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Homeopatia no Sistema Único de Saúde e suas provas científicas

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Machucou de novo?

 

Isabela Morais

Graças à Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), de 2006, o Ministério da Saúde (MS) garante acesso gratuito a práticas alternativas de medicina no País, como fitoterapia, acupuntura e homeopatia. Antes da PNPIC, tais especialidades já eram realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de forma tímida. Com a nova política nacional, a medicina integrativa ganhou força. Para se ter uma ideia, no ano 2000, o SUS realizou 257.508 atendimentos em homeopatia. Três anos após a implementação da PNPIC, foram feitas 327.744 consultas; um aumento de 27%.

Mas, mesmo com o incentivo, a oferta está longe do satisfatório. Dos 5.565 municípios do País, apenas 285 realizam tratamento homeopático, segundo levantamento do MS. Entre eles, 40% não fornecem os medicamentos gratuitamente. Já a quantidade de médicos homeopatas em toda rede pública de saúde, por Estado, só passa de cem profissionais em São Paulo e Rio de Janeiro.

Outro obstáculo à homeopatia, conforme aponta Marcus Zulian Teixeira, pesquisador da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), está no preconceito da comunidade científica e na falta de investimento para pesquisas. “O que se diz da falta de evidências nas pesquisas clínica e básica é pura ignorância”, opina. Para o pesquisador, a especialidade fundamenta-se em conhecimentos distintos do modelo biomédico convencional e por isso encontra dificuldade em ser aceita.

Como solução, Zulian propõe, em artigo onde discorre sobre as evidências científicas da homeopatia, que novos experimentos laboratoriais e ensaios clínicos sejam realizados. Para isso, o meio acadêmico deve sustentar uma postura imparcial que dê a pesquisadores dotados de espírito científico a oportunidade para desenvolver seus projetos.

25 comentários sobre “Homeopatia no Sistema Único de Saúde e suas provas científicas”

  1. Mauricio Seckler disse:

    Gostaria de um esclarecimento do autor do artigo de Homeopatia, Dr. Marcos Zulian Teixeira.O NICE, da Inglaterra ainda reconhece o uso da homeopatia ou esta já foi descadastrada como modalidade terapêutica?

    • espaber disse:

      Resposta do Dr. Marcus Zulian Teixeira
      " O NHS britânico nunca deixou de reconhecer o uso da homeopatia como modalidade terapêutica. Apesar do Comitê de Ciência e Tecnologia do Parlamento Britânico ter tentado descadastrar a homeopatia como modalidade terapêutica em 2010, elaborando um relatório enviesado sobre as evidências científicas do modelo homeopático ("Evidence Check 2: Homeopathy"), o Departamento de Saúde da Inglaterra manteve a sua postura de financiar a homeopatia no serviço público de saúde, por considerá-la uma prática terapêutica. A resposta do governo britânico ao comite está disponibilizada em: http://www.dh.gov.uk/en/Publicationsandstatistics….

      Um abraço,

      Marcus Zulian Teixeira"

  2. Mauro Bellesa disse:

    Não há evidência científica que comprove possíveis benefícios da homeopatia.
    Por isso, acho espantoso que um pesquisador da USP a defenda como prática comprovada, que o Conselho Federal de Medicina a considere uma especialidade médida e que o Sistema Único de Saúde a adote.

  3. Beny Spira disse:

    É lamentável que ainda hajam pessoas inteligentes defendendo esta prática pseudocientífica. E ainda gastando mal o dinheiro público.

    A homeopatia, quando cura, somente é pelo efeito placebo.

    Explico os conceitos absurdos da homeopatia em minha página na internet http://www.icb.usp.br/~benys/joomla/index.php/580….

    Veja também a meta-análise publicada na revista Lancet em 2005 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16125589, e o editorial daquele número da revista, anunciando a “morte” deifinitiva da homeopatia http://www.lancet.com/journals/lancet/article/PII….

