VEJA:
- Estudar
pela manhã pode prejudicar rendimento escolar
- Campanha
incentiva doação feminina
- Educação
virtual
- Ausência
dos pais gera alunos inseguros
- O
caminho das pedras
- Programa
Permanente para o Uso Eficiente da Energia Elétrica na USP
- Superando
as limitações da asma
Estudar pela manhã
pode prejudicar rendimento escolar
Você era daqueles que chegavam à escola às 7h e
só iam acordar mesmo lá pelas 10h? Saiba que você era
perfeitamente normal. Pelo menos isto é o que o Grupo Multidisciplinar
de Ritmos Biológicos (GMDRB) do Instituto de Ciências Biomédicas
está tentando provar com a turma da 5ª série da Escola
de Aplicação da Faculdade de Educação da USP.
Este ano o período de aulas dessa turma passou da manhã para
a tarde.
O GMDRB irá estudar o rendimento dos alunos a partir da alteração
do horário das aulas. Até o ano passado, os alunos da 5ª
série estudavam no período da manhã. Segundo o coordenador
do grupo, professor Luiz Menna Barreto, o objetivo é verificar e
comprovar a melho-ria do rendimento dos alunos, respeitando o relógio
biológico da criança.
“Estudos comprovam que a criança, quando está próxima
da puberdade, a partir dos nove ou dez anos, sofre um atraso em seu relógio
biológico, ou seja, passa a dormir mais tarde e a acordar também
mais tarde. Daí o impacto e a dificuldade em aprender, principalmente,
matérias mais complicadas”, explica o pesquisador.
Barreto afirma que o desrespeito ao relógio da criança
e do adolescente chega mesmo a ser um dos fatores que podem levar ao fracasso
escolar. (C.M.F.)
As mulheres já conquistaram um importante espaço em diversos
setores sociais. Porém, somente 18% dos doadores de sangue são
do sexo feminino. Para aumentar a participação das mulheres
também neste ato solidário, a Fundação Pró-Sangue
e a Nestlé iniciaram a campanha "Mulher na Fábrica da Vida".
Toda quinta-feira as mulheres que doam sangue voluntariamente recebem
tratamento mais atencioso. Elas ganham um lanche especial e um pingente
em forma de gota de sangue banhado a ouro. Na segunda doação,
recebem uma caixa de chocolates.
Depois do início da campanha as mulheres passaram a representar
30% do total de doadores. “Às quintas-feiras já alcançamos
nosso objetivo: metade homens, metade mulheres”, diz Marielza dos Santos,
médica-chefe do Banco de Sangue no Hospital Universitário.
“As mulheres são as formadoras de opinião dentro do lar.
Se a mãe adquire o hábito de doar sangue, os filhos e o marido
geralmente seguem o exemplo,” completa Marielza. (M.P.)
Será que eu posso?
Sim, você pode. A resposta é positiva para a maioria das
dúvidas femininas sobre doação.
A mulher pode doar sangue nas seguintes circunstâncias:
Deixe para depois
Em certas situações, a pessoa fica temporariamente impedida de doar sangue. Caso você se encontre em alguns destes estados, aguarde passar o tempo recomendado, mas não deixe de doar.
“Poucos voluntários fazem parte da comunidade da USP, gostaria
que eles participassem mais”, queixa-se Marielza. As pessoas têm
dois principais medos quando se trata de doação de sangue:
contrair uma doença e passar mal, desmaiar.
Todos os instrumentos usados são descartáveis e o material
manipulado é o sangue do próprio doador, portanto não
há risco. “Os desmaios, que acontecem com apenas 2% dos doadores,
são devidos ao nervosismo,” explica Marielza.
Se desejar outras informações, ligue: 0800-55-0300
A presença do computador nos diversos setores da vida moderna
já não necessita mais ser discutida. No entanto, quando temos
crianças diante de um mundo de informações sem censura
é imprescindível haver alguém que as oriente e encaminhe
nas suas descobertas. “Os pais de hoje trabalham fora, mas não devem
deixar de observar a relação de seus filhos com a máquina
tanto na escola quanto em casa,” lembra a Profa. Stella Piconez, da Faculdade
de Educação.
