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O Projeto

Mapeamento e Dicionário da Literatura Italiana Traduzida: Projeto Integrado

 

 

Coordenadores:

 

 

 

São Paulo

Profa. Dra. Lucia Wataghin (Depto de Letras Modernas/FFLCH/USP/São Paulo)

Prof. Dr. Fernando Modesto (Depto de Biblioteconomia e Documentação/ECA/USP/São Paulo)

Prof. Dr. Francisco Degani

 

Florianópolis

Profa. Dra. Patricia Peterle (Depto. Língua e Literatura Estrangeiras/UFSC/Florianópolis)

Prof. Dr. Andrea Santurbano (Depto. Línguas e Literaturas Estrangeiras/UFSC/Florianópolis)

Prof. Dra Silvana De Gaspari (Depto. Línguas e Literaturas Estrangeiras/ UFSC/Florianópolis)

 

Instituições:

Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo

Centro de Comunicação e Expressão/ UFSC em Florianópolis

 

 

 

Resumo (20 linhas)

 

Nosso objetivo é traçar a história da circulação da literatura italiana traduzida no Brasil no século XX e na primeira década do século XXI, apontando para obras, autores, momentos, episódios em seu contexto de partida, mas sobretudo de chegada: ou seja, em suas relações com o ambiente em que surgiram, mas sobretudo com o ambiente que os acolhe. Nosso ponto de partida é a ideia de que o meio privilegiado com que um país dá as boas-vindas a uma obra é a tradução. Refletir sobre as traduções em seu contexto de chegada significa também refletir sobre este mesmo contexto, isto é, sobre o sistema literário nacional. Entendemos que as literaturas traduzidas, concebidas como sistemas literários especiais dentro dos polissistemas constituídos pelas literaturas nacionais (conforme a definição de Even-Zohar), sofrem condicionamentos peculiares, de acordo com os diversos momentos atravessados pelos países que as recebem. Para a otimização do levantamento de dados, será dada continuidade ao Dicionário Bibliográfico da Literatura Italiana Traduzida, que já se encontra on-line (www.dlit.ufsc.br). Nesta fase o projeto conta com a colaboração da equipe da área de Biblioteconomia ECA-USP, que ficará responsável pela revisão dos verbetes já publicados e pela formulação de novos critérios de catalogação dos títulos do dicionário. Nosso objetivo, após o levantamento dos títulos traduzidos e tendo formado um quadro da presença e da importância das várias editoras ativas no mercado da literatura italiana traduzida, será observar, na área da recepção brasileira da literatura italiana a partir de 1900, os movimentos das ideias e as transformações no ambiente de chegada.

 

 

 

Title of the project: Mapping and Dictionary of the Italian Literature Translated: Joint Project

 

Researcher in charge:  Prof. Dr. Lucia Wataghin

 

Institution: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo

 

Summary (20 lines)

 

Our purpose is to outline the history of circulation of Italian literature translated in Brazil during the 20th century and the first decade of the 21st century, indicating literary works, authors, moments and episodes not only in the source context but especially in the target context, that is, in their relations with the environment where they have been created, but above all with the environment that receives them. Our starting point is the idea that the privileged means through which a country welcomes a literary work is the translation. Reflecting on translation in their target context means to reflect on this same context as well, that is, on the national literary system. We understand that translated literature, conceived as special literary systems inside polysystems constituted by national literatures (as defined by Even-Zohar), are submitted to peculiar conditions, according to several events which the host countries go through. In order to optimize the data collection, the development of the Dicionário Bibliográfico da Literatura Italiana Traduzida, which is already online, (www.dlit.ufsc.br), will be resumed. In this phase, the team of the Library Science/ECA-USP area will join the project and be responsible for the review of the entries already published and the creation of new criteria for cataloging the titles of the dictionary. Our purpose, after collecting the translated titles and establishing a picture of the presence and importance of the many publishing houses operating in the translated Italian literature market, will be to observe, from 1900 and within the field of the Italian literature reception in Brazil, the movement of ideas and the transformations in the target environment.

 

 

 

Sumário

 

 

 

Parte 1 – Mapeamento da Literatura Italiana Traduzida no Brasil

 

1.1-Enunciado do problema


1.2-Pressupostos conceituais: a literatura traduzida em questão

 

1.3-Pontos de partida: um panorama das relações ítalo-brasileiras no Brasil na primeira metade do século XX


1.4-Literatura italiana traduzida no Brasil no século XX: segunda fase da pesquisa

 

 

 

Parte 2: O Dicionário Bibliográfico da Literatura Italiana Traduzida: uma parceria entre Letras e Biblioteconomia.

