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“Livros transformam o mundo, livros transformam pessoas”

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A importância de dormir bem

 

Raphael Martins

Literatura


Tema deste ano da Bienal do Livro de São Paulo tem como objetivo provocar o gosto pela leitura em seus visitantes

A 22ª edição da Bienal Internacional do Livro de São Paulo terá início no próximo dia 9 de agosto. Em temporada até o dia 19, o tradicional evento será no Pavilhão de Exposições do Anhembi, zona norte da cidade. São inúmeras atividades lúdicas e interativas, distribuídas pelos 30 mil metros quadrados de área ocupada, compartilhada com mais de 400 expositores, compostos por editoras, empresas patrocinadoras e entidades do setor.

A grande festa do livro no País, que espera cerca de 800 mil visitantes, atrai milhares de pessoas entre crianças, jovens e adultos, constituindo-se, tradicionalmente, em elemento formador de novos leitores.

O evento tem por objetivo incentivar e democratizar o acesso à leitura, porque os livros transformam a forma como as pessoas enxergam o mundo.

Com organização geral da Câmara Brasileira do Livro (CBL), a curadoria da Bienal é de Antonio Carlos de Moraes Sartini, diretor-executivo do Museu da Língua Portuguesa, e dos jornalistas Paulo Markun e Zeca Camargo. A escolha dos três profissionais traduziu o desejo da CBL de que a feira fale para uma gama variada de leitores. Os três são os responsáveis pela elaboração dos conteúdos do evento e conceitos básicos dos pilares temáticos. Os perfis distintos dos curadores visam a estabelecer uma grande identificação com os diferentes públicos presentes.

Dessa forma, foram escolhidos sete pilares temáticos, que norteiam todas as ações culturais. O “Salão de Ideias” irá acontecer em um auditório exclusivo, que receberá convidados e mesclará assuntos diversos, sempre em sintonia com o tema central desta edição.

“Criança” será a área exclusiva para a realização de atividades culturais lúdicas, com o objetivo de colocar crianças em contato com o universo mágico do livro e fomentar o gosto pela leitura. “Jovem”, “Espaço do Professor” e “Negócios” são espaços para públicos de interesse mais específico, com temáticas e debates direcionados.

Jorge Amado (abaixo) e Nelson Rodrigues (foto) recebem homenagens em seus centenários

“Telas e Palcos” será o espaço dedicado a encontros com autores brasileiros e estrangeiros, que permitirão o contato mais próximo entre leitores e escritores. Atividades ligadas à arte, música e teatro também ocuparão esse espaço.

O pilar “Gourmet”, uma das grandes sensações da última edição da Bienal, está de volta, mantendo seu conceito: um espaço dedicado à arte da culinária, reunindo renomados chefs autores, que apresentarão aulas-show interativas em cozinha cenográfica. A cozinha também se transformará em mesa de debates, que abrigará bate-papos sobre diversos temas ligados à gastronomia e à literatura.

Além desses espaços especiais, a Bienal do Livro de São Paulo trará homenagens aos centenários de Jorge Amado e Nelson Rodrigues e uma comemoração aos 90 anos da Semana de Arte Moderna de 1922.

Um dos maiores protagonistas da literatura brasileira, Jorge Amado é um escritor atemporal, lido por um público de idades variadas. Com obras publicadas em mais de 50 países e adaptadas para o rádio, cinema, televisão e teatro, o escritor criou personagens que se tornaram parte indissociável da cultura brasileira, como Tieta (do Agreste), Gabriela (Cravo e Canela) e Dona Flor (e seus dois maridos).

Também este ano será celebrado o centenário de nascimento do escritor, jornalista e cronista Nelson Rodrigues, considerado o maior dramaturgo do nosso país. Escreveu centenas de contos, nove romances e 17 peças, como A Falecida (1953), Os Sete Gatinhos (1958), Boca de Ouro (1959), Beijo no Asfalto (1960) e Toda Nudez Será Castigada (1965).