    • espaber disse:

      Resposta do Dr. Marcus Zulian Teixeira

      É também lamentável que ainda existam pessoas inteligentes dizendo que a homeopatia ‘cura somente pelo efeito placebo’ e que desconhecem as inúmeras pesquisas que demonstram a ‘economia que a homeopatia traz aos cofres públicos’, quando utilizada de forma coadjuvante aos tratamentos convencionais (esses sim altamente dispendiosos!!!). O ‘efeito placebo’ existe tanto na homeopatia quanto em qualquer prática terapêutica, com magnitudes semelhantes e em torno de 30% http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20129180, evidências que estudei detalhadamente no meu doutorado http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5159/… e estão disponibilizadas em artigo científico recente http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20471615, mas que não justifica a resposta terapêutica ‘curativa’ obtida com o emprego de um medicamento homeopático corretamente individualizado, no médio-longo prazo. Na leitura do artigo referendado na matéria da revista http://www.aph.org.br/revista/index.php/aph/artic… todos os ‘conceitos absurdos da homeopatia’ estão fundamentados em pesquisas científicas modernas, nos diversos campos da ciência, assim como a explicação dos resultados enviesados da citada metanálise publicada no The Lancet em 2005. Só quem exerce a medicina e aplica a homeopatia consegue, realmente, mensurar o efeito do tratamento homeopático nas doenças crônicas, quando comparado ao tratamento convencional. Vale ressaltar que ‘experiência alopática’ todo homeopata tem, mas, infelizmente, o inverso não ocorre, pela ausência do ensino da homeopatia nas faculdades de medicina http://www.scielo.br/pdf/rbem/v31n1/03.pdf““. No entanto, pela dificuldade em se individualizar o medicamento homeopático, um tempo maior de tratamento e acompanhamento se faz necessário, criando diversas limitações ao tratamento homeopático imediato e exclusivo para toda e qualquer doença, aspectos que devem ser valorizados na ‘boa prática clínica homeopática’ target=”_blank”>http://www.scielo.br/pdf/ramb/v53n4/27.pdf“ target=”_blank”>http://www.scielo.br/pdf/ramb/v53n4/27.pdf“. Tudo isso está discutido no artigo e, mais uma vez, peço que os leitores o leiam antes de ‘pré-julgarem’ o que não conhecem. No meu site pessoal <a href="http://www.homeozulian.med.br” target=”_blank”> <a href="http://www.homeozulian.med.br” target=”_blank”> <a href="http://www.homeozulian.med.br” target=”_blank”> <a href="http://www.homeozulian.med.br” target=”_blank”> <a href="http://www.homeozulian.med.br” target=”_blank”> <a href="http://www.homeozulian.med.br” target=”_blank”>www.homeozulian.med.br outros artigos e propostas também estão disponibilizados para um maior aprofundamento no conhecimento da episteme homeopática”.

      Um abraço,

      Marcus Zulian Teixeira <a href="http://www.homeozulian.med.br” target=”_blank”> <a href="http://www.homeozulian.med.br” target=”_blank”> <a href="http://www.homeozulian.med.br” target=”_blank”> <a href="http://www.homeozulian.med.br” target=”_blank”> <a href="http://www.homeozulian.med.br” target=”_blank”> <a href="http://www.homeozulian.med.br” target=”_blank”>www.homeozulian.med.br

      • Beny Spira disse:

        A homeopatia se baseia em dois fundamentos: "similar cura similar" e o "princípio das diluições infinitesimais". O primeiro diz basicamente que uma doença pode ser curada por uma substância que causa os mesmos sintomas da doença. Idéia interessante, mas sem evidência científica. Não devemos confundir o "princípio dos similares" com a hormese. A hormese é um efeito provavelmente verdadeiro, no qual pequenas doses de um composto podem ter efeito contrário a doses mais elevadas do mesmo. Por exemplo, baixas concentrações de um composto antimicrobiano podem levemente estimular o crescimento do microrganismo, ao passo que doses elevadas deste mesmo composto são letais ao microrganismo. Este fenômeno é provavelmente devido a expressão dos genes de defesa contra estresses ambientais, que é estimulada pela presença do composto tóxico. Portanto, nada a ver com o princípio homeopático de "similar cura similar". A hormese funciona em bactérias, assim como em humanos e todos os seres vivos.