 

2.1-Desafios científicos e tecnológicos e os meios e os métodos para superá-los

 

2.2-Pressupostos da catalogação das obras traduzidas

 

2.3-Fundamento Metodológico

 

 

 

Parte 3 – Mapeamento e Dicionário

 

3.1-Objetivos gerais

 

3.2-Cronograma de execução do projeto

 

3.3-Resultados esperados


3.4-Disseminação

 

3.5-Avaliação


3.6-Outros apoios

 

 

 

Parte 4 – Bibliografia resumida

 

 

 

Parte 1 – Mapeamento da Literatura Italiana Traduzida no Brasil

 

1.1-Enunciado do problema

 

“A missão dos especialistas da literatura é construir um mapa-múndi das literaturas, no qual as fronteiras não podem coincidir automaticamente nem com o mapa das nações nem com o mapa das línguas” (José Lambert).


A relação Brasil/Itália, ou Itália∕ Brasil, tem sido muito intensa ao longo dos séculos, mas especialmente a partir do final do século XIX, com a chegada ao Brasil de grandes ondas migratórias provindas da Itália. Sem dúvida, a presença de italianos e da cultura italiana em terra brasileira faz parte da história do país. Hoje, graças ao extraordinário desenvolvimento das comunicações, a presença da cultura e das artes italianas no Brasil está em fase de crescente intensificação e a quantidade de obras italianas – não apenas literárias – que aqui circulam é cada vez maior.


Objetivo deste projeto é traçar a história dessa circulação no século XX, apontando para obras, autores, momentos, episódios em seu contexto de partida, mas sobretudo de chegada: ou seja, em suas relações com o ambiente em que surgiram, mas sobretudo com o ambiente que os acolhe. Nosso ponto de partida é a ideia de que o meio privilegiado com que um país dá as boas-vindas a uma obra é a tradução.


Os trabalhos do grupo de pesquisa “Literatura italiana traduzida” (USP/UFSC)¹ focalizaram, no primeiro biênio (2010-2012), o tema da literatura italiana traduzida no Brasil na primeira metade do século XX. A partir dos resultados desses trabalhos, a proposta do grupo de pesquisadores é continuar a exploração do panorama da literatura traduzida no Brasil de 1950 até hoje e observar suas relações com a literatura que hospedou tantas traduções e que foi por elas modificada e transformada, em maneiras e medidas diferentes.

 

Em outras palavras, pensamos que refletir sobre as traduções em seu contexto de chegada signifique também refletir sobre este mesmo contexto, isto é, sobre o sistema literário nacional. Entendemos que as literaturas traduzidas, concebidas como sistemas literários especiais dentro dos polissistemas constituídos pelas literaturas nacionais², sofrem   condicionamentos   peculiares,   de   acordo   com   os   diversos   momentos atravessados pelos países que as recebem. Nosso objetivo, após o levantamento dos títulos traduzidos e tendo formado um quadro da presença e da importância das várias editoras ativas no mercado da literatura italiana traduzida, será observar, na área da recepção brasileira da literatura italiana no século XX, os movimentos da ideias e as transformações no ambiente de chegada. E, particularmente, as estratégias de seleção dos textos traduzidos que, respondendo aos interesses mais ou menos explícitos dos autores, críticos, editores – isto é, dos que mais diretamente contribuem para a formação dos cânones literários –, ajudam a transformar o próprio sistema literário de chegada³.

 

Por outro lado, abre-se a possibilidade de que, do outro lado do oceano, na Itália, outros estudiosos (brasilianistas e/ou italianistas, especialistas em literatura, tradução, estudos comparados) se ocupem das trajetórias e dos encontros dos textos da literatura brasileira com o público, os editores, os estudiosos, os críticos do contexto de sua acolhida italiana.

 

 

1.2-Pressupostos conceituais: a literatura traduzida em questão

 

Já é um consenso entre pesquisadores e estudiosos que a tradução não pode ser mais vista somente como uma mera e limitada função comunicativaou como um simples produto, a “passagem” de uma determinada língua para outra. A tradução, na verdade, é um processo que aciona uma série de campos, de relações e ligações entre culturas. Nesse sentido, a tradução tem um papel fundamental na babélica torre das línguas e culturas; é ela, de fato, que propicia e estimula o diálogo e, por conseguinte, motiva a produção de outros textos e a interlocução cultural. O presente  projeto, fundado nesses pressupostos, tem um caráter inter e transdisciplinar e insere-se num campo ainda pouco explorado pelos pesquisadores da italianística no Brasil.

 

Como afirma Márcio Seligmann-Silva, “[...] o estudo das traduções constitui um importante tema para a Literatura Comparada. A história das traduções de um país aponta para a história da sua Bildung; indica a sua capacidade de “saída de si”, sendo que a “volta a si” implica a construção do vocabulário comum que está na base de toda a cultura. O próprio “ser da cultura” só existe dentro desse movimento pendular – não existe nada além desse eterno oscilar que é a marca da tradução”.


