo da maioria dos moradores
do Crusp”. “Forjando assembleias esvaziadas por meio de constrangimentos e insultos
pessoais a quaisquer que se coloquem contras suas posturas, esse grupo manipula
ações e vontades individuais sobre o coletivo, não permitindo nenhuma forma de
contraposição ao que eles considerem como verdade”, continua o documento.
A carta aberta ressalta que os signatários concordam com a existência de problemas
como falta de moradia ou das condições necessárias para a permanência
estudantil, especialmente para os calouros, mas afirma que os fins não
justificam os meios da reivindicação. “Se há algumas atitudes obscuras por parte
da Coseas, a atual gestão da Amorcrusp segue uma lógica de arbitrariedades, com
suas comissões secretas, não reveladas nem mesmo para os moradores e suas
imposições garantidas por meio de constrangimentos e calúnias”, prossegue o
texto. “Nesse sentido, não apoiamos tais práticas por não representarem nossa
forma de concepção e compreensão do que seja construir um espaço de convivência
que garanta acima de tudo a não violação dos direitos humanos e as condições
necessárias para que os estudantes de graduação e pós-graduação oriundos da
classe baixa possam ter plenas condições de permanência nesta Universidade.
”No dia 2 de julho, o coordenador da Coseas participou de uma audiência pública,
com mais de quatro horas de duração, com moradores do Crusp.
“Vamos manter sempre a porta aberta ao diálogo, ouvir as reclamações e críticas,
mas ressaltando que as críticas sejam consequentes e realmente nos permitam
melhorar nosso sistema”, diz Waldyr Jorge. Entre as melhorias, o coordenador
afirma que o órgão vai procurar aprimorar o sistema de segurança e de áreas
ligadas ao relacionamento e à cidadania para os moradores.
Quanto à invasão, Jorge lamenta que o ato “cria um estado de confronto que não
contribui em absolutamente nada para o diálogo ou para encontrar soluções”.
“Nunca me negarei a discutir nenhum assunto com quem quer que seja, desde que
venham com coerência e respeito, não com agressividade, ofensa e inverdades que
inviabilizam qualquer tipo de interlocução”, diz.
r> r>