De acordo com a pedagoga, os pais não devem proibir, e sim direcionar
a escolha dos softwares e sites utilizados pelos filhos. “Na nova sociedade
virtual onde os valores tradicionais são questionados é importante
a presença dos pais e professores para discutir o que foi visto
e ajudar a criança a tirar suas conclusões.”
Computador x livros
Não se pode comparar qual a melhor influência a de livros ou do computador. Eles são meios diferentes que em certos casos têm o mesmo conteúdo. Há bibliotecas virtuais com obras na íntegra. Os jovens podem não estar pegando nos livros, mas estão lendo através de outro meio.
Jogos de computador
Se usados sem exagero, com espírito de brincadeira e competição
saudável, são úteis para o desenvolvimento. Crianças
que brincam com esses joguinhos costumam ter uma habilidade visomotora
desenvolvida, conseguem interagir com muitas informações
simultâneas e achar soluções com rapidez.
Salas de conversa (chats)
Os chamados chats não inibem a criança, como alguns pensam, ao invés disso podem até desenvolver certa socia-lização. Ainda não temos condições de avaliar se faz bem ou mal. Os usuários que são retraídos, provavelmente o seriam da mesma maneira se não utilizassem os bate-papos. É válido lembrar que o excesso, como em tudo, é prejudicial.
Tipos de programas indicados
Os softwares mais aconselhados são os que permitem maior interatividade,
deixam a criança interferir mais. Na hora de comprar deve-se procurar
as marcas de tradição no mercado, verificar a idade e procurar
orientação especializada. Em alguns jornais e revistas há
algumas dicas. A Escola do Futuro possui um banco de softwares educativos.(M.P.)
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Você anda preocupado com as alterações de comportamento
de seus filhos? Pois saiba que quando crianças e adolescentes sentem
a ausência dos pais em suas vidas podem se tornar agressivos ou apáticos.
É o que afirma Leonardo de Perwin e Fraiman, orientador educacional
e autor de uma pesquisa que aborda o tema.
A distância dos pais na vida escolar dos filhos acontece na infância
e, principalmente, na adolescência. A realidade mostra que pai e
mãe vão diminuindo aos poucos suas visitas às escolas,
até chegar ao comparecimento obrigatório, quando o filho
passa por algum problema, por exemplo.
Na adolescência a aproximação familiar é
importante, até mesmo sob o aspecto da escolha profissional, porque
os pais ainda são os modelos de vida dos filhos. Coincidentemente,
ou não, eles vão absorvendo ou descartando as características
dos pais. O adolescente carente de convivência familiar tende a não
se interessar por nada, ou, ao contrário, se sentir onipotente,
e nesse caso, ele vai querer beber, usar drogas, fumar, agredir professores
e chegar em casa no horário que desejar.
Para se manter próximo a seus filhos, Fraiman aconselha ir às
reuniões de pais, telefonar para a orientadora educacional de vez
em quando e participar das decisões da escola. Pais e filhos devem
estimular a conversa, programar passeios e jogos para estimular a troca
de informações e experiências. O adolescente precisa
de um porto seguro dentro de casa para que não precise buscar segurança
de outra forma.
Para crianças menores, a presença dos pais também
é importante. Quando ela mostra uma lição ou um trabalho
escolar está desejando ser importante e especial. Quando não
há esse retorno ela se sente isolada e insegura e procura outras
formas para chamar a atenção. “Um erro grave é trocar
carinho e atenção pela compra de um sapato, roupa ou brinquedo”,
afirma Fraiman. (C.M.F)
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O desperdício na construção civil pode custar mais caro do que parece
A falta de cuidado na compra, estocagem, transporte e utilização
de materiais de construção muitas vezes acarreta um gasto
desnecessário quando se vai construir ou reformar. Mas a precaução
pode diminuir a perda dos materiais e amenizar esse problema, que freqüentemente
passa despercebido.