        O segundo pilar da homeopatia, diz que ultra-diluições de um composto mantém seu efeito curativo. A homeopatia vai mais além e argumenta que quanto mais diluído um composto, maior seu efeito curativo. Isto mesmo, em outras palavras: "quanto mais diluído o açúcar, mais doce o café". Não estamos falando de pequenas diluições, mas de diluições de 10^30 (1 seguido de 30 zeros) ou mais, muito comum em remédios homeopáticos. Este princípio contradiz frontalmente a ciência química e farmacológica. Se ele estiver certo, a química que conhecemos, deve estar errada. O conceito de dose-efeito, que é a base da farmacologia, também deve estar equivocado. Por exemplo, o conceito de "concentração inibitória mínima" dos antibióticos, que salvou e continua salvando bilhões de vidas, deveria ser revisto, e passarmos a adotar ultra-diluições de antibióticos?

        Se alguém conseguir realmente demonstrar que o efeito da ultra-diluições é verdadeiro, esta pessoa terá feiro uma descoberta tão fantástica, que seguramente ganhará fama, o prêmio Nobel e muito dinheiro. O fato é que este princípio é falso, e até o momento não há um grão de evidência a seu favor.

        O Dr. Zulian deve ser um ótimo profissional da medicina. Afinal, dar uma consulta de 3:30 h a um único paciente é um feito raríssimo na medicina convencional. Não é a toa que a paciente entrevistada na reportagem teve melhora logo após o início do tratamento. O efeito psicológico de um médico que está disposto a escutar o seu paciente e realmente interessar-se pelo seus problemas, é enorme. Não subestimemos o efeito placebo. Ele é poderoso e é uma das bases da capacidade de auto-cura que nosso organismo possui. Tomara que todos os médicos agissem dessa forma.

        • espaber disse:

          Por que será que o Dr. Beny Spira fica expondo novamente sua opinião preconcebida e contrária à homeopatia, ao invés de ler a revisão sobre pesquisa homeopática disponibilizada na matéria http://www.aph.org.br/revista/index.php/aph/artic… , na qual as suas colocações são refutadas com pesquisas científicas modernas que endossam os pressupostos homeopáticos? Mais uma vez, com o intuito didático, vou listar algumas revisões de pesquisas homeopáticas.

          “Princípio da Similitude” ou “Cura pelos Semelhantes” – As principais pesquisas que endossam esse pressuposto, citadas na revisão, estão justamente no campo da farmacologia, através do estudo sistemático do “efeito rebote” ou “reação paradoxal do organismo”, que é observado após a suspensão de centenas de fármacos modernos, evidenciando uma “reação secundária e oposta do organismo a uma ação primária da droga”. A homeopatia utiliza esse “efeito rebote” de forma curativa, administrando aos doentes uma droga que causa sintomas de ação primária semelhantes aos que se desejam curar, estimulando uma reação secundária e oposta do organismo contra seus próprios sintomas. Esse “efeito rebote” ou “reação paradoxal” pode ser despertado tanto com doses ponderais ou infinitesimais, fato que endossa o uso de ultradiluições pelo modelo homeopático, ao contrário das doses mínimas necessárias ao modelo ‘alopático’ para que os receptores ou outros alvos da ação primária das drogas sejam ocupados, estimulados ou inibidos. Todas essas evidências, assim como a proposta do “emprego dos fármacos modernos segundo o princípio da similitude” estão disponibilizadas num site de livre acesso http://www.novosmedicamentoshomeopaticos.com , composto por 3 livros eletrônicos: “Fundamentação científica do princípio da similitude na farmacologia moderna”, “Matéria médica homeopática dos fármacos modernos” e “Repertório homeopático dos fármacos modernos”.

          “Medicamentos Dinamizados” ou “Ultradiluições” – As principais pesquisas que endossam esse pressuposto, também citadas na revisão, utilizam “modelos de pesquisa físico-químicos” (e não químicos ou bioquímicos) para explicar como a “informação” da substância é transmitida através das ultradiluições, mesmo sem haver moléculas da substância de origem nas mesmas (“memória da água”); por outro lado, utilizam “modelos de pesquisa biológicos” para demonstrar que as ultradiluições apresentam as mesmas propriedades da substância de origem, atuando em diversos organismos e sistemas orgânicos. Cito abaixo três revisões nas quais essas diversas pesquisas estão sistematizadas, havendo muitas outras mais contemporâneas:
          “The Memory of Water”: http://www.sciencedirect.com/science/journal/1475
          “Biological Models of Homeopathy”:
          Part 1: http://www.sciencedirect.com/science/journal/1475
          Part 2: http://www.sciencedirect.com/science/journal/1475