Os textos traduzidos são lidos, comentados, reescritos e se entrelaçam nessa imbricada trama que é o universo literário. Essa relação entre um dado sistema literário e a literatura traduzida, que segundo Even-Zohar configura um sistema, é complexa e dinâmica. A literatura traduzida, vista por esse ângulo, é concebida como um co- sistema partícipe e ativo de um todo maior: o polissistema. Na tentativa de identificar as forças envolvidas num polissistema, Even-Zohar define três casos principais. O primeiro caso contempla as literaturas ditas jovens, isto é, não ainda consolidadas, e por isso mais propensas a receber aquilo que vem de fora. O segundo é o dos sistemas literários ditos “periféricos” ou “fracos”, caso um pouco semelhante ao primeiro, mas no âmbito de uma literatura que já pode estar consolidada; mas o sistema, por ser “periférico”, parece ser também sensível a produções provenientes de outros sistemas. E, finalmente, o terceiro caso se dá quando há pontos de mudanças, crises ou vazios num sistema literário.


Se a tradução é uma reescrita, como aponta Lefevere (2007), ou, melhor dizendo, a ponte e o espaço físico e concreto dessa relação sistêmica, que pode desencadear uma série de outros textos (como a resenha, o artigo crítico etc.), a própria tradução é fundamental nas relações entre os sistemas literários e essencial para o diálogo que pode ser iniciado entre eles a partir da publicação e circulação do texto traduzido num novo ambiente. Essa relação, que aos poucos vai sendo estabelecida e construída entre o que é lido, traduzido e (re)criado e escrito, pode ser vista a partir de vários ângulos, mas aquele que interessa para as relações entre os Estudos da Tradução e a Literatura Comparada é o das interlocuções entre sistemas literários diferentes e até distantes.


Outro ponto de partida deste trabalho é a ideia do estudo da literatura como estudo das instituições literárias, formulada e desenvolvida por Jacques Dubois e Pierre Bourdieu. O conceito de “campo literário” de Bourdieu estimulou uma série de pesquisas voltadas para o reconhecimento dos espaços da atividade social e política dos literatos  de  diferentes  épocas;  logo,  análises  sobre  as  condições  da  obra  numa sociedade, num ambiente cultural e em relação com outras obras e outras culturas, quando é traduzida e, portanto, passa a ser veiculada numa outra língua.

 

O mapeamento das obras traduzidas é fundamental para tentar delinear o “campo literário” do período selecionado, cujas características e transformações são marcos, não só da literatura italiana ou brasileira, mas eventualmente também de outros encontros, que podem envolver autores, momentos, episódios de outras literaturas. A interpretação de um texto literário passa por um processo de negociação entre o autor, o público e a obra e, quando se pensa no campo das traduções, entre duas ou mais culturas, em que estão envolvidos o tradutor, o autor e o leitor. Um processo que consiste ainda em esforços para se tentar compreender mais o contexto no qual se vive e se está inserido.


Por fim, outro conceito fundamental para descrever e interpretar os processos de transformação dos cânones culturais e literários de um país (não apenas, mas também pela introdução de obras traduzida) é o que foi denominado “mecenato” por André Lefevere, que estuda sua natureza e os mecanismos com os quais controla e define o próprio sistema literário.

 

 

1.3-Pontos de partida: um panorama das relações ítalo-brasileiras no Brasil na primeira metade do século XX

 

O trabalho do nosso primeiro biênio de pesquisa visou identificar, mapear e analisar o percurso das traduções feitas e publicadas no Brasil, durante a primeira metade do século XX, da literatura italiana, no intuito de verificar as ligações entre os sistemas literários.

 

As cerca de 200 obras até agora identificadas foram fruto de um primeiro levantamento de textos em circulação nas bibliotecas universitárias, na Biblioteca Nacional e em sebos virtuais e não-virtuais; boa parte dessas já foram adquiridas com a verba do projeto. Paralelamente a esse trabalho de busca, foram elaborados e desenvolvidos dois sites: Literatura Italiana Traduzida no Brasil¹⁰, para abrigar o projeto como um todo; e Dicionário Bibliográfico da Literatura Italiana Traduzida (1900-1950)¹¹. Análises e considerações a partir dos primeiros resultados do mapeamento podem ser consultados, como já dissemos, nos dois volumes e outro material produzido pelo grupo (ver nota 1)

 

 

1.4-Literatura italiana traduzida no Brasil no século XX e XXI: segunda fase da pesquisa

 

Nos séculos passados, uma certa parte do patrimônio livreiro que circulava no Brasil era ainda constituída por livros importados diretamente de Portugal, França e outros países. A partir da segunda metade do século XX, a indústria livreira brasileira se desenvolve a ponto de poder satisfazer sozinha praticamente todo o mercado do país. Na segunda metade do século – a partir do ponto de onde recomeçamos nossa pesquisa – a quantidade de obras italianas traduzidas que entram no mercado livreiro brasileiro é enorme.


