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por
Cinderela Caldeira

Educom.rádio reduz violência nas escolas do município de São Paulo

Criado pelo Núcleo de Comunicação e Educação (NCE) da Escola de Comunicações e Artes (ECA) em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, o projeto Educom.rádio está implantando mais 455 rádios-escola no Município de São Paulo. O projeto teve início em agosto de 2001, e tem o objetivo de capacitar 12 mil professores e alunos da rede de ensino fundamental do Município, usando como suporte a linguagem radiofônica, e instalando rádios de baixo alcance com fins pedagógicos. O Educom.rádio visa a capacitar professores a trabalhar com a linguagem e produção de programas de rádio, fazendo com
que a comunidade educativa saiba aproveitar os recursos da comunicação para tornar o aprendizado mais divertido.

De acordo com Ismar Soares, professor da Escola de Comunicações e Artes (ECA) e coordenador do projeto, o Educom.rádio pretende colaborar para que professores e alunos revejam os planejamentos educativos das escolas públicas a partir da ótica da comunicação, desenvolvendo atividades de produção radiofônica que facilitem o crescimento da auto-estima de todos os envolvidos no processo da educação.
A rede de ensino foi distribuída em sete grupos de aproximadamente 60 escolas, recebendo, cada grupo, o atendimento da equipe do NCE durante um semestre. A idéia inicial era atingir adolescentes em torno de 13 anos. Hoje existe, contudo, a participação de crianças, a partir de 8 anos, e de adolescentes até 18 anos.

"O Educom.rádio vem ganhando notoriedade pelo fato de trabalhar não apenas
com pequenos grupos de crianças ou adolescentes. Mas, com toda uma rede,
desenvolvendo atividades simultâneas num número muito grande de unidades
escolares", afirma Soares. Para dar atendimento ao público envolvido, o NCE conta com uma equipe de 175 especialistas, entre profissionais de rádio, professores e alunos da ECA e de outras unidades da Universidade, que vão até as escolas aos sábados.
Alguns resultados já vêm sendo constatados: "Além do aumento da auto-estima dos envolvidos com o projeto, a violência nas escolas onde o projeto foi implementado vem se reduzindo de modo visível, conclui Soares.


Qualidade da água do mar

A
exploração desordenada nas regiões litorâneas leva a um processo de eutroficação – aumento excessivo de nutrientes e matéria orgânica – que pode levar à diminuição do oxigênio presente na água. O nível de nutrientes de um ecossistema é um dos indicadores de poluição na região. Quanto maior a emissão de dejetos, maior a concentração de nutrientes.

Um dos lugares onde esse processo acontece é na Baixada Santista, litoral paulista. Os níveis de nutrientes presentes na região dos canais de Santos e de São Vicente ainda são preocupantes, apesar do trabalho realizado pela Cetesb, entre 1975 e 2001, para despoluição da região.

O trabalho coordenado pela professora Sônia Giamezela, do Instituto Oceanográfico, fez coletas de amostras para pesquisa nos meses de agosto de 1999, março de 2000 e fevereiro de 2001. As datas foram escolhidas com o objetivo de comprovar duas hipóteses levantadas. A primeira é o aumento do nível de nutrientes em relação ao volume de chuvas, e o segundo com a ocupação de turistas nas épocas de verão e férias.
Os estudos mostraram que o turista, nesse caso, não é o vilão. Em razão do aumento das chuvas em março, aumenta também a concentração de nutrientes. Isso leva ao crescimento de algas, aumentando a matéria orgânica para todos os organismos do ecossistema. Outra conseqüência é o escurecimento das águas prejudicando a diversidade de espécies da região. Essa mudança de luz no ambiente faz com que algumas espécies não sobrevivam no novo hábitat.

A fiscalização realizada nos últimos 20 anos pela Cetesb é a maior responsável pela melhoria da águas. Houve uma diminuição do despejo de dejetos nos canais por parte das empresas instaladas na região e o tratamento de esgoto doméstico foi ampliado.




Serviço militar obrigatório: como funciona e onde se alistar

Todos os jovens brasileiros precisam se alistar no Exército assim que completam 18 anos. A lei da obrigatoriedade do serviço militar é válida para todo o País. Mesmo os adolescentes que pretendem cursar faculdade não podem faltar ao alistamento, ainda que sejam dispensados, fenômeno que vem ganhando cada dia mais força no Brasil.

Dados de uma dissertação de mestrado da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, defendida pelo major do Exército Paulo Kuhlmann, apontam que o total de jovens que realizam o serviço militar obrigatório vem caindo a cada ano. Kuhlmann



levantou informações entre 1987 e 2001 e comprovou que, no fim da década de 80, 9,33% dos alistados foram incorporados, contra apenas 5,14% em 2001. A razão para a diminuição na quantidade dos cidadãos convocados é a nova realidade financeira que o setor enfrenta: as Forças Armadas vêm incorporando apenas o número necessário de pessoas para complementar o efetivo.

A Lei do Serviço Militar foi promulgada na década de 60 e estabeleceu o Estado-Maior das Forças Armadas como órgão de direção geral. Mulheres ficam isentas do serviço militar em tempos de paz, mas estão sujeitas a mobilização por necessidade. O serviço militar inicial dos incorporados tem duração de 12 meses, com a possibilidade de redução de até dois meses e aumento de até seis meses em caso de interesse nacional. O serviço militar é composto por atividades específicas desempenhadas nas Forças Armadas, que incluem Exército, Marinha e Aeronáutica.
Como se alistar
O jovem deve se alistar de 1o de janeiro a 30 de abril do ano em que completar 18 anos de idade. Esta data vale também para os cidadãos brasileiros que residem no exterior. Para realizar o alistamento, é preciso procurar a Junta de Serviço Militar (JSM) mais próxima da sua residência. A JSM é um órgão da Prefeitura Municipal, onde estão concentradas todas as informações sobre os locais de alistamento. É preciso levar, no dia do cadastro, a certidão de nascimento, duas fotografias 3x4 e um comprovante de residência. Caso o jovem tenha perdido o prazo do alistamento, ele deve procurar a JSM de qualquer forma, mas terá de pagar uma multa em dinheiro pelo atraso na regularização da situação militar.
Saiba mais no site oficial do Exército, www.exercito.gov.br. A capital paulista tem diversas Juntas de Serviço Militar. Na zona central da cidade, a Junta fica no Viaduto Jacareí, s/nº, subsolo. Telefone (11) 3241-3955, com atendimento das 7 às 12 horas. Outro endereço é na rua Líbero Badaró, 504, 10º andar, conjunto 104, telefone 3241-3421, de segunda a sexta-feira, das 7 às 18 horas
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