Seminário organizado pelo Centro de Preservação Cultural da USP debate a questão do reconhecimento dos bens culturais Na próxima semana, nos dias 26, 27 e 28 de maio, o Centro de Preservação Cultural (CPC) da USP, instalado na Casa...
Por Cláudia Costa
A Cinemateca está promovendo uma grande retrospectiva da obra do ator e cineasta Clery Cunha, em homenagem aos seus 70 anos e 50 de carreira. Aficionado por quadrinhos, seu interesse pelo cinema nasceu ainda na infância, quando assistia a seriados policiais, faroestes e filmes de aventura que marcariam sua trajetória como diretor de obras populares. Fez uma rápida aparição no policial Conceição (1960), dirigido por Hélio Souto, e seguiu atuando em diversos filmes, Lampião Rei do Cangaço (1963), de Carlos Coimbra, Carnaval Sangrento (1969), de Robert Lynn, e Um Pistoleiro Chamado Caviúna (1972), de Edward Freund.
Em 1972, depois de ser premiado no 1º Festival de Teatro Amador da TV Tupi, dirigiu seu primeiro filme, Os Desclassificados, policial inspirado em crime verídico, com Joana Fomm e Hélio Souto no elenco. O filme está na retrospectiva ao lado de A Pequena Órfã (1973), rodado na cidade turística de Embu das Artes, melodrama baseado na telenovela homônima produzida pela TV Excelsior, que tem participação do sambista Noite Ilustrada; Pensionato de Mulheres (1974), com roteiro de Joana Fomm e diálogos de Ody Fraga, que reúne algumas musas da Boca do Lixo, como Magrit Siebert e Helena Ramos; e a comédia Chumbo Quente (1978), protagonizada pela dupla sertaneja Léo Canhoto e Robertinho, que foi realizada na onda do sucesso de O Menino da Porteira (1977) e se apropria do western spaghetti e de recursos circenses para narrar a aventura da dupla de heróis-cantores.
Em nova incursão pelo filme policial, O Outro Lado do Crime (1979), com participação e narração de Gil Gomes, consagrado repórter policial que fez sucesso no rádio e na TV brasileira. Marco da cinematografia paulista, Joelma 23º andar (1980) é baseado na tragédia do Edifício Joelma, com fotografia de Cláudio Portioli e imagens captadas pelo produtor Sebastião de Souza Lima no dia do trágico incêndio, com sequências impressionantes. E O Rei da Boca (1982), clássico da filmografia do diretor, um épico sobre a ascensão e queda de um rei do submundo, inspirado na vida de diversos criminosos que atuaram no Quadrilátero do Pecado e na Boca do Lixo, como Hiroito Joanides de Morais e Joaquim Pereira da Costa. Todos presentes na mostra.
Da época em que Clery Cunha participou dos filmes como ator, sem assinar a direção, a retrospectiva exibe Como Evitar o Desquite (1973), de Konstantin Tkaczenko, comédia de costumes na qual interpreta um mecânico de um parque de diversões que ajuda o marido traído a encontrar o suposto amante da mulher; e A Virgem (1973), de Dionisio Azevedo, um retrato da juventude brasileira dos anos 70, com participação de Nuno Leal Maia, Tony Tornado e Kadu Moliterno, vencedor do Prêmio Governador do Estado de São Paulo de melhor argumento e melhor atriz coadjuvante para Célia Helena.
Cinemateca Brasileira
Largo Senador Raul Cardoso, 207, Vila Mariana
T. (11) 3512-6111, ramal 215
Ingressos: R$ 8,00 e R$ 4,00 (estudantes do ensino fundamental e médio de escolas públicas têm entrada gratuita mediante apresentação da carteirinha)
Até 5 de agosto
Programação completa em http://www.cinemateca.com.br/
seg, 29 de junho
dom, 28 de junho
dom, 28 de junho
sáb, 27 de junho
sáb, 27 de junho
sex, 26 de junho
sex, 26 de junho
ter, 2 de junho