É evidente que as dificuldades de mapeamento são proporcionais ao número de obras em circulação. Por outro lado, nossa maior proximidade do período em questão, o aperfeiçoamento nos sistemas de classificação, de catalogação (agora com meios digitais) e o estado de melhor conservação, em geral, das obras, são elementos favoráveis a nosso trabalho, assim como a presença maior, e a maior acessibilidade, da literatura crítica e de divulgação (notícias, resenhas, ensaios etc), na Itália e no Brasil.

 

Com um levantamento preliminar, ainda aproximativo, identificamos algumas grandes áreas que devem ser mapeadas. Para cada uma das áreas, indicaremos aqui apenas alguns nomes representativos cuja presença foi verificada nas bibliotecas ou no mercado livreiro brasileiro:

 

• traduções de prosa narrativa: clássicos (Boccaccio, Machiavelli, contos italianos nos séculos); contemporâneos (Pirandello, Pavese, Carlo Levi, Primo Levi, Landolfi, Brancati, Pasolini, Moravia, Sciascia, Natalia Ginzburg, Buzzati, Calvino, Tabucchi, Cavazzoni, Ammaniti); best-sellers (romances de Eco, Camilleri)

 

• traduções de poesia: novas traduções (Dante, Petrarca, Ariosto, Leopardi, Carducci, Ungaretti, Montale, Quasimodo, Pavese, Campana, Caproni) e reedições de traduções de clássicos (Dante, Tasso)

 

• ensaios, crítica literária (Calvino, Eco, Agamben, Berardinelli, Ginzburg, Perniola)

 

• contribuição específica das editoras na área da literatura italiana traduzida (Rocco, Berlendis, Ática, Nova Fronteira, Globo, Abril, Companhia das Letras, Cosac Naify)

 

Outra área a ser analisada é a dos estudos das relações entre os universos culturais brasileiro e italiano: mas, além de trabalhos dedicados especificamente ao assunto (para todos, citamos Franco Cenni, Italianos no Brasil), também merecem atenção avaliações e referências ao tema, inseridas em outros contextos (por exemplo em histórias da literatura brasileira ou universal, como as de Carpeaux, Antonio Candido, Alfredo Bosi, Luciana Stegagno-Picchio).


Em suma, o campo das pesquisas que se abre agora oferece desafios maiores aos pesquisadores. O grupo de pesquisadores, durante a vigência do projeto, fará videoconferências e reuniões presenciais para a discussão, reflexão e revisão da sistematização do material coletado e selecionado. Para a melhor condução dos trabalhos estão previstos dois encontros presenciais dos membros do grupo, em Florianópolis e em São Paulo.

 

 

 

Parte 2: O Dicionário Bibliográfico da Literatura Italiana Traduzida: uma parceria entre Letras e Biblioteconomia.

 

2.1-Desafios científicos e tecnológicos e os meios e os métodos para superá-los

 

Do ponto de vista científico, os desafios enfrentados pelo grupo são praticamente idênticos aos enfrentados no primeiro biênio: com nossos levantamentos e relativas análises e avaliações dos dados coletados, tentaremos responder a uma série de perguntas, que podemos sintetizar em algumas grandes áreas: a) problematizações no campo da literatura comparada e da tradução; b) qual o caminho percorrido pelo texto de partida; c) há em algum momento uma intensificação das relações entre literatura e cultura italiana e brasileira?; d) como ler, no âmbito da literatura comparada, as complexidades intrínsecas da recepção de um texto, incluindo a tradução; e) qual é a natureza e o papel do “mecenato” (segundo a definição de Lefevere) no período selecionado e no recorte feito?; f) é possível perfilar um ou mais “campo(s) literário(s)”?

 

Outro tipo de desafio, de tipo estritamente metodológico, é constituído pela necessidade de aperfeiçoar os critérios de catalogação das obras, o tipo de informação que deve ser fornecida pelo dicionário on-line, a definição das fronteiras entre “gêneros” – em relação às quais há dúvidas sobre a oportunidade de inserir ou não certas obras no dicionário, e, ainda, questões sobre a catalogação de obras muitas vezes reeditadas, com pequenas variações. Além disso, o grupo enfrenta um desafio tecnológico complexo, ao se empenhar em produzir um banco de dados de complexidade crescente, na medida em que o número de obras a serem catalogadas é muito maior em relação ao primeiro período. Para tanto, contamos com a colaboração do prof. dr. José Fernando Modesto da Silva (ECA/USP), que será responsável pela elaboração da parte do projeto relativa à biblioteconomia e catalogação e pela coordenação técnica dos trabalhos de busca e catalogação dos dados do Dicionário Bibliográfico da Literatura Italiana Traduzida. Acrescentamos que os desafios tecnológicos diretamente ligados à área de informática serão enfrentados também com o apoio do CCE (Centro de Computação Eletrônica) da USP, da STI (Seção Técnica de Informática) da FFLCH/USP, à qual o grupo está diretamente ligado, e aos técnicos do Departamento de Língua e Literatura Estrangeiras da UFSC. Além disso, para a realização do projeto está prevista a contratação dos serviços de um programador para a implementação da revisão do Banco de Dados, assistência técnica e solução de problemas que possam surgir no âmbito tecnológico.

