Simulador desenvolvido a partir de partes de cabines de jatos comerciais 170 e 190

Quem viaja de avião sabe que, dependendo da aeronave e do setor em que o passageiro está sentado, esta pode não ser uma das tarefas mais fáceis e agradáveis. Pensando nesse desconforto, foi inaugurado em abril o Centro de Engenharia de Conforto nas dependências da Escola Politécnica, com o objetivo de aperfeiçoar o conforto no interior de aeronaves, harmonizando padrões de estética e funcionalidade.

O projeto realizado pela Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) com apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), em parceria com a USP, a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

No centro serão realizados testes com participantes treinados e habituados a viagens aéreas sobre os fatores que influenciam a sensação de conforto no interior de uma aeronave, entre eles vibração, temperatura, pressão, ergonomia e iluminação.

O centro de pesquisas reproduz um aeroporto, com sala de espera para o embarque, painéis de chegada e partida de voos e rampa de acesso a um simulador de voo que tem todas as características do interior da cabine de um avião.

O simulador foi desenvolvido a partir de um modelo em tamanho real de partes de cabines de jatos comerciais modelos 170 e 190, fabricados pela Embraer. Possui 30 assentos e está instalado dentro de uma câmara de pressão, que reproduz condições muito próximas de um voo real.

Uma das questões que o centro analisará será a influência da pressão interna na cabine sobre o conforto dos passageiros. Os dois maiores fabricantes de aviões mundiais, a Boeing e Airbus, divergem em relação à altitude ideal de voo para não fazer com que os passageiros sintam mais cansaço durante uma viagem.

A rede de pesquisa formada com a Embraer é composta por integrantes dos Departamentos de Engenharia Mecânica e de Produção da Poli e dos Institutos de Ciências Biomédicas e de Psiquiatria da USP, da Engenharia de Produção da UFSCar e da Engenharia Mecânica da UFSC.
Fonte: Agência Fapesp