salário

 

 

por
Cinderela Caldeira



Transferência de conta salário para Nossa Caixa, já é possível
foto:Oswaldo Santos



comportamento
Pessoas desaparecidas

 
 

DESDE FEVEREIRO FUNCIONÁRIOS E DOCENTES PODEM OPTAR PELO RECEBIMENTO DO SALÁRIO PELO BANCO NOSSA CAIXA

 
T
odos os funcionários da Universidade de São Paulo recebem seus salários pelo Banespa/Santander, mas, desde fevereiro, podem optar por transferir sua conta salário para a Nossa Caixa, que é o agente financeiro do Estado, responsável pelos recursos direcionados aos pagamentos das estatais paulistas. O Banespa foi instituído como banco oficial pelo Decreto Estadual 31.106/89, na gestão do governador Mário Covas, para atuar como órgão financeiro ligado às administrações diretas.

De acordo com Adilson Carvalho, coordenador da Coordenadoria de Administração Geral (Codage), existia uma cláusula no decreto que possibilitava ao funcionário optar, individualmente, por receber seu salário através de outro banco estadual desde que fosse firmado um convênio entre o órgão estadual e o banco.

foto:Cecília Bastos

Adilson Carvalho
“Nunca houve manifestação individual nesse sentido, e o programa administrativo, naquela época, ainda não estava adaptado para esse tipo de procedimento. O Marte, atual sistema de gestão de recursos humanos da Universidade, responsável pela folha de pagamento de funcionários e docentes, passou porajustes para que esseprocedimento pudesse ser efetivado”, diz Carvalho.
Com a privatização do Banespa, em 2000, toda a atividade financeira do Estado foi transferida, por decreto, para a Nossa Caixa. Mas existia uma cláusula no contrato de venda do banco que dava ao vencedor do leilão sete anos para continuar com as contas salários dos funcionários estaduais paulistas.

No final do ano passado, a Reitoria foi procurada pela gerente do posto de atendimento da Nossa Caixa – Pab-USP –, Claudete Lopes Martins, com a intenção de firmar o convênio que possibilitasse essa transferência. “O acordo foi fechado em janeiro, e agora o servidor que tiver interesse em transferir o pagamento já pode”, afirma a gerente.

Para ela existe uma expectativa e um potencial muito grande a ser atingido. “Temos dois anos para que o banco possa se preparar para receber e atender bem tanto a Universidade como os funcionários. Para isso já estamos trabalhando nas futuras modificações físicas relacionadas ao posto dentro do campus da capital, como também para as unidades localizadas fora dele, e campi do interior”, afirma.

São Carlos é primeiro campus do interior a receber um posto do banco, nos demais campi os gerentes regionais da Caixa já estão em contato com os prefeitos para a implantação de novos postos. “As negociações com o campus de Piracicaba já estão bem avançadas”, diz. Para as unidades localizadas fora do campus, a gerente afirma que tudo será viabilizado de acordo com as necessidades de cada diretor. “Se o dirigente tiver interesse e espaço físico para a instalação de um posto ou um caixa eletrônico, nos estudaremos a viabilidade”, afirma.

foto:Cecília Bastos

Claudete Lopes Martins
De acordo com Claudete, o banco já está se adequando à nova demanda e está preparando um projeto de reforma e ampliação do prédio usado pelo posto. “O Pab-USP tem a concessão de uso de uma área de mil metros quadrados, e apenas quatrocentos foram usados”, diz ela. O novo projeto prevê a utilização do terreno no fundo da agência e a construção de um piso superior, e será encaminhado à Coesf – Coordenadoria do Espaço Físico – para apreciação e aprovação.

Hoje o posto da Nossa Caixa, no campus, possui 5 mil clientes uspianos, que, de alguma forma, mantêm contato com o banco, seja com uma conta corrente já aberta, ou mesmo por solicitação de empréstimo, e esses serão os primeiros a receber correspondência de esclarecimento sobre o convênio e a nova possibilidade. “Seria muito ruim se nós não fizéssemos nada agora e chegando em 2007 compulsoriamente todos tivessem que mudar de instituição financeira para receber seus salários. Em função disso, começamos agora a movimentação de transição calma e paulatinamente”, afirma.

A fim de evitar filas e desconforto para o futuro cliente, Claudete diz que pretende levar a todas as unidades uma equipe volante composta por um gerente ou supervisor e dois funcionários, com o objetivo de explicar o que o banco vai oferecer e quem tiver interesse poderá abrir a conta nesse momento. “Esse procedimento será feito onde houver uma unidade da USP, capital e interior”, enfatiza.
   



 
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