 

 

2.2-Pressupostos da catalogação das obras traduzidas

 

Esta parte do trabalho, assim como a descrição a seguir, está aos cuidados do prof. dr. José Fernando Modesto da Silva.

 

A partir da base bibliográfica já existente, denominada “Dicionário da Literatura Italiana Traduzida”, disponível para consulta no endereço: http://www.dlit.ufsc.br/, pretende-se ampliar o mapeamento documental e aperfeiçoar a sua descrição para melhor suporte nas análises da literatura.

 

Como parte do processo de tratamento da informação, a catalogação consiste na representação descritiva da obra, envolvendo suas principais características e com a finalidade de elaborar registros bibliográficos que permitam a recuperação da informação bibliográfica. Estes registros devem dialogar com uma padronização de informações representadas nos princípios e normas internacionais de catalogação, mas sem expor-se rigidamente aos protocolos.

 

Por ser um projeto não restrito às estruturas biblioteconômicas, importa aplicar os processos catalográficos sem descaracterizar os interesses analíticos definidos pelo grupo de pesquisa. Assim, a questão inicial é como pensar um modelo descritivo que não determine uma estrutura rígida de dados e nem inviabilize o possível intercâmbio com agências bibliográficas que possam um dia inserir em seus sistemas o resultado bibliográfico coletado.


Ramos Fajardo¹² comenta que a descrição bibliográfica é concebida por meio de um conjunto de dados que permitem identificar o documento a fim de proporcionar uma representação do mesmo, que o descreva de forma única, sem ambiguidades e que permita sua identificação e localização no catálogo. Mey e Silveira¹³ acrescentam que a catalogação é composta por conjunto de informações que também simbolizam um registro do conhecimento. Não se trata de trabalho mecânico, ao contrário envolve o levantamento das características dos registros e a cognição dos usuários que se define como:

 

O estudo, preparação e organização de mensagens, com base em registros do conhecimento, reais ou ciberespaciais, existentes ou passíveis de inclusão em um ou vários acervos, de forma a permitir a interseção entre as mensagens contidas nestes registros e as mensagens internas dos usuários.

 

A essência do processo catalográfico ou de descrição bibliográfica fundamenta- se no estabelecimento de relacionamentos possíveis entre os registros do conhecimento, que geram alternativas de escolha e análise para o usuário.

 

As autoras ainda observam que o processo catalográfico aplicado na construção de um catálogo ou base bibliográfica deve garantir quanto ao conteúdo:

 

 

 

 

 

• Consistência: padronização da inclusão dos dados e das decisões usadas para informações semelhantes.

 

2.3-Fundamento Metodológico

 

Como base de orientação na consistência da base bibliográfica, busca-se consonância com a AACR2r (Código de Catalogação Anglo-Americano, segunda edição revisada), que é a norma para a descrição bibliográfica, notadamente aos seus capítulos: 1 (regras gerais para todo tipo de materiais) e 2 (relativos às monografias). O instrumento importante para instruir e subsidiar a estrutura semântica da base e a tomada de decisão que se façam necessária na descrição dos registros especificados pelo Coordenadores do Projeto.


O instrumento oferece recursos na inclusão do:

 

Título principal; Outras informações sobre o título; Indicação de responsabilidade; Edição; Informações da Publicação (lugar da publicação, nome do editor, data de publicação); Informações sobre a Série (título, responsabilidade); estabelecimentos das Notas.


Estes elementos da descrição estipulados pela norma bibliográfica constituem um conjunto máximo de informações para composição de registros do conhecimento, com a explicitação semântica dos elementos bibliográficos.


Objetivos específicos

 

1) Definir critérios de catalogação que aperfeiçoe a operação da base de dados;

 

2) Conceituar cada elemento bibliográfico utilizado nos processos descritivos das obras coletadas;

 

3) Estabelecer procedimento de controle de identidade dos autores;

 

4) Estudar   conjunto   de   regras   semânticas   para   inserção   de   registros   e   a comunicação com os padrões de metadados descritivos;

 

5) Fixar manual de auxílio para consulta da base bibliográfica;

 

6) Proceder à consistência dos registros inseridos na base.