A terceira homenageada, a Semana de Arte Moderna de 1922, foi a inauguração do movimento modernista brasileiro e completa 90 anos em 2012. Cada um de seus dias ocupou-se de um tema ligado à pintura, escultura, poesia, literatura e música. Participaram da Semana nomes como Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Víctor Brecheret, Anita Malfatti, Menotti Del Pichia, Heitor Villa-Lobos e Di Cavalcanti.

 

Editoras

Semana de Arte Moderna de 22 completa 90 anos, neste ano, e será homenageada na Bienal

A Editora da Universidade de São Paulo (Edusp) trará um estande especial, com 80m². “Estaremos no estande da Liga das Editoras Universitárias (LEU), juntamente com as Editoras da Unifesp, Unicamp, UFMG, UFSC e UFPA e teremos vários lançamentos como Painéis de Azulejos do Museu Republicano “Convenção de Itu”, de Jonas Soares de Souza, Leituras de Macunaíma: Primeira Onda (1928-1936), de José de Paula Ramos Jr., Crítica de Arte na Revista Habitat, obra de José Geraldo Vieira com organização de José Armando Pereira da Silva”, conta Márcio Pelozio, coordenador de Eventos e Livrarias da Edusp.

A Editora Martins Fontes participa com um estande de 120 m². “Trata-se de um aumento de 20% em relação ao espaço que ocupamos na última edição do evento. O motivo desse crescimento está relacionado com o maior investimento que a própria organização tem feito na divulgação da Bienal” diz Felipe Teixeira, assessor de imprensa da editora. A ideia da editora é expor um pouco de cada seção do catálogo, dividindo o espaço igualmente entre lançamentos e o “fundo de catálogo”. A grande aposta é o livro O Hobbit, de J. R. R. Tolkien. “Com a chegada do filme, no final deste ano, acreditamos que este livro merecerá um grande destaque durante todo o evento”, finaliza Teixeira.

 

Histórico

Escolas sempre organizam excursões de alunos para o evento

A primeira Feira Popular do Livro aconteceu no ano de 1951, na Praça da República, em São Paulo. Surgiu com o intuito de se introduzir no País a tradição europeia das feiras de livros que aconteciam na França, Alemanha e Itália. Em 1961, promoveu-se, em parceria com o Museu de Arte de São Paulo, a 1ª Bienal Internacional do Livro e das Artes Gráficas, que se repetiu em 1963 e 1965.

A 1ª Bienal Internacional do Livro, organizada exclusivamente pela CBL, ocorreu entre 15 e 30 de agosto de 1970, no mesmo edifício da Bienal de Arte. Na 2ª Bienal, em 1972, o total de visitantes chegou a 80 mil e o de expositores ultrapassou 700.

Desde 2006, acontece no Pavilhão de Exposições do Anhembi – o maior centro de exposições da América Latina – depois de passar por Expo Center Norte e Centro de Exposições Imigrantes.

Em 2010, a CBL levou à Bienal uma programação cultural intensa e diversificada, atraindo 743 mil visitantes e ampliando o prestígio e importância destinada a esse tipo de evento em São Paulo.

Cerca de 800 mil visitantes são esperados na edição deste ano

Para 2012, na 22ª Edição da Bienal Internacional do Livro, a previsão é de que mais de 800 mil pessoas compareçam ao evento, que terá uma programação diferenciada e rica, como sempre voltada ao incentivo à leitura.

A CBL, organizadora do evento desde o início, promove alguns dos mais importantes e tradicionais eventos do setor editorial brasileiro como o Prêmio Jabuti e o Congresso Internacional CBL do Livro Digital. Mantém, ainda, a Escola do Livro, além de apoiar a realização de feiras nacionais e internacionais.


22ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo

Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi – av. Olavo Fontoura, 1.209 – Santana
Site: www.bienaldolivrosp.com.br
Ingresso: R$ 12,00 (inteira)
Entrada gratuita: professores, profissionais da cadeia produtiva do livro, bibliotecários, estudantes inscritos pelo sistema de visitação escolar programada, maiores de 60 anos e crianças com até 12 anos, mediante apresentação de documento
Horário: das 10h às 22h
Temporada: de 9 a 19/8

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