          Em relação ao “Prêmio Nobel”, cito as declarações de dois ganhadores, um na área da Física (Brian David Josephson, 1973) e outro na área da Fisiologia/Medicina (Luc Montagnier, 2008), em favor da homeopatia e suas evidências científicas: http://www.tcm.phy.cam.ac.uk/~bdj10/water.memory/http://www.homeopathy.org/research/editorials/Mon

          A consulta homeopática de 3:30 horas citada na entrevista refere-se a um “protocolo de pesquisa”, em que além da consulta de 1-2 horas, inúmeros questionários e fichas foram preenchidos. Vale ressaltar que a paciente entrevistada, ao contrário do que o Dr. Beny Spira afirma, “não teve melhora logo após o início do tratamento” e sim “após diversas mudanças na medicação”, o que descaracteriza, por si só, o “efeito placebo” (os efeitos que surgiram no início foram “efeitos adversos ou patogenéticos”, como dores gástricas, que caracterizam, por si só, o efeito dinâmico das ultradiluições). Ainda sobre o “efeito placebo” do tratamento homeopático, também discutido na revisão, diversos ensaios clínicos placebos-controlados demonstram a eficácia do tratamento homeopático perante o placebo, estudados em revisões sistemáticas e metanálises: http://www.homeozulian.med.br/homeozulian_pesquis

          Ou seja, há muito mais que “um grão de evidência” a favor da homeopatia. Infelizmente, como disse Einstein, “é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito”.
          Marcus Zulian Teixeira

  4. Ruy Madsen disse:

    É no mínimo espantoso que ainda existam comentários afirmando que "não há evidência científica" sobre a Homeopatia. Os céticos deveriam pelo menos sair de seu comodismo e estudar um pouco antes de repetir ad eternum a mesma ladainha entediante. O Brasil se paresenta como exemplo para o mundo ao estimular as práticas integrativas, dentre elas a Homeopatia, no sistema público de saúde, seguindo recomendação da própria OMS, como vemos no site: http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs134/e

  5. Sandra Chaim SAlles disse:

    Caro Marcus,
    É interessante notar que o preconceito vem diminuindo com o incremento da informação, mas ainda persistem alguns focos de resistência. Conclui agora meu pós doutorado também na FMUSP, investigando a homeopatia na saúde publica e as relações ocm outros profissionais – informados- foi ótima.
    Vale a pena informar aos leitores que fazemos parte da rede de pesquisa em Atenção Primária à Saúde, e realizamos um Forum Virtual para discutir as pesquisas homeopáticas na rede publica. Este Forum pode ser acessado pelos interessados no site da rede de Pesquisa em APS.
    Sandra Chaim

  6. Ana Rita Novaes disse:

    Parabenizo o Marcus Zulian!

    Coordeno a Política Estadual das Práticas Integrativas e Complementares no ES. O que observamos é o crescimento da demanda de usuários no SUS, carentes de uma forma de atenção que priorize o cuidado integral e humanizado. Desqualificar a homeopatia tem sido uma estratégia como forma de impedir seu crescimento, principalmente por aqueles que desconhecem seus benefícios e resultados. Estamos buscando por meio de pesquisas demonstrar nossos resultados, ainda que as grandes linhas de financiamento raramente pautem a Homeopatia. De qualquer forma, apesar das grandes dificuldades existentes, sua implantação na rede pública é legítima, assim como é extremamente relevante o desenvolvimento das ações dos poucos profissionais homeopatas no SUS que vem demonstrando sua resolutividade nos diversos municípios brasileiros.