 


Parte 3: Mapeamento e Dicionário

 

3.1-Objetivos gerais

 

Objetivos do projeto são: 1) levantamento dos títulos de literatura italiana traduzidos no Brasil de 1950 a hoje (integrando o quadro apresentado pelos estudos realizados no primeiro biênio); 2) formação de um quadro da presença e da importância de autores e obras italianos no panorama brasileiro no inteiro período (século XX e XXI, até o corrente ano); 3) formação de um quadro da presença e importância das várias editoras ativas no mercado da literatura italiana traduzida; 4) observação e análise, na área da recepção brasileira da literatura italiana a partir de 1900, dos movimentos das ideias e das transformações no ambiente de chegada.


No que diz respeito especificamente ao Dicionário Bibliográfico da Literatura Italiana Traduzida, é nosso objetivo promover a continuidade da base de dados no que se refere ao aspecto descritivo das obras arroladas para a pesquisa, sem alterar as análises dos pesquisadores envolvidos, procurando viabilizar possível intercâmbio para sistemas bibliográficos protocolares.

 

 

3.2-Cronograma de execução do projeto

 

 

 

3.3-Resultados esperados

 

Espera-se como resultado desse conjunto de estudos um mapeamento da literatura italiana traduzida no Brasil até o corrente ano, ou seja, um levantamento detalhado dos títulos traduzidos, dos tradutores e das editoras empenhados nesse processo, acompanhado pelo estudo dos fluxos e dos momentos de maior ou menor intensidade das relações, além de estudos de casos particulares, de autores, obras, momentos históricos considerados em sua especificidade. Instrumento fundamental da pesquisa é o estudo da tradução literária como um dos elementos fundamentais nas transformações dos sistemas literários.

 

O grupo prevê a publicação dos resultados das pesquisas individuais (ou de pequenos grupos), em periódicos nacionais ou estrangeiros, ou em coletâneas organizadas pelos coordenadores das pesquisas, visando se tornar polo de referência no campo da Literatura Italiana Traduzida. Além disso, pretende continuar a alimentação do banco de dados on-line, que denominamos Dicionário Bibliográfico da Literatura Italiana Traduzida¹⁴. O dicionário, que está on-line, à disposição de todos, pode ser de grande auxílio para os pesquisadores que busquem informações relativas às obras da literatura traduzida, sobretudo na perspectiva de trazer à tona e indagar os vínculos entre os sistemas literários e culturais da Itália e do Brasil. Outro resultado do trabalho do grupo – e parte do mapeamento – é a constituição de um acervo de literatura italiana traduzida,  composto de obras adquiridas, no primeiro biênio, com verbas CNPq, destinadas ao projeto, e colocado na biblioteca do Centro de Comunicação e Expressão da UFSC. Na segunda fase da pesquisa, pretende-se adquirir, com verba específica para este projeto, as obras mais significativas traduzidas na segunda metade do século, e constituir o acervo relativo ao período, a ser colocado na Biblioteca Florestan Fernandes (USP).

 

 

3.4-Disseminação

 

O desenvolvimento deste projeto de pesquisa trará contribuições para diferentes campos dentro da Área de Letras, dada a sua natureza híbrida e inter e transdisciplinar, e mais especificamente no campo da Literatura Comparada e dos Estudos de Tradução. A natureza deste projeto pressupõe um grupo de pesquisadores com especialidades diferentes mas complementares, que objetive a interação e integração das diversas competências.


A disseminação dos resultados das pesquisas dependerá de atividades previstas no presente projeto, quais:


• participação dos pesquisadores envolvidos em congressos nacionais e internacionais;

 

• organização de dois Encontros de Pesquisadores, abertos ao público, para divulgação dos resultados dos trabalhos;

 

• publicação de artigos e resenhas em periódicos nacionais que se dirigem a um público prevalentemente acadêmico (como a Revista de Italianística, da Área de Língua, Literatura e Cultura Italianas da FFLCH/USP, e a revista Serafino, dos pós- graduandos em Língua, Literatura e Cultura Italianas da FFLCH/USP) ou a um público mais amplo (como a revista Mosaico, da Editora Comunità);


• publicação de 01 volume que reúna os melhores trabalhos do grupo, nesta fase, sobre a Literatura Italiana Traduzida no Brasil;

 

• manutenção do banco de dados que denominamos Dicionário Bibliográfico da Literatura Italiana Traduzida, à disposição de qualquer usuário no Brasil e no exterior;


• criação do acervo de obras da literatura italiana traduzida no Brasil, a ser sediado na Biblioteca Florestan Fernandes (FFLCH).

