notas

 


por

Cinderela Caldeira


Triagem auditiva deve ser feita até seis meses de vida

Especialistas garantem que bebês até seis meses de vida devem passar por uma triagem auditiva. O objetivo é detectar, precocemente, se a criança apresenta algum tipo de problema que dificulte o desenvolvimento da linguagem, tendo maiores chances na reabilitação.

"Até pouco tempo, acreditava-se que a avaliação da audição feita entre os dois e três anos de idade seria o suficiente", afirma Maria Cecília Bevilacqua, pesquisadora do Centrinho e da Faculdade de Odontologia (FOB) de Bauru.

Para ela, o bebê apresenta um processo de maturação neurológica fundamental para a aquisição da linguagem. "Quanto mais cedo melhor", enfatiza.


O Programa Surdez na Infância, desenvolvido por uma equipe de fonoaudiólogos do curso de Fonoaudiologia da FOB e do Centrinho, faz a triagem em bebês da Maternidade Santa Isabel, com média de 300 partos por mês. Entre o final de setembro de 2003 e fevereiro deste ano, passaram pela triagem 1.391 bebês. Desse total, 52 falharam nos testes e estão, agora, em processo de diagnóstico para confirmar, ou não, a deficiência.



Instituto Butantã desenvolve novo tratamento de hemofilia
Pesquisadores do Instituto Butantã desenvolveram novo método para realizar o processamento de sangue e a separação de substâncias usadas no tratamento de hemofilia. O método antigo necessita de temperaturas abaixo de zero grau Celsius e centrífugas para a realização da separação.

A nova técnica consegue separar o chamado fator 8 - substância contida no sangue que estimula a coagulação, e que o organismo das vítimas de hemofilia tipo A não produz - através de um recurso conhecido como cromatografia. Consiste no uso de tubos que separam os diferentes componentes do sangue a partir dos ritmos variados em que eles se depositam no fundo, impulsionados por um campo
elétrico, tornando a operação muito mais barata e duas vezes mais eficiente que o método tradicional.

De acordo com Isaias Raw, diretor do instituto, só o Butantã e a companhia sueca Pharmacia dominam a técnica. Contudo, se o instituto decidir construir um laboratório para seu desenvolvimento, ele será o primeiro no mundo a empregar o novo método para processamento de todos os derivados do sangue. O projeto será uma parceria entre o Ministério da Saúde e a Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, envolvendo um investimento de R$ 100 milhões.
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Programa de atendimento à mulher dependente de álcool e drogas do IPq será implantado em bairros de SP

O Programa de Atenção à Mulher Dependente Química (Promud) do Instituto de Psiquiatria, pioneiro no atendimento específico a mulheres dependentes químicas, apresenta resultados que mostram maior eficácia em relação aos programas mistos existentes (homens e mulheres). O tratamento é focado no feminino e na complexidade da vida da mulher.

Desde o mês passado, esse tratamento está funcionando em dois centros públicos de atendimento psicossocial (Caps), um no centro de São Paulo e o outro na zona leste no bairro de Itaim Paulista, através de parceria com o Promud. Essas unidades terão capacidade para atender 160 mulheres por ano.


O objetivo será levar a um número maior de mulheres o tratamento desenvolvido pelo Promud, desde 1996, e também servirá de base para pesquisa sobre a eficácia em populações com índices socioeconômicos distintos, legitimando este tipo de intervenção para futuras ações públicas.

A iniciativa, inédita, é coordenada pelos psicólogos Silvia Brasiliano e Ronaldo Torres, e conta com o apoio da Fapesp, por meio da linha de financiamento para projetos de políticas públicas da ONG Veredas e da Prefeitura de São Paulo, responsável pela coordenação dos Caps.

Inicialmente o projeto atenderá no Caps Centro - rua Frederico Alvarenga, 259 - e Caps Jardim Nélia - rua Domingos Pacheco, 1910 - e estarão abertos à mulheres dependentes químicas, maiores de 18 anos e residentes na região. A triagem será agendada pelos telefones: 3241-0901 (Centro) e 6572-1948 (Itaim Pta).