  7. Francisco G. Nóbrega disse:

    Parte da disputa geral sobre a homeopatia, a meu ver, pode ser em eliminada se buscarmos mais precisão. Diria que deve haver evidência científica (espero) quantitativa e séria sobre os benefícios da homeopatia em muitos tipos de doenças, principalmente crônicas. Concordo com o Dr. Beny de que o componente fundamental da cura homeopática vem do efeito placebo que, como bem lembra o Dr. Zulian acontece também durante o tratamento convencional e seu monitoramento faz parte dos testes clínicos efetuados com os novos medicamentos. Tenho certeza que parte significativa do efeito placebo homeopático vem da cosntumeira atenção e tempo dedicados pelo médico à anamnese, a longa conversa com o paciente, estabelecendo mais estreitas e melhores relações de confiança e atenção do que é praxe no atendimento do médico não homeopata, que pouco beneficia seu paciente por esta via tão bem como faz o homeopata, que deveria ser imitado. Minha dificuldade com a homeopatia é fundamentalmente a explicação fenomenológica, a "teoria" de Samuel Hahnemmann, que até hoje não conseguiu convencer os cientistas da área biológico/médica depois de muitos artigos publicados, inclusive o de Benveniste na Nature, também desacreditado. Não existe mecanismo biológico que permita validar o efeito de diluições imensas do princípio ativo. O Dr. Zulian lamenta "preconceito" e falta de pesquisas. Quem deve fazer pesquisas convincentes são os próprios homeopatas mas não aconselharia. Possivelmente teremos mais artigos fáceis de descartar. Acho que seria útil levantamentos cuidadosos da eficácia incluindo todos os tratados. O preconceito na verdade não triunfou: a utilidade da terapia e seu sucesso nos casos complexos e ligados a doenças degenerativas fez com que a medicina tradicional tenha acomodado a homeopatia dentro da divisão "alternativas e complementares" onde podemos incluir, por exemplo, aqueles que buscam em terreiro amigo um "descarrego". Gostaria de saudar os homeopatas de sucesso que tenham a coragem de dizer que não sabem porque funciona mas que funciona… E que também conheçam suficientemente a medicina tradicional para detectar os casos nos quais insistir com a homeopatia representará grave risco ao paciente.

    • espaber disse:

      O principal foco das colocações de que a “o componente fundamental da cura homeopática vem do efeito placebo” está completamente equivocada e devidamente contestada nas evidências da pesquisa básica e clínica em homeopatia citadas na revisão e disponibilizadas na matéria http://www.aph.org.br/revista/index.php/aph/artic… , rediscutidas nos comentários anteriores. Apesar das inúmeras dificuldades encontradas, “os próprios homeopatas realizam pesquisas convincentes”, mas os preconceituosos as desprezam e não as leem. Nessas colocações isso fica evidente, pois apesar de uma fonte de referência disponibilizada, prevalecem as velhas e cristalizadas posições pessoais, sem que o material seja sequer consultado.
      Marcus Zulian Teixeira

  8. mordaviden disse:

