notas

 


por

Cinderela Caldeira


Brasil já ultrapassou a marca de 180 milhões de habitantes

Segundo dados da Revisão 2004 da Projeção da População realizada pelo IBGE, as famílias estão tendo cada vez menos filhos: em 1960, a média era de 6 filhos por mulher, caiu para 2,89 em 1991 e, em 2000, para 2,39. A projeção desse número para o ano de 2023 deverá ser de 2,01 filhos por mulher.

Se as taxas de crescimento da população permanecessem as mesmas dos anos 50, hoje seríamos 262 milhões de pessoas. Em razão das transformações ocorridas na família brasileira, como a entrada da mulher no mercado de trabalho e a popularização dos métodos anticoncepcionais, a taxa de fecundidade diminuiu.

Pela pesquisa em 2000, 30% dos brasileiros tinham até 14 anos, e os maiores de 65 anos representavam 5% da população. Em 2050, esses dois grupos etários serão iguais, ou seja, cada um deles representará 18% da população brasileira. Esse quadro mostra a importância de se pensar em políticas públicas em relação à Previdência, diante do crescente número de indivíduos aposentados em comparação àqueles em atividade.

Entre os dez maiores municípios brasileiros segundo suas populações, São Paulo está na primeira colocação. Em 2000, possuía 10.434.252 habitantes, em 2004, são 10.838.581. Nas cidades em que há campi da USP temos Piracicaba com 355.039, Bauru com 344.258, São Carlos 210.841 e Pirassununga com 69.029.


 

Novos extintores para carros de passeio a partir de 2005

A partir de janeiro de 2005, carros de passeio deverão sair de fábrica com extintores da classe ABC, capazes de apagar princípios de incêndio na parte interna dos veículos, quando o fogo atingir estofamentos, carpetes, espumas, entre outros itens. Outra alteração é relacionada ao prazo de validade que passará de três para cinco anos.

O extintor utilizado atualmente é do tipo BC capaz de apagar apenas incêndios no sistema elétrico ou de combustível. A nova lei prevê, ainda, a mudança, nos próximos cinco anos, de todos os extintores desse tipo em circulação no País.

A resolução para a mudança foi tomada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) em 2003, baseada em estudos realizados em 2001 pelo Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (Ipem), órgão vinculado à Secretaria Estadual da Justiça e da Defesa da Cidadania.

Durante um ano, o Ipem coletou extintores em 59 oficinas de manutenção que comercializavam o produto em todo o Estado e em dois fabricantes. Apenas uma oficina e os dois fabricantes passaram nos testes. Cinqüenta e oito oficinas foram reprovadas nos ensaios de funcionamento dos produtos.



Pesquisadores de Ribeirão Preto desenvolvem antígeno para hantavírus

Pesquisadores do Centro de Pesquisas em Virologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) desenvolveram o antígeno para a variante Araraquara, responsável pelos casos mais graves de hantarivoreses, a Síndrome Pulmonar e Cardiovascular por Hantavírus (SPCH) na região de Ribeirão Preto.


Luiz Tadeu Moraes

Luiz Tadeu Moraes Figueiredo, professor da FMRP e coordenador do estudo, diz que a identificação da variante local e o desenvolvimento do antígeno são resultados da pesquisa que vem sendo feita desde 1998 a partir dos primeiros casos da doença que foram observados na cidade. “Por ser uma doença nova, os médicos tinham dificuldade de diagnosticá-la a tempo”, afirma Figueiredo. A doença é contraída pela inalação de poeiras contendo vestígios da urina e das fezes de roedores do campo, atingindo basicamente pessoas em contato com o meio rural.

Para ele, o rápido diagnóstico da hantavirose é fundamental para garantir ao paciente uma chance de sobrevivência. Em até uma semana após o início dos sintomas, o doente pode desenvolver uma forte insuficiência respiratória, agravada pela falência cardíaca, e falecer. “Se a doença for logo diagnosticada, o paciente é encaminhado à terapia intensiva antes que o quadro piore”, afirma.

De acordo com dados da Organização Panamericana de Saúde (Opas), entre as duas primeiras semanas de maio e a segunda semana de agosto ocorrem 17 casos de hantaviorese na forma SPCH em pessoas residentes no Distrito Federal, com uma taxa de letalidade de 53% e, quatro casos no Estado de Goiás levando a dois casos de morte. Segundo a Opas, é o primeiro registro de hantaviroses nessa região do País.