 

Faz parte do esforço para disseminação do trabalho de pesquisa e de seus resultados também a formação de alunos em nível de iniciação científica, mestrado e doutorado, ligados ao presente projeto; a integração de atividades e o fortalecimento dos dois programas de Pós-Graduação envolvidos no projeto; a constituição do grupo de pesquisa como grupo de referência nessa área no Brasil.

 

 

3.5-Avaliação

 

Há, preliminarmente, uma fase que podemos definir de avaliação interna, que acontece nos encontros periódicos (virtuais e presenciais) do grupo. A avaliação externa dos trabalhos dependerá, como normalmente acontece, da leitura dos pares, além da utilização, também pelos pares, do material colocado à disposição no Dicionário eletrônico. Como já verificamos, há outros espaços de avaliação, discussão e debate, perguntas, sugestões e críticas que podem ser dirigidas ao grupo por blogs sobre a tradução ou outros temas afins à nossa pesquisa. Lembramos também que o grupo de pesquisa já conta com um: http://literatura-italiana.blogspot.com.br/. Outro instrumento de avaliação é a discussão e o debate dos trabalhos que serão apresentados em encontros, seminários, reuniões científicas durante o biênio.

 

 

3.6-Outros apoios

 

O diálogo e a interação entre os pesquisadores são fundamentais para a realização desse projeto. A parceria entre a USP e a UFSC, que já existe na área de italianística, será legitimada e reforçada com a realização de mais esse projeto, que inclui também um pesquisador do Departamento de Biblioteconomia da Escola de Comunicação e Artes (USP), proporcionará uma pesquisa relevante para a italianística no Brasil, além de se constituir como concretização e aplicação dos resultados das mais recentes pesquisas na área da biblioteconomia. Lembramos que o projeto contou, no primeiro biênio, com financiamento do CNPq e com o apoio da Editora Comunità (Rio de Janeiro), que publicou e deve continuar publicando regularmente em sua revista Mosaico (ISSN 2175-9537) artigos dos nossos pesquisadores sobre o tema da literatura italiana traduzida, além de um dos dois livros que resultaram da pesquisa. O projeto poderá também ter repercussões na Itália, a partir dos vários contatos e acordos internacionais já em vigor dessas duas instituições brasileiras com outras italianas.

 

 

 

Parte 4 -Bibliografia resumida

 

 

LITERATURA COMPARADA, ESTUDOS DA TRADUÇÃO E OUTROS ESTUDOS

 

 

 

APTER, Emily. The translation zone: A new comparative literature. Princeton-Oxford: Princeton University Press, 2006. 

 

 

 

ACHUGAR, Hugo. Planetas sem boca. Escritos efêmeros sobre arte, cultura e literatura. Tradução de Lyslei Nascimento. Belo Horizonte: EditoraUFMG, 2006. 

 

 

 

BASSNETT, Susan. Translation Studies. Revised ed. London/New York: Routledge, 1991.

 

 

 

________________. Comparative Literature: A Critical Introduction. Oxford: Blackwell, 1993. 

 

 

 

________________. La traduzione. Teorie e pratica. Milano: Bompiani, 1993.

 

 

 

________________. Estudos da Tradução. Tradução de Vivina de Campos Figueiredo. Lisboa: Gulbenkian, 2003.

 

 

 

BASSNETT, Susan & LEFEVERE, André. Translation, History and Culture. London: Pinters Publishers, 1990.

 

 

 

BENJAMIN, Walter. “A tarefa-renúncia do tradutor”.  Tradução de Susana K. Lages. In Heidermann, Werner (org.). Clássicos da Teoria da Tradução I Alemão-Português. Florianópolis: NUT-UFSC, 2001. 

 

 

 

BERMAN, Antoine. “Goethe: traduction et littérature mondiale”. In Poétique, Paris, n. 52,  pp. 453-469, nov. 1982.

 

 

 

________________. L’épreuve de l’étranger: culture et traduction dans l’Allemagne romantique. Paris: Gallimard, 1984.

 

 

 

________________."La traduction et la lettre ou l'auberge du lointain". In Les tours de Babel. Mauvezin: TER, 1985.

 

 

 

________________. A prova do estrangeiro: cultura e tradução na Alemanha Romântica. Tradução de Maria Emília Pereira Chanut. Bauru: Edusc, 2002.

 

 

 

BERNHEIMER (ed.). Comparative litterature in the age of multiculturalism, Johns Hopkins University Press, Baltimore-London 1995. 

 

 

 

BHABHA, Homi K. O local da cultura. Tradução de Myriam Ávila, Eliana Lourenço de Lima Reis e Gláucia Renate Gonçalves. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003.

