Pesquisa mostra que 61% dos idosos hospitalizados apresentaram reações adversas a medicamentos


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esquisa realizada pela geriatra Maria Cristina Guerra Passareli, em trabalho de doutorado defendido na Faculdade de Medicina, avaliou idosos internados em um hospital público da Grande São Paulo. O estudo revelou que cerca de 61,8% dos pacientes apresentaram reações adversas a medicamentos e, para 11,3% dos pacientes analisados, as reações constituem a própria causa da internação.

Maria Cristina avaliou 186 idosos admitidos na enfermaria da Clínica Médica do Hospital Escola da Faculdade de Medicina de Santo André, com idade média de 73 anos. De acordo com a médica, a reação adversa a medicamentos mais comum de causa de internação é a intoxicação digitálica – complicação resultante do tratamento com um medicamento usado para insuficiência cardíaca que se chama digoxina, na forma de vários tipos de arritmia, e o trato digestivo, através de diarréia e vômitos. Enquanto a hipocaliemia – é a queda de potássio no sangue, que pode desencadear desde quadros simples de cãibras até arritmias cardíacas graves.

A maioria dos efeitos colaterais estava relacionada às propriedades farmacológicas do medicamento. Os medicamentos que mais apareceram como causa de alguma complicação foram o captopril, a furosemida e a hidrocortisona. Dentre os dez medicamentos mais empregados a furosemida esteve associada à maior prevalência (25,3%). O captopril, medicamento de uso mais freqüente, foi prescrito para 74,19% dos idosos e causou reação em 18,1% deles.

O objetivo do estudo foi avaliar a prevalência de reações adversas a medicamentos em uma população idosa hospitalizada, descrever as reações mais comuns e os principais medicamentos envolvidos, e determinar os fatores de risco implicados no aparecimento de tais reações.



Novidades no combate à obesidade
 

Foi apresentada durante a segunda edição do Bariatric Endoscopy Surgery Trends entre os dias 4 e 6 de agosto, em São Paulo, uma novidade no combate à obesidade. Trata-se de um marca-passo gástrico, aparelho que produz estímulos ao estômago, por meio de um ou dois fios, causando alterações que diminuem a sensação de fome e aumentam a saciedade.

A nova técnica foi demonstrada pelo especialista Scott Shikora, do Hospital Universitário Tufs, em Boston, que iniciou estudos com o aparelho há cinco anos, e apresentou o mais novo lançamento, que já conta com 700 pacientes no mundo, sendo que 350 nos EUA. Apesar de estar em fase inicial de testes, o marca-passo comprovou que os pacientes perderam cerca de 35% do excesso do peso, que corresponde entre 15% a 20% do peso total.

As pessoas com obesidade leve que compreende um Índice de Massa Corpórea entre 30 a 35, ou seja, de 15 a 30 quilos a mais que o normal, poderão a partir do ano que vem contar com a nova técnica. Mas para isso o paciente deverá ter indicação médica específica, comprovando que não consegue emagrecer por meio de tratamentos clínicos e não ter indicação para a cirurgia de redução de estômago e já apresentar morbidades como, por exemplo, diabetes melito.

Para utilizar oficialmente o marca-passo há alguns caminhos a percorrer. O aparelho já aguarda a aprovação de segurança da FDA (Food and Drug Administration), órgão americano que regula os medicamentos e alimentos nos Estados Unidos, que deve acontecer neste mês. No Brasil, após a aprovação da FDA, será necessário o aval do Ministério da Saúde. A expectativa é de que a tecnologia chegue ao Brasil no próximo ano, sob a coordenação do professor Nilton Tókio Kawahara , cirurgião do Hospital das Clínicas.

 


  
Centro Acadêmico XI de Agosto cria juizado especial de pequenas causas
A Faculdade de Direito está oferecendo um novo serviço à população. Um juizado especial de pequenas causas.A iniciativa é fruto de uma parceria entre o Centro Acadêmico XI de Agosto e o Tribunal de Justiça. O TJ vai disponibilizar um juiz e um escrivão e o Centro Acadêmico ficará responsável pelas despesas com funcionários e materiais básicos. A faculdade arcará com as despesas de infra-estrutura como luz, água e limpeza.

A expectativa é que sejam atendidos aproximadamente 500 casos por mês. Para viabilizar o atendimento à população serão contratados como estagiários, cerca de 100 estudantes.