    Sim, muito bom exemplo, uma excelente entrevista, concordo com tudo o que o Professor Marcus Zulian Teixeira diz. Por experiência, até nos meus cães (sou criador do cão de pastor alemão), penso que a Homeopatia é um dos melhores (se não o único) Sistema Médico-Terapêutico com a importante capacidade de alterar a rota, ou a História Natural de Doenças para determinada pessoa ao longo da sua vida e também para os descendentes dessa mesma pessoa (falo de herança epigenética). E isto é verdade, sobretudo para cada individuo, na medida em que se sabe que patologia aguda tem relação com patologia crónica (quando mal tratada), e patologia crónica mantida por muito tempo vai desregulando o funcionamento do organismo até estados de doença avançada (cardiovascular, oncológica, psiquiatrica, genéticas, etc.), e que quando tratamos bem as doenças, nomeadamente logo na infância, com recurso à Homeopatia, as coisas vão mudando, as crianças crescem mais saudáveis, e com menos doenças crónicas.
    Tal é assim que este tem sido um dos grandes problemas dos médicos convencionais em aceitarem a Homeopatia como um sistema médico de boa opção. Curar uma pessoa, ou pelo menos, reverter a sua história natural de doenças, trás grandes consequências a todos os médicos que vivem da doença, porque os médicos, efectivamente vivem da doença (quando poderiam muito bem viver da prevenção dos estados de doença e da cura de estados de doença). Pelo menos assim pensam os médicos convencionais, no entanto, penso que isso é apenas uma ilusão, a doença existe sempre, e a Homeopatia até nos oferece a possibilidade da prevenção da doença, e portanto a actuação em estados mais ligeiros de disfunção para os quais a medicina convencional não tem muitas vezes nada para oferecer. Claro que é obvio que a longo prazo, iriamos ter grandes alterações epidemiológicas no panorama de estados de doença e suas prevalências e incidências. Tal como há bons anos atrás tinhamos uma prevalência, nos paises mais modernos, de doenças agudas infecciosas, hoje em dia temos uma alteração desse cenário, onde predominam as doenças crónicas cada vez mais dificeis de manejar e de gerir pela medicina convencional… Se a medicina convencional optasse como terapêutica dominante a Homeopatia, e se todos os médicos praticantes tivesse uma formação bem alicerçada nos princípios básicos da Homeopatia, então esse panorama mundial das doenças iria mudar radicalmente, não tenho dúvidas nenhumas disso, apesar da espécie humana, de muitos seres humanos já estarem muito adulterados nas suas constituições, acredito que uma pessoa, desde a concepção, à infância, etc., tem um potencial plástico e de auto-recuperação enorme, desde que siga o caminho melhor.
    Portanto, colegas, não temos de ter medo da Homeopatia, devemos sim inteirarmo-nos dela, dos seus benefícios, e começarmos a pensar em viver do bem, da saúde, da prevenção da doença, etc. A Sociedade está a mudar, é certo. As pessoas estão mais cientes de quem são, das necessidades de estar bem de saúde, etc., são eles, a sociedade, que tem de empurar também o sistema de saúde para a mudança que se faz necessária, como a incorporação de outras terapêuticas, para uma medicina integrativa, mas uma medicina holística, funcional, que integre, mas que saiba integrar, saiba onde cada medicamento actua e as suas consequências, e o que deve fazer em primeiro lugar, e em segundo, e em terceiro…
    Todos os conhecimentos, convencionais ou alterativos/complementares, devem ser estudados e integrados de uma forma coerente. Todos eles são importantes para a formação do médico que busca a verdade e o verdadeiro ideal de ser médico, que como Hahnemann disse, é apenas este: “a mais elevada e única missão do médico é restabelecer a saúde dos enfermos, curar, como é denominado.”
    O ideal do médico não pode ser dar um medicamento a um doente sabendo que esse medicamento apenas vai aliviar/suprimir sintomas, e sabendo que o doente mais cedo ou mais tarde regressará de novo à clínica com mais problemas, com outros problemas de saúde mais graves, e que andará sempre nisto. Mas o ideal do médico é também salvar a vida do doente quando sabe que a Homeopatia não irá só por si resolver a situação clínica em situações agudas, traumáticas, emergentes, urgentes, é aqui que tem de saber usar a medicina life-saving, convencional. Portanto o médico deve capacitar-se de todos os necessários conhecimentos para levar a cabo o seu ideal, seja salvar a vida, e depois curá-la, seja curá-la, o final objectivo de cada médico é tentar restabelecer a saúde, pelo menos para um estado mais favorável de saúde.

  9. mordaviden disse:

    Portanto colegas, não temos de ter medo da Homeopatia, devemos sim inteirarmo-nos dela, dos seus benefícios, e começarmos a pensar em viver do bem, da saúde, da prevenção da doença, etc. A Sociedade está a mudar, é certo. As pessoas estão mais cientes de quem são, das necessidades de estar bem de saúde, etc., são eles, a sociedade, que tem de empurar também o sistema de saúde para a mudança que se faz necessária, como a incorporação de outras terapêuticas, para uma medicina integrativa, mas uma medicina holística, funcional, que integre, mas que saiba integrar, saiba onde cada medicamento actua e as suas consequências, e o que deve fazer em primeiro lugar, e em segundo, e em terceiro…

  10. pedro luiz ozi disse:

    Muitos céticos estão dogmaticamente convencidos de que a Homeopatia é mística, tradicional, natural, mágica e desconhecem a sua base experimental que se desnvolveu em paralelo à fisiologia moderna (Caude Bernard) com uma diferença: Hahnemann fez experimentações no homem sadio e não em cobaias 50 anos antes. Mas as 2 correntes médicas caminham em paralelo, embora os paradigmas sejam diferentes, mas são, ambas, ciências de base experimental tendo muito em comum especialmente o apreço à verdade, sem conjecturas nem meras opiniões.