 

 

 

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¹O grupo de pesquisa, composto por pesquisadores da USP e da UFSC, nasceu em torno do projeto “A literatura italiana traduzida no sistema literário nacional”, de Patricia Peterle, financiado por MCT/CNPq/MEC/CAPES (edital n. 02/2010). Os principais resultados do trabalho do primeiro biênio são os números 95, 98 e 104 da revista “Mosaico” (Comunità Italiana, Rio de Janeiro, Ed. Comunità Italiana, 2011 e 2012) e os livros A literatura italiana traduzida no Brasil e a literatura brasileira traduzida na Itália, org. Patricia Peterle, Tubarão, Copiart, 2011 e Literatura Italiana Traduzida no Brasil 1900-1950, org. Patricia Peterle, Andrea Santurbano, Lucia Wataghin, Rio de Janeiro, Ed. Comunità Italiana, 2013, além de um dicionário bibliográfico eletrônico da literatura italiana traduzida (www.dlit.ufsc.br) e uma exposição das obras traduzidas, que esteve na Biblioteca Florestan Fernandes, da FFLCH/USP, de novembro 2012 a fevereiro 2013, na Escola Italiana Eugenio Montale, em São Paulo, e seguirá em breve para a UFSC, em Florianópolis.

 

²EVEN-ZOHAR, Itamar (2007) “La posizione della letteratura tradotta all´interno  del polisistema letterario”, in Teorie contemporanee della traduzione (org. Siri Nergaard). Milano: Bompiani, p. 225-238.

 

³Veja-se, por exemplo, o capítulo “A formação de identidades culturais”, in VENUTI, Lawrence (2002), Escândalos da tradução, Bauru/SP: Edusc.

 

⁴LAMBERT, José (1989) "La traduction, les langues et la communication de masse". In Target 1:2, International Journal of Translation Studies. Amsterdam: Benjamins, p. 215.

 

⁵LAMBERT, José (1995) “La traduction, modes et enjeux culturels”. In Gambier (éd.) Les transferts linguistiques. Villeneuve d’Asq, p. 20.

 

⁶SELIGMANN-SILVA, Márcio. O local da diferença. São Paulo: Editora 34, 2005, p. 179-180.

 

⁷Para mais detalhes ver: DUBOIS, Jacques. L’institution de la littérature: introduction à une sociologie. Nathan: Bruxelas, 1978; BOURDIEU, Pierre. As regras da arte. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.

 

⁸LEFEVERE, André. Tradução, reescrita e manipulação literária. Tradução de Claudia Matos Seligmann. Bauru:EDUSC, 2007.

 

⁹Uma parte desse material pode ser visto na exposição “A literatura italiana traduzida no Brasil 1900- 1950”, inaugurada na Biblioteca Florestan Fernandes da Faculdade de Filosofia, Letras e  Ciências Humanas da USP, em 26/11/2012. A mostra propõe algumas trilhas na complexa rede de relações tradutórias e culturais: “Dante no Brasil”, “A grande poesia”, “Um dos mais traduzidos: Giovanni Papini”, “Histórias para crianças e adultos”, “Um classíco italiano: Alessandro Manzoni”, “Os best- sellers”, “Os long-sellers” e enfim “Os ilustres desconhecidos”. Perpassam nessa montagem Dante Alighieri, Niccolò Machiavelli, Silvio Pellico, Carlo Collodi, Edmondo De Amicis, cujo Cuore/Coração é lembrado por Manuel Bandeira. E ainda, Gabriele D´Annunzio, Giovanni Papini, Alessandro Manzoni, ao lado de Carolina Invernizio, autora de romances rosa, Ignazio Silone, Pitigrilli, Giacomo Leopardi, Giosuè Carducci, Francesco Petrarca, Emilio Salgari, entre tantos outros. Essas foram as conexões feitas até esse momento; muita outras, inumeráveis, estão ali a espera de um olhar, que comece a entremear os fios de uma trama a ser tecida.

 

¹⁰www.lit.ufsc.br

 

¹¹www.dlit.ufsc.br


¹²Ramos Fajardo,Carmen. “Principios generales e instrumentos de catalogación”. Em: MOLINA, María P. Catalogación de documentos: teoria y práctica. 2ª ed. Madrid: Editorial Sínteses, 2001. p. 21- 52.

 

¹³MEY, Eliane Serrão Alves; SILVEIRA, Naira Christofoletti. Catalogação no plural. Brasilia : Briquet de Lemes, 2009.

 

¹⁴www.dlit.ufsc.br. O número ISBN da publicação, solicitado pela FFLCH/USP, é: 978-85-7506-215-9.  A administração do banco de dados será transferida para São Paulo, sob a coordenação do grupo da USP. O dicionário contém atualmente cerca de 200 verbetes, que catalogaram as obras italianas traduzidas no Brasil (até 1950) encontradas até agora pelo grupo.