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Projeto liderado por astrônomo do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) identificou uma estrela de 8,2 bilhões de anos muito parecida com o Sol. A HIP 102152, como é chamada pelos cientistas, é o corpo celeste deste tipo mais antigo já encontrado.
Um aspecto importante da descoberta está relacionado com a quantidade do elemento químico lítio encontrada na estrela. Ela é baixa se comparada com aquela existente em meteoritos e outros corpos rochosos, assim como ocorre com o Sol.
Durante décadas a baixa concentração de lítio no Sol foi um mistério para os cientistas. A descoberta da estrela gêmea possibilitou associar essa concentração com a idade do corpo celeste. Quanto mais antigo, menor a concentração do elemento químico.
Baixas quantidades de elementos químicos em estrelas podem ser indícios de que outros corpos celestes foram formados a partir delas. Além disso, o lítio presente nesses astros se transforma em outros elementos. A descoberta é essencial para o avanço do conhecimento sobre a física das estrelas.
Como a HIP 102152 é muito semelhante ao Sol, existe a possibilidade de um sistema parecido com o solar ter sido formado a partir dela. Porém, a existência de planetas ainda não foi comprovada. Astros similares à Terra possuem um tamanho relativamente pequeno e não conseguem ser identificados pela tecnologia atualmente utilizada. Mas a evolução tecnológica poderá possibilitar seu encontro – se eles existirem.
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