  11. O colega Marcus Zulian Teixeira proferiu no passado dia 24 na sede da Ordem dos Médicos de Portugal em Lisboa, um Seminário com o título “Investigação Científica em Homeopatia”.
    Numa atitude de verdadeiro espírito científico, pela primeira vez na Actualidade, a Ordem dos Médicos de Portugal abriu as suas portas a este tema tão controverso, fruto da falta do seu correcto ensino e divulgação.
    Só apurando a veracidade dos conhecimentos, debatendo-os nos locais apropriados, onde os médicos se reúnem após a sua graduação – Ordem dos Médicos e nas Faculdades de Medicina (pré-graduação) é que estas informações poderão ser incorporados na prática médica diária a fim de beneficiar o objectivo da existência da Medicina e que são os Doentes!
    )

  12. É com fóruns deste género (da discussão nasce a luz), que sai beneficiada a Medicina, em particular, e os pacientes em geral.
    Com as referências dadas, os colegas poderão informar-se para incorporar nos seus conhecimentos médicos, outros que provem a sua veracidade – as suas dúvidas serão exaustivamente esclarecidas, pois a Ciência está aí ao dispor de quem quiser ter a boa-vontade e o trabalho de a estudar e até a coragem de a assimilar…
    Sem mais palavras, regozijo-me pelo excelente trabalho que este colega tem desenvolvido em prol da Medicina em geral, e da Homeopatia em particular.
    Bem-hajas Marcus!
    Francisco Patrício
    (médico Presidente da SHP-Sociedade Homeopática de Portugal

  13. Jorge Bustamante disse:

    Lamentável e espantoso é o fato de “pseudocientistas” se arvorarem somente no seu “pseudo-saber” e achar que o que eles não sabem não é verdade ou não tem valor. O verdadeiro cientista está sempre à procura do fato novo que explique o que ele não sabe. Como dizia um amigo, “os cães ladram e a caravana passa”. Há mais de 200 anos a Homeopatia vem servindo à Humanidade, apesar de não sabermos ainda, com precisão, explicar o fenômeno. Mas quanta coisa nós ainda não sabemos…

  14. isabela disse:

    Prezado Marcus,sou médica homeopata da Prefeitura do Rio de Janeiro há 11 anos,e fiquei lendo alguns comentários impressionada com o grau de preconceito e ignorância, de algums profissionais da área de saúde em relação à homeopatia.Trabalho numa região de baixa renda,aonde os pacientes aderem ao tratamento quase que 100%,e no posto aonde trabalho não há medicamento gratuito!!!Espero que discussões com essa fortaleçam a homeopatia e faça crescer cada vez mais os seguidores dessa terapêutica maravilhosa e surpreendente.Abs Isabela Braga

  15. Amarilys disse:

    Parabéns Marcus, você tem colecionado uma grande quantidade de trabalhos de qualidade. Seria interessante se parte dos que discordam sem conhecimento, se dispusesse a participar junto de novas pesquisas. Abraços, Amarilys de Toledo Cesar

  16. Andrea disse:

    Ótimo post ! Lamentável ver ainda pessoas tão ignorantes neste assunto.
    Mas como disse o Jorge Bustamante : Os cães ladram e a caravana passa !!!

    Tratei minha filha com homeopatia desde bebê e nunca precisou ir a um hospital.
    Tem os dentes super fortes sem nenhuma cárie aos 20 anos. Nunca tomou antibióticos.

    Como será o efeito placebo em bebês e também em animais ?!
    Como terapeuta floral também venho ouvindo as mesmas asneiras há algum tempo….

  17. zuleika dangelo disse:

    Como não poderia deixar de ser, comentários e explicações com poder de síntese de mestre dedicado , experiência clínica , sem igual.
    Maior pesquisador da homeopatia do Brasil.
    Parabens é pouco, doutor.

  18. Claudio Alvarenga disse:

    Se a medicina fosse uma "ciência exata" ninguem mais morreria (rsrsrsrsrsr!!!!). Nos dias de hoje essa discussão é ridícula. O que vale não é a medicina alopata ou a medicina homeopata e sim a medicina bem praticada e a medicina mal praticada.

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