Com o objetivo de quantificar tal desperdício, o Departamento
de Engenharia de Construção Civil da Escola Politécnica
da USP, sob coordenação dos professores Ubiraci de Souza
e Vahan Agopyan, encampou uma pesquisa para estudar o consumo dos materiais
mais comuns na construção de edifícios de múltiplos
pavimentos. O projeto contou com o auxílio de outras 15 universidades
brasileiras espalhadas por diferentes pontos do País, o que possibilitou
um estudo em âmbito nacional.
Os resultados mostraram que algumas das construtoras avaliadas chegam
a utilizar o dobro do necessário para certos tipos de material.
“A expectativa é que os números do desperdício sejam
ainda maiores para a pequena obra”, diz o professor Ubiraci.
Boa parte dos blocos de concreto pode quebrar no caminhão, no
carregamento e na hora de serem empilhados. A argamassa de revestimento
é má utilizada com freqüência, servindo de compensação
para defeitos nas etapas iniciais da construção. O cimento
perde a qualidade quando exposto à umidade. Grande quantidade de
areia é levada pela chuva se a armazenagem é
incorreta.
Muitos são os porquês do gasto excessivo de material.
E certamente esse desperdício vai pesar no seu bolso, mesmo que
você só troque o piso do banheiro. Mas ele pode ser evitado:
“As perdas não são uma característica inerente a esta
atividade produtiva. Isto fica claro ao se verificar a presença
de alguns desempenhos extremamente satisfa-tórios dentre as empresas
estudadas”, afirma Ubiraci. O que se perde não é insignificante,
mas é possível reduzir essa perda a custos mínimos.
(G.S.)
Como evitar gastos excessivos:
Programa Permanente para
o Uso Eficiente da
Energia Elétrica na USP
Você sabia que desde maio de 1997 existe um programa de conservação de energia elétrica em todos os campi da USP? Pois é, e talvez você ainda não tenha se dado conta de como é importante participar de iniciativas como esta, principalmente numa época de crise como a que estamos atravessando. A partir desta edição, o Espaço Aberto, em colaboração com o Programa Permanente para o Uso Eficiente da Energia Elétrica na USP, implantado pela Coordenadoria de Administração Geral (Codage), estará publicando informações e dicas sobre como gastar menos energia. Está abrindo também este espaço para responder dúvidas sobre conservação de energia elétrica e manter os leitores informados sobre as principais atividades que estão sendo desenvolvidas para se reduzir o desperdício de energia elétrica na USP. E aí, vamos participar?
Dicas
Superando as limitações
da asma
Além das águas de março que fecham o verão,
chega também a mudança de estação. O frio que
começa a vir traz a ameaça das doenças respiratórias,
entre elas a asma. O Centro de Práticas Esportivas da USP (Cepeusp)
já está fazendo a triagem dos interessados em participar
do Programa de Educação e Atividade Física ao Portador
de Asma. A novidade é que este ano passam também a ser atendidos,
além das crianças de 6 a 17 anos, adultos asmáticos
até 50 anos.
O responsável pelo programa, professor Luzimar Raimundo Teixeira,
diz que o objetivo do trabalho é oferecer ao asmático a oportunidade
de aprender a lidar com a doença e assim conseguir superar as limitações
impostas pela asma. A partir desta edição estaremos dando
aos nossos leitores dicas simples de orientação para o asmático.
Quem quiser participar do programa deverá entrar em contato pelo
telefone (011) 818-3514. (C.M.F.)
Entenda o que é a asma
É uma doença inflamatória dos brônquios que se estreitam e dificultam a passagem do ar. |
Emoções
Fatores emocionais podem desencadear ou agravar
os sintomas. É comum os asmáticos sofrerem crises em épocas
de provas da escola, quando ocorrem problemas familiares ou em outras situações
de stress.
Exercícios Físicos
Intensos
Os médicos chamam de broncoespasmo induzido
pelo exercício o aparecimento de chiado no peito ou tosse após
a realização de um exercício intenso. O efeito é
temporário e pode ser reduzido com acompanhamento e controle.
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