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lkjhgfNaquele dia
tudo deu errado. Você brigou no trabalho, se sentiu injustiçada
em casa, teve fortes dores de cabeça e ainda teve que fazer comida e
lavar roupa depois que chegou. No dia seguinte você menstruou. Esse é
um típico caso de TPM, ou STPM (Síndrome da Tensão Pré-Menstrual),
a maneira mais correta de se tentar explicar o que acontece com 35% das mulheres
de 15 a um dia antes de menstruarem. A faixa etária que possui essa síndrome
com maior freqüência é a dos 35 anos. A tendência é
piorar depois dos 40 anos.
lkjhgfSegundo a Dra. Mara
Diegoli, do Centro de Apoio à Mulher com Tensão
Pré-Menstrual do Hospital das Clínicas, "os sintomas são
vários, mas os mais importantes são irritabilidade, ansiedade,
depressão, choro fácil, dor de cabeça, agressividade, dor
nas mamas, dor nas pernas. E os que mais interferem no trabalho, são
a dor de cabeça, a depressão ou a agressividade em casos mais
extremos". Para diagnosticar se você tem ou não a famosa TPM,
é preciso ficar atenta aos sintomas que precedem a menstruação.
Mara dá a dica de se fazer uma tabela com todos os dias do ciclo menstrual
e marcar que sintomas são percebidos (tensão, irritabilidade,
inchaço, depressão, choro fácil, esquecimento, compulsão
por doce, enjôo, acne, dor de cabeça, tontura, taquicardia, etc)
e em quais intensidades (leve, média ou intensa). Depois da tabela completada,
observe se algum sintoma persiste na época na menstruação.
Se persistir, não é diagnosticada a Tensão Pré-Menstrual.
Se desaparecer, você tem TPM. Nos casos em que os sintomas se dão
de forma leve, não é preciso tratamento, mas nos casos em que
os sintomas atrapalham no dia-a-dia da mulher, é melhor procurar um médico
especializado para indicar o melhor tratamento. "Hoje no mundo inteiro
a mulher pode se conhecer melhor e se tratar para impedir as conseqüências
indesejáveis da TPM. Ela se conhecendo, há uma melhora da qualidade
de sua vida", diz a médica. Os tratamentos são diferentes
para cada tipo de sintoma, ele pode ser desde um esporte, ou uma terapia, até
antidepressivos.
lkjhgfNinguém sabe
ao certo a causa da TPM, mas ela está diretamente relacionada com a variação
hormonal que ocorre no ciclo menstrual da mulher. Na segunda metade do ciclo
a mulher produz progesterona, que abaixa o nível de serotonina no corpo.
Essa substância está ligada ao estado de humor das pessoas, ou
seja, se a serotonina está abaixo do limite de tolerância e fatores
externos contribuem para agravar a situação, a mulher pode entrar
em depressão. Um ente querido doente, falta de dinheiro, estresse, tudo
isso faz baixar a serotonina, mas a mulher ainda pode agüentar a situação.
Depois da ovulação, há uma queda repentina de seu nível,
o que faz com que a mulher fique mais sensível e possa até entrar
em depressão.
lkjhgfMulheres que tomam
pílula também estão sujeitas à TPM. Elas não
ovulam, mas ingerem progesterona. "A pílula ajuda a melhorar alguns
sintomas da TPM, mas pode piorar outros, pois tem mulheres que são mais
sensíveis ao progesterona e podem ter reações que não
tinham antes de tomá-la", alerta. Nesse caso, a mulher deve consultar
seu ginecologista para trocar seu medicamento por outro.
lkjhgfAlém dos fatores
externos de estresse, a mulher ainda conta com um fator interno que é
o aumento da prolactina pelo estrógeno. O estresse do cotidiano piora
na fase pré-menstrual. Logo depois da ovulação, o nível
de estrógeno está alto no corpo da mulher, o que faz aumentar
o nível de prolactina. Essa substância indica o estado de estresse
da pessoa. Se ela está estressada, a prolactina está alta, se
não, está baixa. Segundo a pesquisa da professora Janete Anselmo
Franci, da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, realizada em ratas,
logo após a ovulação a prolactina aumenta e mesmo em repouso,
a mulher apresenta-se em estado de estresse. E se ela vive constantemente sob
pressão, sobrecarregada com o trabalho e com a família, seu estado
de estresse, que já estava em um patamar alto, piora.
lkjhgfAlém de piorar
na TPM, o estresse pode deixar a mulher estéril durante um período.
"O estresse crônico libera com grande freqüência noradrenalina
e faz com que a hipófise se dessensibilize e não produza o hormônio
que faz a mulher ovular", afirma Janete. Nos dois casos, tanto no da TPM
como no da infertilidade, é preciso domar o estresse para que ele não
interfira na vida social e na saúde da mulher. Para isso, a mulher deve
ser cautelosa em algumas ocasiões e buscar atividades de relaxamento
(veja abaixo o que se deve e o que não se deve fazer no período
de TPM).
lkjhgf"O humor da gente
muda de acordo com o ciclo menstrual. Saber controlar isso é fundamental
para saber sobreviver", comenta a médica Mara. A TPM não
é uma doença e nem problema psiquiátrico, apenas alterações
que ocorrem no humor e no sistema biológico da mulher e "o que acontece
é que em alguns períodos, a mulher está mais exacerbada
e precisa de um tratamento para melhorar a qualidade de vida", finaliza.
Dicas para "domar" a TPM
Antes de casar sara...ou depois ?
Serviço
lkjhgfCentro
de Apoio à Mulher com Tensão Pré-Menstrual foi fundado
há mais de cinco anos no Hospital das Clínicas, no Departamento
de Ginecologia (Ambulatório de Ginecologia). Neste centro, onde já
passaram mais de 13 mil mulheres, seu funcionamento se dá às
sextas-feiras, das 8h às 10h. Atende todas as mulheres por ordem de
chegada, desde que tenham TPM. Vale lembrar que a mulher deve fazer o seu
próprio diagnóstico: se os sintomas passarem logo no primeiro
dia de menstruação, é caracterizada a TPM, caso contrário,
se os sintomas persistirem durante todo o ciclo, inclusive no período
de menstruação, não é TPM.
Endereço: Av. Dr. Enéas de Carvalho
Aguiar, 255, Cerqueira César
Fone: (11) 3069-6218
Responsável: Dra. Mara Solange Carvalho Diegoli