Estudo realizado por doze renomados especialistas
de diversas nacionalidades, entre eles dois especialistas brasileiros,
revela que um novo caso de demência surge a cada sete minutos, fazendo
com que, em 20 anos, o número de pessoas com o problema
duplique. Atualmente, existem 24,3 milhões de pessoas com
demência, e a cada ano surgem 4,6 milhões de novos
casos.
Paulo Rossi Menezes, médico, presidente da Câmara
de Pesquisa do Hospital Universitário e diretor do Núcleo
de Edipemiologia (Nehu), e Márcia Scafuza, médica
do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina e pesquisadora
do Nehu, participaram do estudo que foi publicado na revista científica
internacional The Lancet.
Segundo Menezes, o número estimado de pessoas com demência
na América Latina, até 2001, era aproximadamente
1,8 milhão de casos. A previsão é de que em
2020 sejam 4,1 milhões e 9,1 milhões em 2040, sendo
370 mil casos novos por ano. A estimativa de demência apresentada
não especificou o tipo. Entre as mais comuns estão
o mal de Alzheimer e demência vascular.
Demência é uma síndrome progressiva e degenerativa
do cérebro que afeta a memória, pensamento, comportamento
e a emoção. Um dos sintomas iniciais é declínio
da memória, principalmente sobre acontecimentos recentes.
Outros sintomas apresentados são dificuldades em executar
tarefas domésticas simples, desorientação
de tempo e espaço, mudança de personalidade e diminuição
na capacidade de julgar situações.
A Organização Mundial da Saúde estabeleceu
14 regiões geográficas para a estimativa de prevalência
de demência, e os pesquisadores basearam-se em uma revisão
sistemática de estudos publicados sobre demência,
com dados referentes ao padrão de mortalidade infantil e
de adultos, e em estimativas da ONU.
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