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Gestão para a qualidade

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Existe privacidade no mundo virtual?

 

Vahan Agopyan, Vice-Reitor

Cecília BastosVahan Agopyan
Especial para a Revista Espaço Aberto

A Universidade de São Paulo optou pela qualidade. Se nos primeiros anos essa escolha estava implícita, nos últimos tempos ela ficou evidente. Quero frisar que não é uma preferência dos dirigentes, mas uma decisão da comunidade. Por diversos fatores externos, a USP cresceu muito em tamanho. Pode-se citar como motivos para o crescimento a imensa carência de vagas no ensino superior; política de interiorização da educação; necessidade de abarcar pesquisas em novas áreas do conhecimento, estratégicas para o País e para o Estado; e, também, a obrigação de implantação em larga escala da pós-graduação para suprir a carência de docentes no ensino superior, já que era na época a única universidade com essa capacidade.

No presente momento, em padrões internacionais, a USP é a maior em tamanho, dentre as cem instituições com maior reputação (de acordo com o ranking da Times Higher Education, e a única da América Latina nessa classificação). Esse crescimento significativo acabou resultando em uma forma de administração da Universidade cada vez mais complexa e exigente, para poder atender a uma grande gama de necessidades e a uma legislação bem complexa que uma autarquia do porte da USP tem que contemplar.

Em linhas gerais, uma universidade de excelência internacional está calcada em três importantes princípios: qualidade das pessoas envolvidas (alunos, docentes e funcionários), qualidade da infraestrutura (física, administrativa, laboratorial, informática e bibliotecas) e a qualidade da gestão (descentralizada, flexível e ágil), incluindo o planejamento estratégico.
Pela tradição, pelo reconhecimento da sociedade, ou talvez pelo bom desempenho nas avaliações internacionais, a USP tem conseguido atrair talentos em todos os setores e, com isso, fortalecido a sua qualidade, alcançando índices relativamente elevados.

A infraestrutura da USP tem se aprimorado de maneira destacada nas últimas décadas, graças ao esforço dos gestores, aliado ao dos docentes, que captam recursos externos para esse fim. Talvez o nosso maior problema seja a pouca agilidade e flexibilidade da gestão e a ausência de um planejamento macro da instituição. As atividades-fim sofrem com as dificuldades administrativas da USP, com os docentes e os funcionários despendendo um tempo muito grande.

A reforma administrativa, procurando a eficiência, promovendo a descentralização e buscando a desburocratização, foi um dos três eixos destacados no compromisso de campanha da atual Reitoria. Não há como construir uma reforma, assim tão ampla, sem contar com a participação dos docentes e servidores técnico- administrativos, dos representantes de entidades estudantis e de categorias docentes e funcionais.

A USP detém um considerável corpo de servidores técnico-administrativos capazes de construir uma mudança radical dos padrões de funcionamento de setores vitais da Universidade, como a gestão de contratos e convênios, compras, transportes, licitações, concursos, entre outros.

As iniciativas em curso podem ser divididas em três classes. A primeira, de curto prazo, visa a adotar procedimentos mais eficientes com modelos já consagrados e implantados diretamente pela Codage, como, por exemplo, a compra centralizada de determinados itens, que, além de possibilitar preços mais favoráveis, contribui para a redução de atividades rotineiras nas unidades e de tarefas de armazenamento e estoque.

Outro exemplo é o do aprimoramento do uso dos veículos, pois, apesar da metade da nossa frota circular muito pouco, quando se necessita de um veículo extra dificilmente é obtido. As atividades consideradas críticas pela comunidade serão aprimoradas após um cuidadoso estudo pelas equipes pertinentes.

vahanNessa direção, já estão atuando dois grupos de trabalho, um para definir a política de tecnologia de informação e sua aplicação na Universidade, liderado pelo professor José Roberto Cardoso, e o outro para aprimorar a tramitação dos convênios, cuja demora está prejudicando muitas das atividades da Universidade. Este último grupo está trabalhando sob a coordenação da professora Maria Paula Dallari Bucci.

A última classe de ações refere-se ao trabalho de descentralização das decisões e ações administrativas por campus, com possíveis junções de equipes para simplificação dos trâmites. Um capítulo importante das atividades administrativas é o da gestão dos recursos humanos.

As novas carreiras implantadas, de docentes e de servidores, já foram devidamente aplicadas e aparentemente há uma satisfação dos funcionários em relação ao proposto e as críticas se concentram na sua aplicação. Pode-se considerar a implantação das carreiras como um grande avanço para a instituição e elas devem ser mantidas. Logicamente, todas as críticas e sugestões dos funcionários devem ser consideradas numa nova análise dos planos de carreiras e, principalmente, num balanço das avaliações dos funcionários realizadas para os novos planos.

Pelo exposto, fica claro que estamos num processo intenso de mudanças que serão essenciais para que a USP continue se destacando no cenário nacional e internacional. Todas essas mudanças necessitam e só se concretizam com a participação, o esforço e a colaboração de todos os servidores da Universidade. Será um esforço adicional, mas que, certamente, resultará numa futura otimização dos processos, em que todos sairemos ganhando.

Vahan Agopyan
Vice-Reitor da USP
Professor da Escola Politécnica

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